Moraes intercedeu pelo Master junto ao Banco Central, diz jornal
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Nos bastidores das recentes investigações sobre o Banco Master, fontes relataram contato direto do ministro Alexandre de Moraes, do
https://portal.stf.jus.br
, com Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (BC), em tentativas de influenciar o andamento da venda do banco para o BRB.
Segundo o jornal O Globo, que afirmou ter conversado com seis fontes próximas do ministro, Moraes teria buscado saber sobre o processo em ao menos três ligações e, em julho, requisitado uma reunião presencial com Galípolo.
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Durante esse encontro, o ministro teria manifestado apreço por Daniel Vorcaro, dono do Master, e argumentado que o banco enfrentava resistência por disputar espaço com grandes bancos.
Moraes teria pedido ao presidente do BC aval para a negociação com o BRB, que aguardava autorização da autarquia desde março. Na ocasião, já havia divergências internas no BC sobre a possibilidade de intervenção no Master.
Galípolo teria informado Moraes sobre fraudes
Segundo relatos, Galípolo informou a Moraes que técnicos do BC detectaram fraudes no repasse de R$ 12,2 bilhões em créditos do Master para o BRB.
Diante dessa informação, o ministro reconheceu que, se confirmada a fraude, a aprovação não seria possível.
Em 18 de novembro, o BC decretou a liquidação extrajudicial do Master, no mesmo dia em que a Polícia Federal (PF) prendeu Vorcaro e outros seis executivos acusados de envolvimento no esquema.
Nem Moraes nem Galípolo se manifestaram sobre os contatos.
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, coluna de Carlo Cauti publicada na Edição 301 da Revista Oeste
Recentemente, a PF teve acesso a documentos que indicam que o escritório da advogada Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro,
Quanto Viviane Barci, mulher de Moraes, receberia do Master
, totalizando cerca de R$ 130 milhões, para representar os interesses do banco e de Vorcaro em órgãos federais.
No entanto, respostas do BC e do Cade, obtidas pelo jornal O Globo, via Lei de Acesso à Informação (LAI), afirmam que não houve pedidos de reuniões ou protocolos de documentos pelo escritório em nome do Master.
O ministro Dias Toffoli, do STF, assumiu a relatoria da investigação do caso, decretou sigilo e autorizou a PF a coletar depoimentos em até 30 dias, sob acompanhamento judicial.
Posicionamento do Banco Central
Os depoimentos ainda não foram agendados, mas há desconforto entre técnicos do BC sobre possíveis convocações para esclarecimentos, por receio de intimidações.
Técnicos relataram a investigadores do Ministério Público e da Polícia Federal que nunca sofreram tanta pressão política em prol de um único banco como ocorreu nesse caso.
Em coletiva concedida na quinta-feira 18, na sede do BC, Galípolo afirmou estar “à disposição do Supremo para prestar todo tipo de suporte e apoio ao processo de investigação”.
“Documentamos tudo", destacou. "Cada uma das ações que foram feitas, cada uma das reuniões, cada uma das trocas de mensagens, cada uma das comunicações, tudo isso está devidamente documentado”.
TCU exige esclarecimentos
Na sexta-feira 19, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Jhonatan de Jesus, determinou que o BC envie documentos relativos à liquidação do Master até esta terça-feira, 23.
A medida, tomada em caráter cautelar, integra processo que apura possível omissão do BC quanto às operações do banco, embora o TCU não tenha competência para tratar de transações entre instituições privadas do setor financeiro.
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