Assista ao Bom Dia ES <img src="https://s2-g1.glbimg.com/p52HGVD-xkjwB7z6xe4cOXJNloY=/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/J/v/P7i6mXTvCF4AixgYlRIg/gap5fe6wkaaqgfp.jfif"/> Assista ao Bom Dia ES Comece o dia bem informado com as notícias do Espírito Santo a partir das 6h.
'Phubbing': como o celular pode estar por trás de hábito inconsciente que pode corroer seu relacionamento image Pessoa fotografando um prato de comida com o celular Helena Lopes/Pexels Imagine a cena: você saiu para jantar com seu parceiro. A comida chega, a conversa flui – e então o celular dele vibra. Ele olha para baixo, sorri levemente e começa a digitar. Você fica sentada ali, com o garfo na mão, de repente invisível. Esse momento tem um nome: phubbing, uma combinação das palavras em inglês “phone” (telefone, no caso o celular) e “snubbing” (desprezar). Isso se tornou uma característica quase inevitável dos relacionamentos modernos, à medida que os smartphones conquistam um lugar à mesa — às vezes literalmente. Você pode pensar no phubbing como uma irritação menor, mas nossa pesquisa mostra que ele pode prejudicar a qualidade do relacionamento, abalar a autoestima, despertar ressentimento e até mesmo provocar retaliação. E algumas pessoas são muito mais sensíveis a isso do que outras. Siga o canal do g1 Bem-Estar no WhatsApp Em um estudo usando um diário feito pelos participantes, acompanhamos 196 pessoas durante vários dias pedindo que relatassem o quanto se sentiam phubbed por seus parceiros, como reagiram e como se sentiram depois. O padrão foi notavelmente consistente. Nos dias em que as pessoas se sentiram mais ignoradas, relataram menor satisfação no relacionamento, pior humor e mais raiva ou frustração. O phubbing pode fazer com que a pessoa que é ignorada se sinta excluída, menos importante e menos conectada. Isso se encaixa na teoria da equidade em psicologia — os relacionamentos são melhores quando ambos os parceiros investem igualmente. Se seu parceiro está focado no celular em vez de em você, isso pode sinalizar um investimento desigual. Crianças com celular antes dos 13 anos têm mais risco de depressão e baixa autoestima, aponta estudo Diferenças individuais Mas nem todos experimentam o phubbing da mesma maneira. Em nosso estudo feito este ano, publicado no periódico Journal of Personality, descobrimos que o tipo de apego — a maneira habitual como as pessoas pensam e sentem sobre relacionamentos — desempenhou um papel importante. Pessoas com maior ansiedade de apego — que temem o abandono e anseiam por segurança — reagiram mais fortemente ao phubbing. Elas relataram se sentirem mais deprimidas, uma menor autoestima e ter maior ressentimento. E elas também eram mais propensas a retaliar. Aqueles com maior apego evitante — que se sentem desconfortáveis com a proximidade — não relataram uma queda tão acentuada na satisfação com o relacionamento devido ao phubbing, mas ainda assim às vezes retaliavam, muitas vezes pegando o próprio celular para buscar aprovação e validação de outras pessoas quando o parceiro não atendia a suas necessidades de atenção. O narcisismo também pode desempenhar um papel importante. Pessoas com altos níveis de narcisismo geralmente gostam de ser o centro das atenções, mas podem fazer isso de maneiras diferentes. Em outro estudo de 2025, examinamos dois subtipos de narcisismo: rivalidade narcisista (ser antagônico, inseguro e defender o status) e admiração narcisista (ser autopromocional e impulsionado pelo charme). Descobrimos que pessoas com maior rivalidade narcisista relataram menor autoestima, maior raiva e mais conflitos — fossem elas ignoradas ou não. Quando ignoradas, elas ficavam mais curiosas sobre o que o parceiro estava fazendo, mas também mais propensas a retaliar por vingança ou para ganhar a aprovação dos outros. Pessoas com maior admiração narcisista tendiam a ter maior satisfação no relacionamento e bem-estar geral. Quando ignoradas, elas eram mais propensas a entrar em conflito com o parceiro do que a retaliar. Phubbing como um jogo de olho por olho Em um estudo anterior de 2022, analisamos mais de perto o tipo de comportamento adotado pelos parceiros que sofriam o phubbing. As respostas mais comuns incluíram ignorar o phubbing, ficar ressentidos, questionar o uso do celular ou confrontar diretamente o parceiro. Mas uma das respostas mais frequentes e reveladoras foi a retaliação – pegar o próprio celular e fazer o mesmo. Quando perguntamos por que as pessoas retaliavam, três motivos principais surgiram. Um era vingança, para “dar uma lição no parceiro”. O outro era buscar apoio, recorrendo a outras pessoas para se conectar quando o parceiro parecia indisponível ou distante. E o terceiro era buscar aprovação – postar nas redes sociais ou enviar mensagens para obter validação de outras pessoas. O tédio também foi mencionado algumas vezes, mas era muito menos comum. O phubbing pode parecer trivial – afinal, todos nós verificamos nossos celulares. Mas, nos relacionamentos, ele pode agir como uma microruptura na conexão. Esses pequenos momentos podem se acumular, criando a sensação de que a atenção do seu parceiro está em outro lugar e que você é menos valorizado. Para pessoas que já são sensíveis a sinais de rejeição — como aquelas com alto nível de ansiedade de apego ou rivalidade narcisista —, o impacto pode ser maior. Elas podem interpretar o phubbing como uma ofensa deliberada, em vez de um hábito inconsciente. Isso pode desencadear ciclos de conflito ou afastamento. Como quebrar o ciclo do phubbing Se você já foi acusado de phubbing, isso não significa que você seja um mau parceiro, mas pode significar que seus hábitos precisam de atenção. Passos simples podem ajudar a proteger a qualidade do relacionamento, incluindo a criação de zonas “livres de telefones” durante as refeições ou antes de dormir. Também pode ser útil reconhecer a interrupção se você precisar verificar seu celular – explicando o motivo e voltando sua atenção rapidamente. Idealmente, os casais devem discutir abertamente os limites do uso do celular para que ambos os parceiros se sintam respeitados. Se você é a vítima do phubbing, reconhecer seus próprios gatilhos pode ajudar. Se o phubbing atinge um ponto sensível, isso pode refletir experiências anteriores de se sentir ignorado ou subestimado. Talvez o fato de seu parceiro verificar o celular não tenha a ver com sua inadequação, mas sim com um mau hábito difícil de quebrar. Saber disso pode ajudá-lo a responder de maneiras que reparem a conexão, em vez de intensificar o conflito. Em última análise, os smartphones não vão desaparecer, nem o phubbing. Mas nossas descobertas sugerem que a pequena escolha diária de estar presente com seu parceiro é mais importante do que você imagina. Simplificando, quando você larga o celular, você retoma seu relacionamento. Entenda por que as notificações do celular viciam o cérebro
Entenda os crimes do influenciador brasileiro Lohan Ramires, que pode ser extraditado ao Brasil image Influenciador Lohan Ramires é preso nos Emirados Árabes O influenciador digital Lohan Ramires de Souza Santos, conhecido por ter mais de 600 mil seguidores nas redes sociais, é condenado por tráfico de drogas, associação criminosa e falsidade ideológica em Uberlândia e investigado por financiar planos para matar autoridades da segurança pública. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), ele está foragido no exterior e os trâmites para extradição ao Brasil são realizados. Lohan Ramires foi alvo de três operações policiais e chegou a ser preso duas vezes em Uberlândia. Ele foi condenado a mais de 23 anos de prisão nos processos já julgados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O condenado foi preso em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, após ser inserido na lista de procurados da Interpol. Segundo o advogado de defesa, Diego Ferreira de Matos, o cliente foi detido em 1º de setembro ao renovar o passaporte, permanecendo preso até o dia 4, quando foi liberado após pagar fiança de quase R$ 3 mil. Leia a nota na íntegra ao final da reportagem. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Triângulo no WhatsApp O g1 reuniu, em ordem cronológica, os principais fatos que marcam a trajetória de Lohan Ramires, de investigações por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas até as acusações de planejar atentados contra autoridades da segurança pública. Veja a seguir. O que pesa contra Lohan Ramires na Justiça brasileira Desde 2020, Lohan Ramires era investigado pela Polícia Civil como parte de uma organização criminosa em Uberlândia. O grupo atuava com tráfico de drogas, extorsão, receptação, porte ilegal de armas, estelionato e lavagem de dinheiro. Lohan foi apontado como responsável por lavar valores ilegais e transformá-los em bens de luxo. Segundo a polícia, ele movimentou mais de R$ 11 milhões em suas contas, valor incompatível com a atividade declarada de vendedor de celulares e influenciador digital. 2021: Operação Diamante de Vidro Em 17 de agosto de 2021, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e as polícias Civil e Militar deflagraram a Operação Diamante de Vidro. Foram cumpridos 117 mandados em cidades de Minas Gerais e São Paulo contra a organização criminosa. Lohan foi condenado a 7 anos e 6 meses de prisão em um dos processos da operação e a 3 anos de prisão em outro. Lohan Ramires era vendedor de celulares e afirmava ser influenciador digital, com mais de 600 mil seguidores nas redes sociais Reprodução/Redes Sociais 2022: Operação Má Influência Em 27 de maio de 2022, Lohan foi preso na Operação Má Influência, que investigava lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Segundo o Gaeco, ele liderava um esquema de compra de anabolizantes em Goiânia com documentos falsos e revenda em Uberlândia. A mãe dele, Cláudia Ramires, foi presa por suspeita de lavagem de dinheiro. O irmão, Arthur Ramires, foi preso por tráfico, associação criminosa e falsificação. A polícia apreendeu anabolizantes, joias, carros, dinheiro em espécie e outros bens de alto valor. Pela operação, Lohan foi condenado a 12 anos, 11 meses e 18 dias de prisão. LEIA TAMBÉM: BMW com cinto de grife: a vida de luxo de Lohan Ramires Dodge Ram de Lohan Ramires se transforma em viatura 2023: Habeas corpus e Operação Erínias Em junho de 2023, Lohan saiu da prisão após um habeas corpus no processo por lavagem de dinheiro. Poucos dias depois, em 23 de junho, ele foi preso novamente na Operação Erínias. A ação mirou um grupo suspeito de planejar o assassinato de autoridades da segurança pública em Uberlândia. Segundo a Polícia Civil, Lohan teria financiado parte do plano, que arrecadou cerca de R$ 250 mil para comprar armas e munições. Entre os alvos estavam um delegado, um promotor de Justiça, um escrivão, um policial penal e o diretor-adjunto do Presídio Professor Jacy de Assis. Em 20 de julho de 2023, o Ministério Público de Minas Gerais denunciou Lohan e outros 18 investigados. Fuga para o exterior e lista da Interpol Após as condenações, Lohan deixou o país. A defesa afirma que ele viajou a trabalho, mas o Ministério Público diz que ele fugiu. O MPMG informou que ele foi incluído na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), que permite que países localizem e prendam foragidos para extradição. O Ministério Público de Minas Gerais informou que Lohan foi preso no exterior e aguarda os trâmites para ser extraditado e cumprir pena no Brasil. Leia a nota da defesa de Lohan "Na condição de advogado do Sr. Lohan Ramires de Souza Santos, cumprimento Vossas Senhorias, para prestar os seguintes esclarecimentos: Inicialmente destaco que o Sr. Lohan não está foragido como mencionado, o que motivou sua saída do país foi uma proposta de trabalho que está sendo executada nos Emirados Árabes. Lohan deixou o país antes do trânsito em julgado da decisão que expediu o mandado de prisão em seu desfavor. Portanto, quando não havia condenação confirmada. Outro ponto que merece destaque é o fato de que após detido nos Emirados Árabes, aquele país, ao analisar as provas do seu processo, entendeu pela fragilidade probatória, e concedeu a liberdade mediante fiança de menos de R$ 3.000,00 (três mil reais), fiança esta que está muito aquém de valores em casos semelhantes. Sobre a condenação, entendemos ser absurdamente injusta, e, após assumir este processo, identificamos erros grosseiros, alguns aparentemente intencionais, cometidos pela autoridade policial, pelo Ministério Público, pelo magistrado sentenciante e, principalmente pelas defesas que oficiaram no processo, com graves demonstrações de que houve um conjunto absurdo de falhas, o que levou à distribuição de Ação de Revisão Criminal onde acreditamos alcançar a absolvição do Sr. Lohan de todos os crimes a que foi denunciado. Uma condenação por tráfico de drogas em um processo em que o próprio laudo atesta a inexistência de drogas e, por incrível que pareça, ninguém viu isso, ou viram e fingiram não ver, que continua ecoando na vida do Sr. Lohan. Relembremos, ainda, o episódio lamentável da ocasião em que Lohan foi falsamente acusado de ter participado de um suposto esquema de atentado contra autoridades desta Cidade, ocasião em que foi preso injustamente mais uma vez e que ficou no esquecimento tanto das autoridades quando da imprensa. Lohan Ramires nunca praticou tráfico de drogas, mas foi vítima de uma injusta e covarde perseguição que em breve será corrigida. Confiamos na Justiça!" Lohan Ramires ostenta vida de luxo em suas redes sociais Reprodução/Redes Sociais VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas
Robert Redford: de galã de Hollywood a guardião do cinema independente <img src="https://s2-g1.glbimg.com/Ap6Rki0wiFPIycASfWVelxAc1lk=/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/k/2/YmExlERLWdM8OANOZWEw/globo-canal-5-20250916-1800-frame-336811.jpeg"/> Morre o ator e cineasta americano Robert Redford Morreu, aos 89 anos, o ator e cineasta americano Robert Redford. De galã de Hollywood a guardião do cinema independente. Ao receber o Oscar pelo conjunto da carreira, em 2002, Robert Redford reforçou a fama de alguém que fugiu dos rótulos: “Os filmes que mais amei foram os que me disseram que eu nunca poderia fazer, mas fui lá e fiz”. Mas os rótulos os perseguiam. No primeiro grande papel dele no cinema, em “Descalços no Parque”, a parceira Jane Fonda percebeu que o ator ia longe. “A gente passava pelos corredores e as secretárias suspiravam”. Ao lado de Paul Newman, viveu cenas inesquecíveis em “Butch Cassidy”, de 1969. E “Golpe de Mestre”, em 1973, que rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator. Três anos depois, em busca de papéis mais densos, comprou os direitos do livro sobre o escândalo de Watergate – que levou à renúncia do presidente Richard Nixon. E deu vida ao jornalista Bob Woodward em “Todos os Homens do Presidente”. O primeiro Oscar veio em 1981, não pela atuação. Redford ganhou o prêmio de Melhor Diretor por “Gente como a Gente”, o drama de uma família que perde o filho num acidente. Também nos anos 1980, Robert Redford criou o Instituto Sundance, que se transformaria no maior festival de cinema independente dos Estados Unidos. Cansado dos padrões rígidos de Hollywood, escolheu as montanhas do estado de Utah para reunir e revelar novos talentos. Mas Redford nunca abandonou completamente os grandes estúdios. E voltou ao papel de galã ao lado de estrelas como Meryl Streep, Demi Moore e Michelle Pfeiffer. Longe dos holofotes, foi ávido defensor da democracia e das questões ambientais. E foi cercado da natureza rústica do Oeste americano, que se despediu, dormindo, nesta manhã. Morre o ator e cineasta americano Robert Redford Reprodução/TV Globo
Deputados votam destaques do texto da PEC da Blindagem após aprovação no 1º turno; ASSISTA image Deputados votam destaques do texto da PEC da Blindagem após aprovação no 1º turno; ASSISTA Aprovação pode fazer voltar regra que exige aval do Congresso para abertura de processos contra parlamentares. A votação da chamada PEC da Blindagem (PEC 3/21) foi anunciada nesta terça pelo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).. A proposta foi ressuscitada por Motta em agosto, dias após o motim da oposição que travou o funcionamento da Câmara.. Para tentar acordo, Motta trocou o relator por Claudio Cajado (PP-BA), um aliado de Arthur Lira (PP-AL).. Lideranças defendem que o texto retome regra que exige autorização prévia do Congresso para a abertura de processos criminais contra deputados e senadores.. No período em que vigorou a regra, o Congresso autorizou apenas um processo contra parlamentar.
Votação da PEC da Blindagem põe em risco MP da tarifa social de energia elétrica, que perde validade nesta quarta O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que vai se encontrar nesta terça-feira (16) com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para tentar evitar que a medida provisória que altera regras do setor elétrico e amplia descontos na tarifa de energia perca validade. O prazo final para que os parlamentares deliberem sobre a matéria vence nesta quarta-feira (17). Segundo Silveira, a expectativa é de que a Câmara vote o texto ainda nesta terça para que os senadores votem nesta quarta e o presidente Lula sancione o texto na sequência. No entanto, a MP corre o risco de perder a validade no Congresso Nacional porque os deputados estão priorizando a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a blindagem a parlamentares na Justiça. Apesar da tentativa de Silveira, a votação da MP nesta terça na Câmara é considerada “incerta”, na avaliação de parlamentares ouvidos pelo g1. Isso porque o debates estão voltados à PEC. "Eu estou confiante que vamos votar. Todos na Câmara estão conscientes, líderes estão conscientes, conversei com vários líderes que o prazo pro Senado votar é até amanhã. O Senado está com muita disposição de recepcionar a MP. Todos sabem da importância e a urgência de atender 60 milhões de brasileiros carentes com a medida social", afirmou Silveira, durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. A proposta determina a ampliação da tarifa social. Segundo o ministro, 60 milhões de brasileiros serão beneficiados com isenção e cerca de 20 milhões com desconto. O presidente Lula assinou a MP em 21 de maio deste ano. Desde então, as mudanças estão valendo, mas se não forem chanceladas pelo Congresso, perdem validade. A conta está gratuita para os consumidores com renda per capita mensal de até meio salário mínimo, inscritos no CadÚnico (cadastro de programas sociais do governo) e cujo consumo seja de até 80 kw/h por mês. Consumidor com renda entre meio e um salário mínimo per capita e consumir até 120 kW/h ao mês estão tendo desconto de 12% na conta em razão da isenção da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que custeia subsídios do setor. Reforma do setor elétrico Como mostrou o g1, o texto da MP do setor elétrico a ser levado ao plenário das casas legislativas será enxuto e o principal tópico segue sendo a tarifa social de energia elétrica, que tem mais consenso entre os parlamentares. Dessa forma, questões como mercado livre de energia serão tratadas na MP1304, cujo prazo de validade é até novembro. Sob reserva, os parlamentares acreditam que esses tópicos mais estruturais precisam de mais discussões. Em conversa com jornalistas, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que, se o texto da MP do setor elétrico não for aprovado da forma como enviou ao parlamento (o que já foi decidido como improvável), espera que seja absorvido na MP 1304. A matéria trata de temas como um teto à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). "Hoje o mercado livre compra energia 20% mais barato que o mercado regulado. E quem está no mercado regulado são as pessoas que recebem conta de energia em casa. É a classe média, é o comércio, a pequena indústria, então é natural que ela seja como um todo aprovada porque ela é uma MP que busca equilíbrio do setor. Agora, caso seja aprovada a parte da tarifa social, há um compromisso do presidente da Câmara e do Senado que a gente avance de outra forma na 1304 que também é uma reforma do setor elétrico que está lá", disse o ministro.
Comissão do Senado aprova projeto que cria espaço fiscal para medidas contra impactos do tarifaço A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (16) um projeto que cria espaço fiscal para medidas emergenciais do governo contra os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros.
'Um lugar em que sempre estou segura agora é uma cena de crime', diz brasileira que presenciou atentado contra Charlie Kirk image Brasileiros contam como foi atentado contra Charlie Kirk Um grupo de estudantes brasileiros presenciou, na última quarta-feira (10), o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk em uma universidade de Utah, nos Estados Unidos. "É um lugar que eu sempre tô muito segura. E agora é tipo, é uma cena de crime, sabe?", disse Brunna Klein, uma das estudantes entrevistada pelo Fantástico, descrevendo o trauma vivido ao ver o atentado de perto. Charlie Kirk, de 31 anos, fundador da organização Turning Point USA, voltada ao público jovem, foi morto a tiros enquanto promovia debates na universidade. O atirador, identificado como Tyler Robinson, de 22 anos, se entregou à polícia após 33 horas de buscas e agora responde por homicídio qualificado, podendo receber a pena de morte. Os estudantes brasileiros relatam momentos de desespero e confusão. "Durou uma eternidade, mas também foi um segundo", relata Freddy Barbosa. "Foi uma cena bem traumatizante", contou Alexander Gonçalves. Bruna descreveu a fuga: a estudante correu por dentro dos prédios e se escondeu atrás de uma escada para ligar para o pai. "Eu agachei para ligar para meu pai. Falei: 'Pai, eu não sei se ele tá ali, se ele tá aqui, eu não sei o que fazer'", se referindo ao atirador. O clima de choque se estendeu à comunidade local. Moradores organizaram vigílias, enquanto políticos americanos, de diferentes partidos, condenaram o assassinato e fizeram apelos por mais diálogo e menos violência política. Brasileira assistia ao debate de Charlie Kirk quando ele foi atingido por um tiro. Reprodução/TV Globo/Fantástico LEIA TAMBÉM: 'Cena traumatizante': brasileiros vivem momentos de pânico durante assassinato de ativista conservador Charlie Kirk O governador de Utah, Spencer Cox, destacou a necessidade de construir uma cultura diferente da que se vê atualmente: "Vocês estão herdando um país onde a política virou sinônimo de raiva. A geração de vocês tem oportunidade de construir uma cultura muito diferente dessa." O corpo de Charlie Kirk será enterrado no dia 21 de setembro, no Arizona. A esposa, Erica Kirk, agradeceu às autoridades pela prisão do atirador e afirmou que dará continuidade ao movimento conservador criado pelo marido. Estudantes que presenciaram o atentado afirmam que o trauma permanecerá. "É um sentimento de tristeza. Toda vez que eu olhar agora esse lugar, vou sempre lembrar do que aconteceu. Só o tempo vai tirar esse sentimento", finaliza Bruna. Brasileiros que estudam na Utah Valley University, nos Estados Unidos, presenciaram o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk e viveram momentos de pânico nesta semana. Charlie Kirk, de 31 anos, foi baleado no campus da universidade em Orem, Utah, enquanto falava com estudantes. O tiro foi disparado do telhado de um dos prédios. E a correria começou segundos depois. "Foi coisa de quinze minutos de ele estar ali falando. [...] E aconteceu um barulho", conta Brunna Klein, uma das brasileiras que estava no local. Lucas Terziotti também estava no campus no momento do ataque, e relembra os minutos de confusão e medo logo após o tiro. "Eu estava ali agachado, mas depois a gente começou a correr", conta. Ele aparece justamente fazendo esse movimento em um vídeo que mostra o atirador no telhado. Já o brasileiro Fredy Barbosa conta que ficou 15 minutos dentro do carro nervoso, sem conseguir dirigir. "Foi uma cena bem traumatizante", lembra Fredy. O autor dos disparos, Tyler Robinson, de 22 anos, se entregou à polícia dias após a morte de Kirk. A polícia encontrou o fuzil usado no ataque em uma área de mata. Nas balas, há frases como “Hey fascist! Catch!” ("Ei, fascista! Pega essa!", em tradução livre) e “Bella ciao”, referência à resistência antifascista. Robinson não tinha filiação partidária, não votou na última eleição e não tinha histórico de outros crimes. O corpo de Charlie Kirk será enterrado no dia 21 de setembro, no Arizona. Algumas áreas na universidade continuam isoladas. As aulas devem ser retomadas na próxima semana. Após o ataque, o que fica para os brasileiros é o sentimento de tristeza. "Sempre que olhar para esse lugar vou lembrar do que aconteceu. É uma cena de crime agora", lamenta Bruna. Homenagens a Charlie Kirk próximo ao local do ataque Reprodução/Fantástico Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida.
Senado dos EUA aprova aliado de Trump para diretoria do Fed image Trump durante reunião com líderes europeus e Zelensky na Casa Branca ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira (15) o nome de Stephen Miran, aliado de Donald Trump, para a diretoria Federal Reserve (Fed), o banco central americano. O aval dos parlamentares, após votação apertada (48 a 47), amplia a influência de Trump sobre a instituição. A decisão encerrou a etapa final de um processo rápido, iniciado em agosto, quando Adriana Kugler renunciou inesperadamente ao cargo de diretora do Fed. A saída de Kugler abriu uma vaga no conselho de sete membros, permitindo que Trump nomeasse alguém mais favorável a cortes de juros — medida que ele vem defendendo ao longo de todo o ano. A senadora republicana Lisa Murkowski, do Alasca, foi a única a votar contra Miran entre os membros de seu partido. Normalmente, a confirmação de um indicado ao Fed pelo Senado leva meses, mas, no caso de Miran, todo o processo durou menos de seis semanas. Após a conclusão da papelada e da posse, Miran participará da reunião de política monetária de dois dias do banco central, que começa na terça-feira. Espera-se que os formuladores de política do Fed aprovem uma redução de um quarto de ponto percentual para apoiar o mercado de trabalho em enfraquecimento, ao final da reunião, na quarta-feira. Analistas preveem que Miran possa discordar da decisão da política monetária, defendendo um corte maior, embora não necessariamente do nível de vários pontos percentuais que Trump vem exigindo. Como chefe do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, Miran afirmou repetidamente que acredita que as pesadas tarifas de importação de Trump não causarão inflação e que outras políticas do presidente, incluindo a repressão à imigração, reduzirão a demanda por moradia e ajudarão a conter pressões amplas sobre os preços. Como novo membro do conselho do Fed, Miran terá responsabilidades que vão além da votação sobre juros. Os governadores normalmente participam de comitês que cuidam de supervisão e regulamentação financeira, bancos comunitários, além de decisões sobre pessoal e orçamento do sistema do Fed e de seus 12 bancos regionais. Miran manterá seu cargo na Casa Branca, mas ficará em licença não remunerada enquanto estiver no Fed, com mandato até 31 de janeiro. Ele, no entanto, poderá permanecer indefinidamente se um sucessor para sua vaga ainda não tiver sido escolhido e confirmado. Democratas criticam o arranjo, acusando-o de transformar Miran em um “fantoche” de Trump, o que ele nega. Outros dois governadores do Fed nomeados por Trump em seu primeiro mandato — Michelle Bowman e Christopher Waller — discordaram da política monetária na reunião de 29 e 30 de julho, defendendo medidas mais suaves. Analistas afirmam que dados do mercado de trabalho mais fracos do que o esperado desde então podem levá-los a discordar novamente em setembro, defendendo um corte maior do que o quarto de ponto percentual já precificado pelos mercados financeiros. Uma discordância tripla de governadores do Fed não ocorre desde 1988, no início do mandato do ex-presidente do Fed, Alan Greenspan. 'Trump está tentando reduzir a independência do FED', afirma Fabio Kanczuk
Cadernetas usadas por Dom Pedro II em viagens pelo Brasil e por outros 20 países estão sendo restauradas <img src="https://s2-g1.glbimg.com/LDHs-_18BkqaMxoRy8loyUgAsmU=/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/6/x/K7wEM5QauH4VzS6BuwIA/globo-canal-5-20250915-1800-frame-348875.jpeg"/> Museu Imperial, em Petrópolis, no Rio, está restaurando as cadernetas de Dom Pedro II No fim de 2025, os brasileiros vão poder ver bem de perto uma coleção de anotações que têm um valor enorme. Em parte porque elas registram as impressões de um viajante que correu o mundo no século XIV, escrevendo sobre o que via e o que sentia. Mas o que faz desses diários de viagem um tesouro histórico é o autor deles. Quem visita o Museu Imperial de Petrópolis, na região serrana do Rio, nem imagina que uma das relíquias mais preciosas do acervo não é acessível ao público. As 44 cadernetas usadas por Dom Pedro II em suas viagens pelo Brasil e por outros 20 países estão sendo restauradas. O trabalho, que começou em abril, deve ser concluído em novembro. São anotações e desenhos considerados patrimônio documental da humanidade pela UNESCO e que estarão abertas ao público até de 2025. “É uma sensação de privilégio, de alegria, de nervoso, de tensão, porque é um acervo muito raro e importante para uma nação inteira, não é só para mim, então, acaba que é uma responsabilidade muito grande", diz Beatriz Pena, responsável pelo Laboratório de Conservação e Restauração do Museu Imperial. Apenas uma das cadernetas ainda guarda a lapiseira original. “Essa é ótima, essa aqui. Ela é bem interessante. Primeiro, que já é legal que ele tem esse fecho aqui que é bem diferente das demais. Você aperta aqui e abre, já é diferente e ela tem esse lápis, essa lapiseira...” Entre os registros, a tradução de algumas palavras usadas pelos indígenas da etnia Purí, numa expedição ao Espírito Santo. A viagem aos Estados Unidos, em 1876, rendeu uma crítica à novidade tecnológica do momento. “O telefone não deu perfeito resultado.” A religiosidade de Pedro II foi exposta nas anotações feitas no Oriente Médio: “Acampei às 4h25 do lado norte de Jerusalém vendo por cima das muralhas da Idade Média o Monte das Oliveiras. Às 4 achava-me no Santo Sepulcro onde orei pela minha filha, netos, irmãos e todas as pessoas que estimo.” Petrópolis já era uma cidade vulnerável a deslizamentos e enchentes à época de Pedro II. E isso não passou despercebido pelo olhar atento do imperador, que registrou os resultados de um temporal e chegou a recomendar o plantio de árvores para proteger as encostas. “Ontem de noite houve uma grande enchente. Subiu três palmos acima da parte da Rua do Imperador ao lado da Renânia: e um homem caiu no canal devendo a vida a saber nadar e aos socorros que lhe prestaram. Conversei hoje com o engenheiro do distrito; pouco se fez do ano passado para cá. Os estragos que fez a enchente levaram dois meses a reparar, segundo me disse o engenheiro. Falei-lhe sobre a vantagem de introduzir na colônia a cultura da amoreira e a criação do bicho-da-seda.” Atento às ciências, às artes e à cultura de cada lugar que visitou, Pedro II eternizou nas cadernetas um olhar privilegiado da história. “Elas foram um verdadeiro panorama da segunda metade do século XIX. Ele anotava as transformações e as permanências do século XIX, ou seja, é possível identificar aqui a passagem para a modernidade. Mas, o interesse dele em particular nós acreditamos que eles construíram um texto para nós. Ele escreveu para a posteridade", ressalta Maurício Vicente Ferreira Júnior, diretor do Museu Imperial. Museu Imperial, em Petrópolis, no Rio, está restaurando as cadernetas de Dom Pedro II Reprodução/TV Globo