Qual Ă© a sua newsletter? sutor. Fale um pouco de vocĂȘ, Ricardo. Nasci em 1981 na cidade de GoiĂąnia, embora tenha sido criado em BelĂ©m. Sou escritor, jornalista, tradutor literĂĄrio e eterno script kiddie, tendo textos publicados em sites e revistas como Le Monde Diplomatique, Rolling Stone, IMS, Jornal do Brasil, entre outros. Acabei obtendo um mestrado em Epistemologia da Informação QuĂąntica pela ECA/USP. Meu trabalho explora a interseção entre tecnologia e expressĂŁo pĂłs-humana. [âŠ]
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Fale um pouco de vocĂȘ, Ricardo.Nasci em 1981 na cidade de GoiĂąnia, embora tenha sido criado em BelĂ©m. Sou escritor, jornalista, tradutor literĂĄrio e eterno script kiddie, tendo textos publicados em sites e revistas como Le Monde Diplomatique, Rolling Stone, IMS, Jornal do Brasil, entre outros. Acabei obtendo um mestrado em Epistemologia da Informação QuĂąntica pela ECA/USP. Meu trabalho explora a interseção entre tecnologia e expressĂŁo pĂłs-humana.
Estou presente em uma dĂșzia de antologias publicadas no Brasil e no exterior (Portugal, EUA e MĂ©xico) e sou autor das compilaçÔes de poesia Dos versos fandangos ou a mĂĄ reputação de um estulto em polvorosa (2006) e NĂŁo precisa dizer eu tambĂ©m (2013), publicadas pela 7Letras, do Rio de Janeiro, e do romance Eu, cowboy (2015), publicado pela Oito e Meio, alĂ©m da minha primeira coleção de contos, Culpa (2021). Estou me preparando para lançar meu quinto livro, MĂĄscaras jĂĄ nĂŁo pulam carnaval (Cachalote, 2025), no qual apresento o conceito de função-poesia. Meus textos e poemas foram traduzidos para o espanhol (Juan Pablo Villalobos), inglĂȘs e alemĂŁo.
No tempo livre, gosto de brincar de hacker no meu Raspberry Pi 5.###
Como surgiu a ideia de lançar uma newsletter?Lendo um livro do Juan Pablo Villalobos, o Festa no covil. E lendo O capital, do Marx. Este me deu o nome, sutor (âne ultra crepidamâ â refutado pelo Mouro, e bem antes da internet). O primeiro me deu a vontade e a inspiração de escrever uma histĂłria em tempo real. O estopim acabou sendo a pandemia. Precisamente, a desinformação durante a pandemia, o que me levou a rachar com a mĂdia tradicional (apĂłs ter sido o primeiro a anunciar o genocĂdio a caminho ainda com menos de mil mortos, salvo engano em março de 2020) e partir de vez pro jornalismo independente. Ou, melhor, pro nĂŁo-jornalismo. Ainda melhor: pra teoria-ficção cibernĂ©tica, conceito desenvolvido por Mark Fisher e Nick Land (este, antes de enlouquecer e perder as estribeiras de vez). Em suma: estava sem o que fazer na vida.###
Qual Ă© o seu processo criativo para escrever uma nova edição?Como a ideia era aproveitar as ediçÔes pra compor um livro, um livro dentro de outro livro mais abrangente, meio que comecei a escrever jĂĄ sabendo o que seria escrito ao fim de tudo. Ou melhor dizendo: o que eu queria abordar, jĂĄ contando com a forte possibilidade de os temas serem abordados (ou ignorados) pela opiniĂŁo pĂșblica ao longo do caminho.
Claro que, ao longo desse mesmo caminho, acabaram surgindo novos tĂłpicos, novos fatos, e nĂŁo resisti. Mas, em teoria, faltam mais quatro textos pra fechar a ideia inicial. Depois do quĂȘ: nĂŁo sei. Talvez, passe a escrever crĂŽnicas mais curtinhas. DĂĄ muito trabalho aquele esquema de artigo de dez, quinze, vinte pĂĄginas. Tenho praticamente uma tese de doutorado ali. Quatro a seis horas de pesquisa por dia, medo constante de acabar aparecendo um oficial de justiça Ă porta, estresse monstro tendo de acompanhar as notĂcias todas nas mais variadas fontes. CrĂŽnica Ă© mais fĂĄcil. Meus gatos fazem alguma coisa engraçada, essa coisa me remete a uma memĂłria de infĂąncia que me leva a uma conclusĂŁo besta sobra a vida, e pronto. Tenho uma crĂŽnica. Puro prazer, zero estafa. NĂŁo hĂĄ nada divertido em se denunciar coisas sĂ©rias. A menos que tu seja um psicopata que denuncia o que de fato pratica. Na prĂłxima encarnação, quem sabe.###
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Por quĂȘ?A informação deve ser livre. Embora nem sempre seja. De uns tempos pra cĂĄ, passei a trancar os artigos duas ou trĂȘs semanas depois de enviĂĄ-los por email, nem sei por quĂȘ â mentira, sei sim, mas: deixa quieto. Mais dia, menos dia, o livro sai e, aĂ, abro tudo outra vez. AliĂĄs, se a gente considerar livro um ânegĂłcioâ, ok, pretendo. Mas ganhar dinheiro com livro no Brasil? Talvez, com autoajuda. Vou pensar no assunto.###
O que vocĂȘ usa para escrever, editar e gerenciar sua newsletter?Escrevo no bloco de notas (Mousepad), na maioria das vezes. De quando em quando, passo de lĂĄ pro LibreOffice se acho que o texto precisa de edição. Caso contrĂĄrio, vai direto pro Substack. Como sou pĂ©ssimo com imagens e nĂŁo curto usar IA, costumo roubar a ilustração de capa lĂĄ do Pinterest (com os devidos crĂ©ditos, sempre que possĂvel). Vez ou outra, atĂ© me arrisco a jogar uns efeitos, quase nunca dĂĄ certo.###
Quem vocĂȘ mais admira e gostaria que respondesse essas perguntas?<li><a href="https://buttondown.com/danielgalera">dentesguardados</a>, do Daniel Galera.</li><li><a href="https://giannetti.substack.com">escreveescreve</a>, da Cecilia Giannetti.</li><li><a href="https://dleones.substack.com">ElpĂȘnor em queda</a>, do AndrĂ© de Leones.</li><li><a href="https://noemijaffe.substack.com/">Jogo da velha</a>, da Noemi Jaffe.</li>###
Deixe um recado aos leitores do *Manual do UsuĂĄrio*:Viva a mĂdia independente. Descentralizem(-se). Desprogramem(-se). Resistam. E fugere urbem: reforma agrĂĄria ampla, geral e irrestrita jĂĄ.
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) estĂĄ listada no [nosso diretĂłrio](
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). (Ao menos na Vivo.) Fiz um teste (obrigado, Caique!) apĂłs atualizar o sistema e [tudo funciona, aparentemente](
): recibos de leitura, status de digitação, reaçÔes e envio de imagens em alta resolução.















