Brasil Paralelo se pronuncia sobre censura de documentário A produtora . Em nota à imprensa, a empresa afirmou que ainda não foi intimada oficialmente nem teve acesso ao processo, o que, segundo a companhia, impede o exercício do direito de defesa e levanta dúvidas sobre a fundamentação jurídica da medida. "Ao tomar notícia pela imprensa, obviamente repudiamos com veemência a censura imposta ao documentário da série Investigação Paralela", escreveu a produtora. "Trata-se de um ato grave, que fere frontalmente a liberdade de imprensa e o direito constitucional à livre expressão do pensamento. Estamos diante da censura prévia de um conteúdo jornalístico, algo inaceitável em qualquer democracia séria." Censura prévia de produção sobre Maria da Penha é "ato grave", diz Brasil Paralelo A suspensão do episódio, determinada pela Justiça, foi classificada como um “ato grave” e uma violação direta à liberdade de imprensa e à livre expressão do pensamento. A Brasil Paralelo sustenta que o conteúdo tem caráter jornalístico e se enquadra no gênero true crime, formato já consagrado em outras produções nacionais e internacionais. A empresa cita como exemplo as séries sobre os casos de Daniella Perez (HBO), Elize Matsunaga (Netflix) e Evandro Ramos Caetano (Globoplay), todas com ampla repercussão e que também incluíram entrevistas com réus ou condenados. Segundo a Brasil Paralelo, a abordagem plural é legítima, legal e atende ao interesse público por diferentes versões dos fatos. No caso do episódio censurado, a produtora afirma que entrevistou o ex-marido de Maria da Penha, condenado pela tentativa de homicídio, nos mesmos moldes em que ele já havia se manifestado em livro próprio e reportagens anteriores. A entrevista, segundo a nota, foi contextualizada com os relatos da própria Maria da Penha e conduzida com transparência e rigor jornalístico. A Brasil Paralelo defendeu que censurar o documentário é, na prática, censurar o debate e impedir o acesso da sociedade a múltiplas perspectivas sobre um caso de grande relevância social. "Por fim, é constrangedor termos que reafirmar o óbvio - algo que o próprio documentário já deixa claro: a obra não faz apologia ao crime, não ataca vítimas, leis, e tampouco endossa qualquer forma de violência", acrescenta a nota. "A Brasil Paralelo repudia a violência contra a mulher e qualquer um que a pratique. Sugerir o contrário é uma distorção mal-intencionada, desinformativa e de serviço ideológico." A decisão contra a produtora image Maria da Penha, que deu nome à lei contra a violência doméstica | Foto: Divulgação/Gov.BR Uma decisão judicial da 9ª Vara Criminal de Fortaleza ordenou a suspensão do documentário A Investigação Paralela: o Caso de Maria da Penha, produzido pela empresa Brasil Paralelo, por um período de 90 dias. A produção foi retirada do ar depois de acusações do , que associou o conteúdo a uma suposta campanha coordenada de ataques virtuais contra Maria da Penha Maia Fernandes, ícone da luta contra a violência doméstica no Brasil. A decisão foi tomada no contexto da Operação Echo Chamber, deflagrada para apurar supostos crimes de calúnia, cyberstalking e disseminação de desinformação. O MPCE sustenta que o material do documentário apresenta “acusações infundadas de fraude processual” e alega que a empresa utilizou documentos falsos para sustentar suas teses. Segundo o órgão, o conteúdo promovido pela Brasil Paralelo tenta “gerar dúvida sobre a veracidade dos fatos e sobre a legitimidade do julgamento ocorrido”, apesar de haver, segundo o Ministério Público, comprovação judicial e pericial consolidada sobre o caso. + Leia mais notícias de em Oeste O post .
Lula se aproxima da Rússia, e Embraer perde contrato bilionário para Airbus foi preterida em um contrato bilionário anunciado oficialmente nesta quarta-feira, 16. O negócio envolveria a LOT Polish Airlines, principal companhia aérea da Polônia. A empresa optou por adquirir 40 jatos A220 da europeia Airbus. A transação admite ainda a possibilidade de ampliação para até 84 unidades.  Avaliado em US$ 2,7 bilhões, o negócio foi formalizado em junho, durante a Paris Air Show, um dos maiores eventos da aviação mundial. A escolha, aliás, ganhou até cerimônia oficial com direito principalmente à presença de autoridades políticas da Polônia e da França, além do Canadá, onde a Airbus monta os modelos A220. Na oportunidade, representantes dos três governos discursaram em companhia de executivos da fabricante de aeronaves, evidenciando assim o vínculo diplomático Embraer vê influência política e diz que LOT perde com a decisão A decisão marca uma mudança estratégica da LOT. Isso porque historicamente a companhia operava com aeronaves da Boeing e da fabricante brasileira. Conforme nota da companhia aérea polonesa, os jatos da Embraer serão gradualmente aposentados. , atribuindo a perda do contrato ao cenário geopolítico atual. “Entendemos que estamos vivendo em um momento excepcional em que a geopolítica desempenha um papel importante”. A empresa acrescentou que a manutenção da frota atual poderia gerar uma economia de “milhões de euros” à LOT. Lula em Moscou teve influência na decisão Especialistas também apontaram fatores externos à qualidade técnica das aeronaves. “A concorrência tornou-se muito mais política do que até mesmo um pedido normal de aeronave civil”, avaliou Nick Cunningham, analista da Agency Partners. Segundo ele, França e Polônia têm buscado reaproximação diplomática depois de desentendimentos recentes. Assim, a Airbus, que é europeia, leva vantagem. Outro elemento contrário ao sucesso da Embraer seria a visita do presidente Lula da Silva à Rússia, onde participou das celebrações dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. A aproximação com o regime de Vladimir Putin foi mal recebida pela Polônia, país que adota posição firme contra a invasão da Ucrânia. A possível repercussão diplomática da visita do petista contribuiu para reforçar a percepção de que a escolha da LOT sofreu influência política. Em entrevista à imprensa internacional, o CEO da empresa polonesa, Michal Fijol, desviou o assunto. “Não foi um processo fácil. Recebemos duas ofertas muito competitivas. Mas estou satisfeito porque a Airbus nos queria mais”. + Leia mais notícias de na Oeste O post .
Advogados de Filipe Martins denunciam Moraes à OAB Os advogados Jeffrey Chiquini e Ricardo Fernandes protocolaram denúncia formal junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em que relatam violações a prerrogativas profissionais durante audiência no Supremo Tribunal Federal (STF). O episódio ocorreu nesta quarta-feira, 16, durante instrução da Ação Penal nº 2693, que tem Filipe Martins como um dos réus. Os defensores relatam dois episódios centrais como caracterizadores de cerceamento: a negativa do relator, ministro Alexandre de Moraes, em intimar testemunhas indicadas pela defesa, e a cassação da palavra de Chiquini durante a sessão. + Leia mais notícias de   em Oeste No documento, os advogados afirmam que o ministro “esvaziou a garantia de acesso à prova e transformou a produção probatória da defesa em uma obrigação unilateral desprovida de amparo institucional”, ao determinar que as testemunhas deveriam comparecer independentemente de intimação judicial. A denúncia também relata que Moraes teria silenciado o microfone do advogado de defesa e, na sequência, proferido a expressão: “Cassei sua palavra”. Para os subscritores, o episódio configura violação do , que assegura o direito de uso da palavra ao advogado em qualquer juízo ou tribunal, bem como da Constituição Federal. Providências requeridas à OAB incluem ação no CNJ No pedido, os advogados solicitam à OAB a adoção de diversas providências. Entre elas estão a requisição da íntegra audiovisual da audiência, a apuração da atuação do ministro relator pelo Conselho Nacional de Justiça ( ) e a emissão de nota pública de repúdio, com eventual representação junto ao Congresso Nacional. Para os signatários, o episódio não se limita a um caso isolado. “O que hoje se faz a um, amanhã se naturalizará contra todos”, afirma o texto. A petição ainda alerta para o risco de que, sem reação institucional, “a defesa seja rebaixada a um papel meramente decorativo no processo penal”. image Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Reprodução/Redes sociais Em suas considerações finais, os advogados concluem que “permitir que a voz de um advogado seja calada por um magistrado, sem reação enérgica da instituição, é autorizar que o medo substitua a coragem, e que a arbitrariedade se imponha sobre a legalidade”. A OAB ainda não se manifestou publicamente sobre o conteúdo da denúncia. No entanto, a entidade confirmou seu recebimento e a encaminhou para apreciação do diretor de prerrogativas da seccional do Paraná, Geovanei Leal Bandeira. Leia também:  , artigo de Flávio Gordon publicado na Edição 233 da Revista Oeste O post .
Líder do PL critica manutenção do aumento do IOF pelo STF O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), criticou a decisão do ministro . Em discurso no plenário nesta quarta-feira, 16, o parlamentar declarou que a manutenção do decreto do governo Lula, que elevou o imposto, desmoraliza o Legislativo. + Leia mais notícias de em Oeste Sóstenes Cavalcante argumentou que a decisão é “mais uma prova” de uma “associação do Executivo e o Judiciário”. Ele solicitou uma resposta firme do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), diante da decisão de Moraes. "É triste o dia. O Congresso de cócoras para outro poder. Isto não é a democracia que eu acredito e nem a Constituição que nós juramos defender”, afirmou Sóstenes, segundo a apuração do portal Poder360. image Moraes apela ao artigo 2º da Constituição, que trata da independência e harmonia entre os Poderes | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons O deputado destacou que Moraes ignorou a posição dos parlamentares eleitos ao validar o decreto que aumentou o IOF. Sóstenes qualificou o governo Lula como um “governo da suprema esquerda” e classificou o atual momento como uma “democracia relativa, que não respeita mais o Congresso”. Moraes decidiu manter aumento do IOF A decisão do ministro Moraes foi publicada na quarta-feira 16, um dia depois de fracassar a tentativa de conciliação entre o governo federal e o . O STF optou por manter o decreto, com exceção apenas da cobrança sobre risco sacado. Moraes rejeitou os argumentos do Legislativo e declarou que “não restou comprovado qualquer desvio de finalidade na alteração das alíquotas”. O Congresso havia alegado que o governo federal adotou o aumento do imposto com “nítido propósito arrecadatório, e não extrafiscal”, o que caracterizaria desvio de finalidade e violaria os limites dos decretos presidenciais. O post .