Trump veta entrada de cidadãos de 12 países nos EUA O presidente dos Estados Unidos, , assinou um novo decreto que impede a entrada de pessoas de 12 países em solo norte-americano.   A medida, que começa a valer na segunda-feira 9, reativa uma política de seu primeiro mandato, suspensa no governo de Joe Biden. Como resultado, a lista inclui Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. + Leia mais notícias de em Oeste Cidadãos desses países não poderão entrar nos EUA nem obter vistos de residência, turismo ou estudo. A decisão surge dias depois de um ataque cometido por um egípcio no Colorado, durante uma vigília em apoio a reféns em Gaza. Em vídeo, Trump afirma que o ataque “ressaltou os perigos extremos que a entrada de estrangeiros, sem a devida verificação, representa” à segurança nacional. Segundo ele, a Suprema Corte já confirmou a legalidade da medida. “Restauraremos a proibição de viagens, que algumas pessoas chamam de proibição de viagens de Trump, e manteremos os terroristas islâmicos radicais fora do nosso país, o que foi confirmado pela Suprema Corte”, disse o republicano. Além da proibição direta, cidadãos de outros oito países — como Venezuela, Cuba e Turcomenistão, por exemplo — devem enfrentar restrições severas para entrada, inclusive para viagens temporárias. No caso da Venezuela, a alega ausência de autoridade central confiável para emitir documentos e falta de cooperação diplomática. Por outro lado, os EUA classificam Cuba como “patrocinadora do terrorismo”. Ambos os países também teriam histórico de recusa em aceitar deportações de seus nacionais. Trump solicitou relatório para embasar novo decreto A medida integra um pacote mais amplo de endurecimento das regras migratórias, que inclui propostas de deportações em massa, eliminação do direito à cidadania por nascimento e a suspensão da entrada de refugiados. O próprio presidente pediu a elaboração do relatório que embasou o decreto atual, com foco em países considerados hostis aos EUA. Durante o mandato anterior, Trump já havia decretado a suspensão de entrada para cidadãos de sete países de maioria muçulmana. A decisão provocou protestos internacionais. Com o tempo, o texto foi modificado até que uma versão fosse mantida pela Suprema Corte, em 2018. + Leia também: Na época, a medida ficou conhecida como “proibição muçulmana” e afetou viajantes de Irã, Síria, Iêmen, Somália e Líbia, além de funcionários do governo da Coreia do Norte e da Venezuela. O ex-presidente Joe Biden revogou a política assim que assumiu o cargo em 2021, classificando-a como discriminatória. Trump, no entanto, sempre alegou tratar-se de uma questão de segurança nacional — e agora promete restabelecer as barreiras com ainda mais rigor. O post .
Governo Trump sinaliza possível recusa à extradição de Zambelli Aliados próximos à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) receberam sinais de que autoridades do governo Donald Trump, nos Estados Unidos, pretendem recusar eventual pedido de extradição apresentado pelo Brasil, caso ela decida permanecer em solo norte-americano. + Leia mais notícias de em Oeste Diante dessa possível proteção jurídica, Zambelli estaria reavaliando a intenção de ir para a Itália, já que o país europeu permite a extradição mesmo para quem possui cidadania italiana, como é o caso da congressista. Assim, a situação no país europeu é menos segura para quem busca refúgio. Panorama de Zambelli nos EUA image O presidente dos EUA, Donald Trump, gesticula enquanto fala durante a cerimônia de posse da procuradora interina dos EUA para o Distrito de Columbia, Jeanine Pirro, na Casa Branca, em Washington, D.C., EUA (28/5/2025) | Foto: Reuters/Leah Millis Parlamentares que apoiam Zambelli ainda destacam a presença de uma numerosa comunidade de brasileiros alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos, principalmente na Flórida. Isso poderia facilitar sua adaptação e oferecer suporte para a deputada residir e trabalhar. Leia também: , artigo de Adalberto Piotto publicado na Edição 271 da Revista Oeste Apesar dessas considerações e discussões sobre novas estratégias, Zambelli segue com a intenção de viajar para a Europa. Oficialmente, ainda não há registro de alteração de seus planos. A Polícia Federal (PF) solicitou, nesta quarta-feira, 4, a inclusão do nome de Zambelli na lista de difusão vermelha da Interpol, mecanismo que permite principalmente a captura internacional de foragidos. Segundo a CNN, a organização internacional já recebeu formalmente o pedido. Leia mais: , artigo de Carlo Cauti publicado na Edição 271 da Revista Oeste A iniciativa da PF cumpre sobretudo uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Também nesta quarta, ele expediu mandado de prisão preventiva contra a parlamentar, bloqueou suas contas bancárias e determinou o bloqueio de perfis nas redes sociais. Leia também: , artigo de J. R. Guzzo publicado na Edição 270 da Revista Oeste O post .
‘A democracia brasileira saberá se defender de seus inimigos’, diz Moraes Durante uma sessão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira, 4, o ministro afirmou que a democracia brasileira "saberá se defender de inimigos nacionais ou internacionais". Na declaração, Moraes não citou diretamente os Estados Unidos. O ministro pode ser alvo de sanções pelo governo de Donald Trump por aplicar medidas contra a liberdade de expressão a empresas norte-americanas. "Pouco importam as agressões", afirmou Moraes. "Pouco importam quais são ou quais serão os inimigos da democracia — sejam nacionais ou internacionais. Um país soberano como o Brasil sempre saberá defender sua democracia." Moraes diz que o Poder Judiciário é "inflexível" na defesa da democracia Moraes também citou uma frase atribuída a Abraham Lincoln sobre a necessidade de princípios inflexíveis. Em seguida, afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral, a Justiça Eleitoral e o Poder Judiciário brasileiro mantêm uma postura "absolutamente inflexível na defesa da democracia". Ao encerrar sua fala, o ministro disse que a Justiça Eleitoral tem cumprido a missão fundamental de realizar eleições dentro do prazo constitucional, "com total lisura e segurança". Ministério da Justiça confirma carta do governo Trump contra ministro image Donald Trump, presidente dos Estados Unidos | Foto: Reuters/Leah Millis A mensagem era de críticas ao ministro Alexandre de Moraes. A carta chegou à pasta do governo Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 27 e, na sexta-feira, foi encaminhada ao setor responsável pela análise. Segundo informações divulgadas pelo jornal The New York Times, o documento seria uma reprimenda às ordens de bloqueios consideradas ilegais de contas de cidadãos norte-americanos em plataformas de redes sociais. O órgão ligado ao governo Donald Trump teria afirmado que o magistrado brasileiro poderia reforçar as leis brasileiras no ambiente virtual, mas não ordenar empresas nos EUA a tomar ações específicas. + Leia mais notícias de em Oeste O post .
Moraes nomeia a Defensoria Pública para cuidar do caso de Zambelli O ministro Alexandre de Moraes, do https://portal.stf.jus.br/ nomeou a Defensoria Pública da União para atender a deputada Carla Zambelli (PL-SP). A decisão de Moraes ocorreu no âmbito da Em virtude de a parlamentar ter saído do Brasil, os advogados Daniel Leon Bialski, Bruno Garcia Borragine, André Mendonça Bialski e Daniela Micheloni Woisky, que cuidavam do processo de Carla, pediram para deixar o caso. No mês passado, Ordem de Moraes prevê o bloqueio de bens de Carla Zambelli image A deputada federal Carla Zambelli, na Câmara, pouco depois da operação da PF em seu gabinete - 02/08/2023 | Foto: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo Moraes mandou ainda a Polícia Federal providenciar a inclusão do nome da parlamentar na lista vermelha da Interpol. O juiz do STF estabeleceu o bloqueio dos passaportes, incluindo o passaporte diplomático que ela obteve por ser deputada. O magistrado determinou outras medidas: O bloqueio de salários e outras verbas, bens, ativos e contas bancárias, incluindo Pix; O bloqueio de veículos, incluindo embarcações e aeronaves eventualmente em nome dela; Multa diária de R$ 50 mil contra a deputada, "por postagem nas redes sociais suas ou de terceiros que reiterem as condutas criminosas". Leia também: , reportagem publicada na Edição 271 da Revista Oeste O post .
BYD avança no varejo e supera Toyota no mercado brasileiro A montadora chinesa conquistou em maio um feito inédito no setor automotivo brasileiro. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores mostram que, com 8,86% de participação nas vendas no varejo de veículos leves, a empresa ultrapassou a japonesa Toyota. + Leia mais notícias de em Oeste Como resultado, a BYD assumiu a quarta posição entre as marcas mais comercializadas do país. Entretanto, o ranking considera apenas vendas feitas ao consumidor final, excluindo negócios diretos com frotistas, que representam 52,6% do mercado no mês. No cenário geral, somando todas as modalidades, a BYD garantiu o sétimo lugar entre as montadoras. Ainda assim, superou nomes de peso como Hyundai, Honda, CAOA Chery e Jeep. A marca também ampliou sua presença no segmento de carros elétricos. Dominou o setor com 80,62% de participação e emplacou o Dolphin Mini como o quinto hatch pequeno mais vendido do Brasil, superando, inclusive, modelos movidos a combustão. Além do avanço nas vendas, a BYD liderou o mercado em cinco capitais brasileiras: Brasília, Porto Velho, Natal, Maceió e Vitória. A rede de concessionárias da empresa já soma 180 pontos em território nacional. BYD é alvo de suspeita por trabalho escravo e tráfico de pessoas Enquanto amplia suas operações no Brasil, a empresa também se envolve em polêmicas que ameaçam comprometer sua imagem de forma permanente. Em maio deste ano, o entrou com uma ação civil pública contra a BYD e duas empreiteiras que prestam serviços à empresa chinesa. O órgão suspeita de trabalho escravo e tráfico de pessoas. + Leia também: O MPT quer que a Justiça condene as empresas ao pagamento de quase R$ 260 milhões por danos morais coletivos. Além disso, exige indenizações individuais equivalentes a 21 vezes o salário contratual de cada vítima, além de uma remuneração por dia em que tenham sido submetidas a condições análogas à escravidão. O post .
Renault convoca proprietários do Duster para recall A Renault do Brasil abriu procedimento de recall para os proprietários do SUV Duster, fabricados de setembro a dezembro de 2024. A montadora alega que as unidades correm o risco de apresentar um problema no eixo traseiro direito, o que pode afetar gravemente a dirigibilidade do carro. + Leia mais notícias de em Oeste Proprietários devem agendar o serviço gratuito nas concessionárias para verificação da peça e, caso necessário, a substituição do componente. O defeito pode provocar o desprendimento do eixo traseiro, aumentando o risco de perda de controle do veículo, colisões e acidentes graves ou fatais. Renault alega falha na fixação do rolamento A montadora informou que uma falha no processo de usinagem da rosca compromete a fixação do rolamento do eixo traseiro. Se as peças estiverem soltas ou ausentes, o eixo pode se desprender da carroceria. A campanha iniciou a ação em 16 de maio, com prazo indeterminado. Os donos podem consultar se seu veículo está envolvido no site <a href="http://www.renault.com.br" rel="nofollow">www.renault.com.br</a> ou pelo telefone 0800 055 5615. Por fim, a Renault afirma que a campanha pretende “garantir a segurança, a qualidade e a confiabilidade dos veículos da marca”. Em março do ano passado, a montadora também anunciou uma campanha de recall do então lançamento Kardian. Na ocasião, a empresa constatou um defeito na fabricação dos parafusos das rodas, sendo necessária a troca completa dos tambores de freios traseiros. As unidades produzidas de 15 de março de 2024 a 3 de maio de 2024, com chassis não sequenciais de J001446 a J007306 foram convocadas para o reparo. Por segurança e bem-estar dos clientes, a montadora fez a substituição dos componentes de segurança de maneira gratuita. Leia também: , reportagem de Carlo Cauti publicado na Edição 271 da Revista Oeste O post .
‘Bolsonaro é contra manobra entre Congresso e STF’, diz Magno Malta A oposição no Senado resiste ao projeto de anistia articulado pelo presidente da Casa, senador “é totalmente contrário a esse tipo de manobra”. Para Malta, a posição da direita no Senado é clara: “O que queremos é anistia irrestrita e imediata para quem não cometeu crime algum”. Redução de penas De acordo com o senador, a ideia de reduzir penas dos envolvidos no 8 de janeiro contraria a essência da anistia. Além disso, o parlamentar afirma que o projeto distorce a realidade. "Esse projeto paralelo que está sendo articulado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, simplesmente não faz sentido", disse Malta. "Não estamos pedindo redução de pena para ninguém. Não há pena a ser reduzida, porque não houve crime." “Não cabe criar exceções políticas”, diz Malta Ainda de acordo com o parlamentar, a legislação já prevê punições adequadas para atos isolados. Portanto, segundo ele, não cabe criar exceções políticas. O senador explica que, "no máximo, houve vandalismo e, para isso, já existem punições previstas em lei". Malta também reforçou a defesa dos detidos por envolvimento nos atos. "Essas pessoas foram levadas à Praça dos Três Poderes e surpreendidas", afirmou. "Muitos não quebraram um vidro sequer. Apenas estavam ali." “Não há conversa com Alcolumbre” Por esse motivo, o senador capixaba afirma que não existe negociação entre Alcolumbre e a oposição na Casa Alta. Ele nega, inclusive, a possibilidade de apoio futuro. Enquanto a oposição no Senado resiste, a Câmara dos Deputados sinaliza alinhamento com Alcolumbre. O presidente da Casa Baixa, deputado afirmou a parlamentares que vai aderir ao texto em questão. + Leia mais notícias de em Oeste Segundo o líder da oposição na Câmara, deputado a proposta será fruto de um entendimento entre os Poderes. Ao deixar reunião com Motta na terça-feira 27, Zucco confirmou que o texto em debate “é o projeto construído pelo senador Davi Alcolumbre”. O post .
Mercado Livre aciona Justiça para impedir bloqueio no Brasil O Mercado Livre voltou a acionar a Justiça. Desta vez, para pedir urgência na anulação de um despacho da que prevê multas e bloqueios de plataformas de marketplace que comercializam celulares e eletrônicos piratas. + Leia mais: Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a Anatel quer tirar do ar sites como Mercado Livre e Amazon por entender que há reincidência na venda de celulares e eletrônicos sem certificação da agência de telecomunicações. A agência ainda não se movimentou sobre o assunto. O Mercado Livre e a Amazon travam uma disputa com a agência na Justiça Federal contra as diversas multas aplicadas. Em processo protocolado na 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, o Mercado Livre diz que a Anatel não tem competência para expedir o despacho. A agência já reconheceu a própria incompetência para regulamentar provedores de aplicações de internet, como marketplaces. O que a impossibilita de determinar bloqueios de páginas na internet sem ordem judicial. Em contrapartida, a agência afirma em seu despacho que é responsável por certificar produtos de telecomunicações no Brasil. Esse certificado é o que autoriza o uso e a comercialização desses dispositivos no Brasil. Anatel vence a primeira disputa contra o Mercado Livre O processo, que tramita desde junho do ano passado, teve uma primeira decisão do juiz Marcelo Gentil Monteiro. Na ocasião, o magistrado rejeitou o pedido de tutela de urgência realizado pelo Mercado Livre. O juiz argumentou que a tutela de urgência é concedida apenas quando há evidências claras de risco de dano ou prejuízo ao resultado da ação. "Não vejo a presença de tais requisitos", afirmou Monteiro. Agora, o Mercado Livre voltou a pedir urgência na anulação do despacho. A empresa alega que o presidente da Anatel, Carlos Manuel Baigorri, tem feito manifestações públicas falsas contra a empresa. image Centro de distribuição do Mercado Livre no Brasil | Foto: Divulgação “Não há na presente data decisão administrativa transitada em julgado que tenha condenado o Mercado Livre ao pagamento de multas administrativas”, alegam os advogados do gigante do e-commerce. “Os poucos processos administrativos existentes continuam em fase instrutória ou recursal. Qualquer presunção de ilegalidade anterior ao trânsito em julgado desses processos administrativos é violadora dos princípios da ampla defesa e do contraditório.” A empresa alega que a Anatel age de maneira abusiva para atender aos interesses privados do setor de telecomunicações e, assim, coagir os marketplaces a adotarem medidas impossíveis no parecer jurídico. Leia também: , artigo de Cristyan Costa publicado na Edição 271 da Revista Oeste O post .
PT debate rumos econômicos, alianças políticas e guinada à esquerda As principais lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) mostraram divergências sobre os rumos da sigla e do governo durante o primeiro debate entre os candidatos à presidência da legenda, realizado na noite desta segunda-feira, 2. O ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, que conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi o principal alvo das críticas. + Leia mais notícias de em Oeste Os participantes discutiram temas como a condução da economia sob o comando do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a manutenção de juros elevados no Banco Central sob Gabriel Galípolo e as alianças políticas com o Centrão. Leia mais: , artigo de Carlo Cauti publicado na Edição 271 da Revista Oeste Os adversários de Edinho, entre eles o deputado Rui Falcão, o historiador Valter Pomar e o secretário de Relações Internacionais Romênio Pereira, defenderam que o governo deve adotar uma postura mais à esquerda. Disputa de rumos econômicos e alianças do PT <img src="https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2025/03/edinho-silva.jpeg" alt="Edinho Silva"/>Edinho Silva é o favorito para a presidência do PT | Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil Esses candidatos argumentaram que, para vencer a direita em 2026, mesmo sem a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula precisa mudar a política econômica e ir para as ruas. As eleições internas do PT, em que filiados escolherão o novo presidente, estão marcadas para 6 de julho. O vencedor comandará a legenda até 2029. Ou seja, vai liderar a preparação para a próxima campanha presidencial e para o futuro do partido depois de Lula. No debate, Edinho Silva, representante da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), foi instado a defender as ações do governo. Ele rebateu a fala de Valter Pomar, que afirmou que o momento é grave e que o socialismo não era o norte imediato do partido. “Eu não trato o socialismo como se fosse a tomada de assalto de poder de dentro do gabinete”, afirmou Edinho. “A consciência da classe trabalhadora não se faz com gente discursando, bravateando.” Leia também: , artigo de Alexandre Garcia publicado na Edição 271 da Revista Oeste A preocupação com o fortalecimento da direita também esteve presente durante todo o debate. Rui Falcão resumiu o temor como um "risco de virar um partido meramente institucionalizado e, pior, que não ganha eleição". “Vamos combinar: a direita tomou as ruas da gente”, disse. Falcão votou contra o corte de gastos proposto por Haddad no ano passado. “Quero crer que esse pacote do corte de gastos é um dos fatores que tem contribuído para que o presidente Lula não tenha recuperado a popularidade”, afirmou o deputado. O post .
Lindbergh depõe à PF contra Eduardo e pede bloqueio das contas de Jair Bolsonaro O líder do PT na (PL-SP) nos Estados Unidos. Durante a audiência, Lindbergh entregou documentos que, segundo ele, demonstram que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro tem atuado nos EUA contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e, especificamente, contra o ministro Alexandre de Moraes. + Leia mais notícias de em Oeste O petista acusa Eduardo de crimes como coação, obstrução de Justiça e atentado violento contra o Estado democrático de Direito. Lindbergh pediu à PF o bloqueio das contas bancárias de Jair Bolsonaro, além da suspensão de toda transferência financeira do Brasil para Eduardo. Momento em que o Lindbergh anunciou pra imprensa que solicitou o bloqueio dos bens do Bolsonaro. — Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) A possibilidade de envio de recursos a Eduardo “representa risco imediato à efetividade da jurisdição penal, além de reforçar a continuidade da ofensiva contra o Estado Democrático de Direito”, justificou Lindbergh no documento encaminhado à PF.  O pedido do líder do PT na Câmara requer: Bloqueio imediato das contas de Jair Bolsonaro, apontado como responsável por captação irregular de recursos para sustentar alegadas articulações golpistas no exterior; Interrupção de qualquer fluxo financeiro com origem no Brasil e destino a Eduardo Bolsonaro; Quebra de sigilo bancário e fiscal de Jair Bolsonaro, Eduardo e outros investigados, com base na LC 105/2001, para rastrear eventuais desvios de finalidade em doações via Pix; Comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para detectar movimentações financeiras atípicas entre os envolvidos e possíveis intermediários de transferências internacionais. image Eduardo transferiu residência para os Estados Unidos e afirma ser alvo de perseguição dos ministros | Foto: Reprodução/Redes sociais/Eduardo Bolsonaro Segundo Lindbergh, Eduardo Bolsonaro estaria promovendo uma “depredação simbólica” do STF, no que chama de um “golpe continuado” contra as instituições democráticas do Brasil. Ele responsabiliza Jair Bolsonaro por financiar as ações do filho e destacou que o bloqueio de bens do ex-presidente é essencial para interromper o funcionamento da suposta organização criminosa no exterior. O petista afirmou ainda que buscou demonstrar o “nexo de causalidade” entre as ações de Eduardo Bolsonaro e desdobramentos posteriores, como declarações de autoridades norte-americanas críticas ao STF e ao ministro Moraes.  O líder do PT pediu também a abertura de investigação contra o deputado Felipe Barros (PL-PR), acusado de manter reuniões no exterior com o objetivo de articular intervenção estrangeira contra autoridades brasileiras. Lindbergh confirma meu bom trabalho nos EUA. E sim, está tudo na minha rede social, pois não faço nada de ilegal. Como eu já havia dito, eles sim foram na minha rede social ver por onde estive e tentariam dar contornos de algo criminoso. Visitar deputado americano é crime?… — Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) Moraes abriu inquérito contra Eduardo a pedido da PGR No último dia 26, Alexandre de Moraes determinou a abertura de um inquérito contra Eduardo Bolsonaro, diante do pedido de investigação feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A solicitação da PGR, por sua vez, foi uma resposta a uma representação criminal protocolada por Lindbergh sobre a atuação internacional do deputado licenciado.  O ministro do STF determinou que a PF, além da oitiva com Lindbergh, monitore os conteúdos publicados por Eduardo nas redes sociais e ouça, em até dez dias, o congressista — que poderá prestar esclarecimento por escrito, por estar fora do país — e Jair Bolsonaro. O depoimento do ex-presidente está previsto para a próxima quinta-feira, 5. Diante da abertura do inquérito por Moraes, a Polícia Federal apura uma articulação feita por Eduardo nos EUA em favor da aplicação de sanções contra o próprio ministro do STF. Segundo Lindbergh, "o Itamaraty tem que trabalhar porque as consequências, na hipótese de haver uma sanção", serão negativas para o Brasil. image O ministro Alexandre de Moraes votou pelo recebimento da denúncia da PGR contra Bolsonaro e demais acusados | Foto: Fellipe Sampaio /STF O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a investigação no STF, sob o argumento de que Eduardo pode ter cometido crimes ao atuar nos EUA contra integrantes do Supremo, da PGR e da PF. Gonet mencionou os esforços junto ao governo Trump para impor sanções a Moraes. Eduardo Bolsonaro está nos EUA desde março, quando pediu licença da Câmara para buscar sanções internacionais contra autoridades brasileiras que cometiam abusos. Ele já afirmou publicamente que só voltará ao Brasil caso o ministro Alexandre de Moraes seja punido. Líder do PT, Lindbergh, vai testemunhar num inquérito contra mim, cujo o relator é Moraes, justamente a pessoa que eu denuncio aqui no exterior e disse que queria "me pegar". E deram 10 dias para me ouvir. Prazo razoável? Eu poderia até falar, mas se fossem utilizados os meios… — Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) Lindbergh pede intervenção do Itamaraty  O líder do PT na Câmara falou à imprensa depois de prestar seu depoimento à PF. Leia trechos da declaração de Lindbergh:  “Entregamos muitos documentos e, para nós, estão caracterizados vários crimes. Os dois primeiros são coação no curso do processo e obstrução de Justiça. Defendemos também com muita ênfase que se trata de um atentado contra o Estado Democrático de Direito. Para nós, é um golpe continuado. Teve o 8 de janeiro, teve a depredação do Supremo, do Parlamento, do Palácio do Planalto. Na verdade, começou antes ao descredibilizar o sistema eleitoral, as urnas eletrônicas, depois com a Operação Punhal Verde e Amarelo, a minuta do golpe. Só que, na nossa avaliação, a conduta de Eduardo Bolsonaro ainda é a mesma. Qual a diferença do que Eduardo Bolsonaro faz com a de um daqueles golpistas que depredou o Supremo? É uma depredação simbólica do Supremo. Uma articulação internacional para sancionar ministros do Supremo, o procurador-geral, delegados da Polícia Federal. É isso que está sendo feito. Então a gente fala também em relação ao Estado Democrático de Direito. O que a gente fez? A gente quis mostrar o nexo de causalidade entre as movimentações dele, e vários fatos que aconteceram depois. Por exemplo, o deputado republicano Corey Mills. Foi ele que fez aquele questionamento ao secretário de Estado, Marco Rubio, quando o Marco Rubio falou do Alexandre de Moraes. Ali ele falava claramente sobre Jair Bolsonaro, sobre o julgamento do Jair Bolsonaro, mas não só esse. Deputada Maria Elvira Salazar, aquela que levantou o cartaz contra Alexandre Moraes, a gente documenta também o encontro anterior com Eduardo Bolsonaro e com Paulo Figueiredo, esse cidadão que já é denunciado no golpe, nessa trama golpista, que está participando de todas as articulações. O Departamento de Estado, quando fala de falta de liberdade, quando fala de censura do Brasil em Twitter, Departamento de Estado, foi numa quarta-feira, a gente demonstra que, na sexta-feira, o Eduardo Bolsonaro esteve no Departamento de Estado falando com o encarregado para a América Latina. Então a gente vai fazendo tudo isso. Mas o mais importante é que a gente faz um pedido cautelar de bloqueio dos bens de Jair Bolsonaro. Por que esse pedido cautelar? Veja, a gente sabe que o que Eduardo Bolsonaro está fazendo lá é atrapalhar a investigação. É um crime continuado. Não houve mudança nenhuma. Depois do dia 8 de janeiro, eles continuam atacando as instituições. Mas como é que ele se sustenta para fazer essa articulação? E foi uma declaração do próprio Jair Bolsonaro que falou da questão do Pix, teve uma arrecadação de R$ 17 bilhões, começaram uma outra, é assim que mantém Eduardo Bolsonaro lá. Na nossa avaliação, o Eduardo Bolsonaro, quando ele fala em coação no curso do processo, quer proteger o pai dele e os envolvidos na trama golpista. Então, veja, é uma forma de manutenção dessa organização criminosa, fora do país, para tentar tirar crédito do Supremo Tribunal Federal. Eu chamo a atenção que isso nunca houve na história recente do país. [...] O que está acontecendo é muito grave. Veja, nós estamos caminhando por uma crise diplomática seríssima, porque não tem como o governo brasileiro ficar de braços cruzados se houver uma retaliação contra o ministro supremo, em cima de uma Lei Magnitsky, que é usada contra ditaduras, com o discurso falso de que aqui é uma ditadura. Então, veja, isso é muito grave. Isso vai ter consequências aqui no Brasil. O que o governo vai fazer? Então, nessa ânsia de continuar esse processo golpista, de tentar proteger o pai dele no julgamento, está colocando o Brasil numa situação muito difícil. Então, a gente pede o bloqueio imediato dos bens de Jair Bolsonaro. Isso aqui é uma medida cautelar que nós estamos pedindo ao Procurador-Geral da República nesse inquérito. Mais do que isso, vocês vão ver aqui a peça que a gente entrega, Tem o item D também, quebra de sigilo bancário e fiscal de Jair Bolsonaro e dos demais investigados para rastrear valores enviados ao exterior com indício de desvio de finalidade na arrecadação por Pix para financiar estrutura no exterior destinada a atacar o sistema de justiça brasileiro. E por fim, realização de comunicação ao Coaf a fim de detectar movimentações financeiras atípicas de Eduardo, Jair Bolsonaro e outras pessoas físicas e jurídicas que, de alguma forma, contribuem para esse processo. Esses aqui são temas fundamentais para a gente. Não só o bloqueio, mas tentar rastrear o dinheiro. Toda essa movimentação financeira. Foi um depoimento longo, mas eu acho que muito proveitoso. Porque eu acho que, nas próprias declarações do Eduardo Bolsonaro, ele se auto-incrimina e tem intervenções que mostram claramente que aquelas reuniões que ele teve e que acompanhava tiveram efeitos.” “Eu acho que o Itamaraty tem que trabalhar porque as consequências, na hipótese de haver uma sanção, vão ser muito ruins para o Brasil. E aí vai ter que ter uma reação. Porque não existe isso. Imagina se o ministro Alexandre Moraes e o procurador-geral sofrem uma sanção como essa, que pode bloquear cartões de crédito, contas pessoais. Eu acho que o Brasil e o Itamaraty têm que se movimentar antecipadamente. Aqui nós estamos vendo, nós vamos ter problema para empresas brasileiras. Vamos lá, uma decisão como essa, em cima da Lei Magnitsky. O que os bancos brasileiros vão fazer? Eles têm relações com os Estados Unidos. vão cumprir contra a autoridade contra o ministro supremo? Creio que não. Mas veja, é uma crise anunciada. Eu, inclusive, peço aqui um dos pedidos que seja enviado ao Itamaraty para que avalie a possibilidade de suspensão automática do passaporte diplomático do Eduardo Bolsonaro. Porque isso é possível de ser feito. Então é um tema, mas eu acho, sinceramente, que é importante que o Itamaraty, eu creio que está fazendo, talvez não divulgando oficialmente, faça gestos, se movimente, para evitar que o pior aconteça, que se entre em uma aventura que vai levar a um estressamento grande das relações entre o Brasil e os Estados Unidos.” O post .