lucianorocha

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lucianorocha
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Writer, investor and a huge Bitcoin fan. Author of book Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin.
A Nakamoto (cód. NASDAQ: NAKA) recebeu, no dia 12 de dezembro, uma notificação de deslistagem da Nasdaq, maior bolsa de tecnologia dos EUA. Uma das várias Bitcoin Treasury Companies (BTCos) que surgiram na esteira deixada pela Strategy, a Nakamoto Holdings tem mais de 5.300 BTC em caixa. Seu mNAV, no entanto, está abaixo de 0,9, o que indica que a empresa não está conseguindo gerar o valor esperado aos acionistas com o seu estoque de Bitcoins. Como resultado, a ação da empresa foi duramente penalizada na bolsa. Em maio deste ano, cada ação custava cerca de US$ 34, mas no pregão de sexta-feira (19) os papéis fecharam em US$ 0,39. Em outras palavras, a NAKA perdeu quase 99% do seu valor num espaço de apenas seis meses. Tal queda faz a empresa não cumprir o requisito de preço mínimo de oferta de US$ 1,00 por 30 dias consecutivos, que é obrigatório para uma empresa manter suas ações na Nasdaq. Agora a Nakamoto tem 180 dias para conseguir reverter esse quadro e fazer as ações serem negociadas acima de US$ 1,00, sob pena de ver os papéis serem removidos. Ela pode fazer isso através de um grupamento de ações, por exemplo, transformando 10 em 1 — o que faria o preço dos papéis sair de US$ 0.39 para US$ 3,90 Este evento marca a primeira vez que uma empresa de tesouraria de Bitcoin enfrenta a possibilidade de remoção de uma das principais bolsas de valores dos EUA desde a expansão acelerada do setor entre 2024 e 2025. O colapso da empresa mostra que não basta uma companhia ser uma BTCo: o investidor precisa ficar atento aos dados da empresa. Sobretudo, ficar atento a como ela financia suas compras de Bitcoin. A Nakamoto, por exemplo, utilizou um frágil sistema de investimento privado, vendendo ações com desconto de até 60%, mas estabelecendo um período de bloqueio de vendas (lock-up) de até 180 dias. À medida que o lock-up acabava e os investidores vendiam suas ações, a Nakamoto viu seu valor despencar a cada pregão, gerando uma destruição imensurável de valor. Nem toda BTCo é a nova Amazon, e o fato delas comprarem Bitcoin não pode servir como desculpa para abandonarmos os critérios de análise: Fonte da imagem: image
Nunca achei que eu teria criatividade suficiente para escrever uma história. Muito menos para criar uma saga inteira. E eu estava errado. Ano passado publiquei Digital Gold, uma história que fala sobre uma distopia pós-apocalíptica onde um cara se vira usando Bitcoin. E nesse ano vai sair The Confisco, que conta o início desta história. E eu tenho certeza que quem viveu o Plano Collor vai se identificar com ela. Ambas as histórias estão no site da @Konsensus Network, que, na minha humilde opinião, é a melhor editora de livros de ficção com foco em Bitcoin no planeta. Elas fazem parte da coletânea 21Futures, que você pode adquirir aqui: Por fim, a saga vai virar uma trilogia, e eu espero que a terceira parte também chegue por aqui. E se você curte Bitcoin e tem uma boa história, não fique acanhado de escrevê-la. Precisamos de mais obras de ficção que falem sobre esta tecnologia extraordinária.