Mega-Sena: aposta do Recife acerta a quina e leva mais de R$ 96 mil image Essa foi a única aposta a vencer o prêmio em Pernambuco. No estado, 59 pessoas acertaram a quadra. Prêmio principal acumulou para R$ 46 milhões. Imagem de arquivo mostra cartelas da Mega-Sena Rafa Neddermeyer/Agência Brasil Uma aposta feita no Recife acertou cinco dos seis números sorteados no concurso 2.887 da Mega-Sena, realizado na noite do sábado (12). O sortudo levou R$ 96.688,72. Como ninguém acertou as seis dezenas, o prêmio principal acumulou para R$ 46 milhões. O próximo sorteio acontece na terça (15). 📲 Siga os perfis do Bom Dia PE, do NE1 e do NE2 no Instagram 🍀 Os números sorteados foram: 14 - 29 - 30 - 50 - 53 - 57 (veja vídeo abaixo). G1 | Loterias - Mega-Sena 2887 💰 O único jogo que venceu a quina no estado foi uma aposta simples de seis números. 💲Na quadra, Pernambuco teve 59 ganhadores. Para a aposta simples, com seis números, a premiação ficou em R$ 1.689,20. Confira abaixo os detalhes das apostas vencedoras da quina da Mega-Sena em Pernambuco: Aposta vencedora com 5 acertos Como apostar na Mega-Sena Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio 🗓️ A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, às quintas e aos sábados. ⏰ As apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio. 📶 É possível apostar em qualquer lotérica do país, ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal, que pode ser acessado por celular, computador ou outros dispositivos. 🔞 É necessário ser maior de idade, fazer um cadastro e preencher o número do cartão de crédito. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
Motociclista morre ao atingir placa de sinalização em Araraquara image Acidente aconteceu na Rua Castro Alves, no Jardim Morumbi, na madrugada deste domingo (13). Vítima foi identificada como Osmar Fernando Somensato, de 28 anos. Motociclista morre ao atingir placa de sinalização em Araraquara Arquivo pessoal Um motociclista morreu em Araraquara (SP) após atingir uma placa de sinalização na madrugada deste domingo (13). 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp Segundo a Polícia Militar, Osmar Fernando Somensato, de 28 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no local do acidente. A colisão aconteceu na Rua Castro Alves, no Jardim Morumbi. A vítima seguia com sua Honda CG Start e teria perdido o controle do veículo ao passar por uma lombada. Mais notícias da região: ACIDENTE: Mulher morre após moto atingir búfalo na rodovia SP-225 em Aguaí TRISTEZA: Morre cão ‘vovô’, aos 18 anos, que viralizou com homenagem de tutor em aniversário ARARAQUARA ROCK: veja a programação de shows até domingo Uma testemunha que passava pelo local chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas Osmar foi a óbito. Equipes da PM, polícias Civil e Científica colheram informações que podem ajudar no esclarecimento das circunstâncias do acidente. O corpo do motociclista foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara e ainda não há informações sobre velório e sepultamento. Outro acidente Mulher morre após moto atingir búfalo na SP-225 em Aguaí Em Aguaí (SP), uma mulher mulher de 39 anos morreu após a moto em que estava atingir um búfalo na Rodovia Deputado Ciro Albuquerque (SP-225), na noite de sexta-feira (11). Segundo o Corpo de Bombeiros, Tassia Cristiane Canabrava de Aquino estava na garupa da moto que era conduzida pelo marido. Ele ficou ferido e precisou ser socorrido. O casal voltava de Poços de Caldas (MG) e seguia para Araras (SP) quando aconteceu a colisão com o animal na rodovia. Mulher em garupa de moto morre após colisão com búfalo na rodovia SP-225 em Aguaí Cabo PM Cantelli/Corpo de Bombeiros de Aguaí REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara
Inscrições abertas para o Concurso de Receitas 2025: veja como participar image Edição deste ano será voltada apenas para pratos salgados. Inscrições abertas para o Concurso de Receitas 2025: veja como participar As inscrições para o Concurso de Receitas 2025 do Caminhos do Campo já estão abertas. A edição deste ano tem novidade: desta vez, o foco é apenas a categoria de pratos salgados. ✅ Siga o g1 PR no Instagram ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp Serão oito finalistas, sendo um representante por regional da RPC. Ao final da competição, o vencedor será premiado com uma smart TV de 55 polegadas. Para se inscrever, basta acessar o aplicativo Você na RPC, selecionar o banner do Concurso de Receitas e preencher o formulário com dados pessoais e informações da receita, como medidas e modo de preparo. Também é necessário contar qual foi a inspiração da receita e enviar uma foto do prato pronto. Participantes podem inscrever quantas receitas quiserem, desde que sejam salgadas. As inscrições vão até o dia 3 de agosto, somente pelo aplicativo Você na RPC. O Concurso de Receitas 2025 tem Certificado de autorização SPA/ME N. ° 03.042594/2025. Caminhos do Campo está com inscrições abertas para Concurso de Receitas 2025. RPC Vídeos mais assistidos no g1 PR: Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
Coleção de vinil, bares temáticos e banda na estrada: conheça histórias que demonstram a paixão pelo rock image Muito além da música, o rock representa liberdade, atitude e resistência. Em Bauru, histórias de paixão pelo gênero mostram que ele segue mais vivo do que nunca. Domingo é o Dia Mundial do Rock, celebrado com fãs de todas as idades No som das guitarras e nas letras intensas, o rock’n’roll segue vivo. Neste domingo (13), data em que se celebra o Dia Mundial do Rock, moradores de Bauru mostram como o gênero ainda pulsa em diferentes formas: de coleções de vinil a bares temáticos e bandas autorais. 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp A data foi criada em 1985 durante o festival Live Aid, mas o estilo musical nasceu na década de 1950, nos Estados Unidos, ao misturar elementos do blues, do gospel e da música country. Com o tempo, ganhou o mundo com ícones como Elvis Presley, Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd e Led Zeppelin. Em Bauru, um dos apaixonados pelo rock é o arquiteto Antônio Augusto Neto, que além de construir projetos, também criou uma coleção. Ele já reúne mais de 1,5 mil discos de vinil espalhados pela casa. "Comecei com dois Discmans e CDs nas festas de arquitetura. Depois, fui pra Barcelona, comecei a comprar vinil e nunca mais parei. O rock sempre esteve na minha vida, pelos meus tios, meu pai, amigos. É um caminho sem volta.”, conta Antônio. Nas horas vagas, o arquiteto assume os toca-discos e se apresenta como DJ em festas e eventos. Ele vê no rock uma expressão de liberdade: "O rock não morreu. Esse tal de rock'n'roll, para mim, é liberdade.", finaliza. Atitude, protesto e resistência A banda Calibrados nasceu em 2008 e segue firme na estrada, misturando clássicos do rock com músicas autorais. Todos os quatro integrantes vivem da música e se apresentam com frequência em bares, festas e eventos de Bauru e região. "A gente gosta muito de tocar. Temos a sorte de ter encontrado um grupo que gosta disso, gosta de viver disso, é como se fosse uma bênção quase. A gente trabalha, a gente sai de casa todas as vezes para trabalhar, para fazer o que gosta. Não é fácil, é difícil fazer rock no país do funk. Mas Bauru é bacana para a cena do rock, tem vários lugares para a gente apresentar nosso trabalho", conta o vocalista da banda, Thiago Xavier. Para Rica Nogueira, guitarrista da banda, o rock é mais do que um estilo musical, é uma postura de vida. "Esse tal de rock'n'roll, para mim, é um estilo de vida, é o que me faz sentir vivo, é o que me faz sair de casa para trabalha. Rock'n'roll é atitude, é pensamento, ampliar a mente, ao contrário de muita coisa bem porca que está rolando hoje em dia, o rock'n'roll nunca parou de pensar." Locais para o rock Por mais que existam pessoas que acham que o rock não é tão escutado nos dias atuais, os palcos em bares mostram outra realidade. Ao menos duas vezes por semana, uma casa de shows recém-inaugurada, onde a Calibrados já se apresentou, dedica a programação exclusivamente ao estilo. "O rock é contestação, é você poder expressar suas indignações, é você também falar de coisa boa, é você trazer boas mensagens e extravasar", complemente Rica. Quem também mantém vivo o espírito do rock em Bauru é o empresário Luiz Fernando Gimenes, dono de um bar dedicado exclusivamente ao gênero. Ele atua no ramo há 20 anos e tem um público fiel, que o acompanha desde os primeiros empreendimentos. "Rock para mim é um estilo de vida. A inspiração da minha vida, dos meus negócios. Ele nos atrai, não tem como não gostar. Cresci ouvindo rock, então busquei aquilo que eu gostava realmente de ouvir nos meus negócios.", expressa Luiz. Antônio Augusto Neto já reúne mais de 1.500 discos de vinil Marco Previdello/TV TEM Nas horas vagas, o arquiteto assume os toca-discos e se apresenta como DJ em festas e eventos Marco Previdello/TV TEM banda Calibrados nasceu em 2008 e segue firme na estrada Marco Previdello/TV TEM Todos os quatro integrantes vivem da música e se apresentam com frequência em bares, festas e eventos de Bauru e região Marco Previdello/TV TEM O empresário Luiz Fernando Gimenes é dono de um bar dedicado exclusivamente ao Rock Marco Previdello/TV TEM Luiz Fernando Gimenes atua no ramo há 20 anos e tem um público fiel Marco Previdello/TV TEM Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília VÍDEOS: assista às reportagens da região
Redinha, Praia do Forte e Areia Preta: veja trechos impróprios para banho nesta semana na Grande Natal image Pontos são considerados como impróprios até a a próxima quinta-feira (17). Análise é feita diante da quantidade de coliformes termotolerantes encontrados na água. Praia de Areia Preta, em Natal Anadelly Fernandes/ARQUIVO Seis trechos da Grande Natal foram considerados impróprios para banho neste fim de semana - 12 e 13 de julho - segundo o último boletim de balneabilidade do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). 📳Participe do canal do g1 RN no WhatsApp Os pontos são considerados como impróprios até a a próxima quinta-feira (17), já que o próximo boletim semanal divulgado pelo Idema está para a sexta (18). Os trechos em questão são: Foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta; Rio Pirangi (Ponte Nova), em Parnamirim; Rio Pirangi Pium (Balneário Pium), em Parnamirim; Escadaria de Mãe Luiza (Areia Preta), em Natal; Praia do Forte, em Natal; Redinha (Rio Potengi), em Natal. O Idema analisou 33 pontos de banho na Grande Natal, entre praias, rios e lagoas. Os trechos analisados ficam em Natal, Parnamirim, Nísia Floresta e Extremoz. Como é feita a análise? ➡️ Segundo o Idema, para ser feita a avaliação é analisada a quantidade de coliformes termotolerantes - também chamados de fecais - encontrada nas águas. A classificação segue normas estabelecidas no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Os pesquisadores usam os resultados de cinco semanas consecutivas, para avaliar se o trecho está impróprio ou não. Se dois ou mais desses resultados possuírem mais de mil coliformes fecais por 100 ml de água, a praia é classificada como imprópria. O estudo, que faz parte do Programa Azul, é uma parceria entre o Idema, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN). História da Praia de Ponta Negra, em Natal Vídeos mais assistidos do g1 RN
Show interrompido pela Prefeitura de SP, polêmica no Lolla e nome diferentão: conheça a banda Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo image Banda teve show interrompido na noite de sexta (11) pela Prefeitura de SP. Segundo a gestão, o telão e o som foram reduzidos 'após falas e projeções que feriram cláusulas contratuais, com ofensas direcionadas a terceiros'. Banda Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo durante apresentação na Praça do Patriarca. Arquivo pessoal/ Markos Ferreira. Na estrada desde 2019, a banda Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo já lançou dois discos e se apresentou nos principais festivais do Brasil e até no Primavera Sound Barcelona, na Europa. Nesta sexta-feira (11), o grupo teve o show interrompido pela Prefeitura de São Paulo durante o evento "Semana de Rock", após a exibição de uma bandeira da Palestina com os dizeres “Palestina Livre” no telão. Formada em 2019, em São Paulo, a banda é composta por Sophia Chablau nos vocais, Theo Ceccato na bateria, Vicente Tassara na guitarra e Téo no baixo. O nome escolhido remete a uma ideia de busca filosófica. Em 2021, lançaram o álbum homônimo Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo, produzido por Ana Frango Elétrico. O trabalho mais recente, Música do Esquecimento, saiu em 2023. Já em 2024, o show político chamou atenção na estreia da banda no Lollapalooza. Durante a apresentação, a banda exibiu a palavra “réu” no telão, e a vocalista Sophia gritou: “Bolsonaro réu”. A plateia reagiu com aplausos e gritos; algumas pessoas também entoaram “sem anistia”, em uma manifestação que durou cerca de 15 segundos. A frase “Palestina Livre” também foi exibida durante o show. Sophia Chablau pergunta: "Cadê o Bolsonaro réu?" Show interrompido pela Prefeitura Em comunicado, a banda alega que sofreu censura. Eles informaram que faziam uma projeção da bandeira da Palestina quando o telão foi cortado. Sophia, vocalista da banda, disse que reclamou e pediu a retomada da projeção, mas, em seguida, teve o microfone desligado. A prefeitura afirmou que o painel de LED foi desligado e o som, reduzido preventivamente “após falas e projeções que feriram cláusulas contratuais, com ofensas direcionadas a terceiros”. A administração diz que o show seguiu até o fim, mas a produtora da banda informou ao g1 que ainda faltavam 20 minutos para o término previsto. (veja a nota completa ao final do texto). “No intervalo de 30 minutos entre o fim da passagem de som e o início do show, deixamos a imagem com a frase ‘Palestina Livre’ no telão. O produtor do evento, da prefeitura, veio me pedir mais de uma vez para retirar. Falei com a banda, e concordamos em não tirar”, disse Francesca Ribeiro, produtora do grupo. A banda Sophia Chablau se apresenta nesta quinta-feira (1º) no projeto Amplifiquintas Biel Basile/Divulgação A apresentação parte da programação da Semana do Rock, evento promovido pela própria prefeitura com shows gratuitos para celebrar o gênero. Ainda segundo a banda, o contrato não previa nenhuma cláusula que proibisse manifestações públicas. “Ficamos tristes, porque nosso show é político desde sempre, e estávamos emocionados de poder tocar para vocês. Pedimos desculpas a todos que foram e não puderam ouvir todas as nossas canções. Mas o que aconteceu hoje é inadmissível em uma democracia”, afirmou o grupo em comunicado. Entrevista - Lollapalooza Brasil 2025 - Sophia Chablau O que diz a Prefeitura de SP “A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (SMC), informa que, durante o show da artista Sophia Chablau, o painel de LED foi desligado e o som reduzido preventivamente, após falas e projeções que feriram cláusulas contratuais, com ofensas direcionadas a terceiros. O show, no entanto, seguiu até o fim. As manifestações são de responsabilidade exclusiva da artista e não representam o posicionamento institucional da Prefeitura, que reforça seu compromisso com a liberdade artística dentro dos parâmetros legais da administração pública.” O que diz a banda “Ao projetarmos em nosso telão as bandeiras da Palestina e de outros países do Sul Global, tivemos nossa projeção cortada. Após isso, eu (Sophia) pedi que ela voltasse. A projeção não voltou. Depois de muita reclamação e indignação por parte da banda e do público, ainda tivemos o som cortado pela Prefeitura de São Paulo e fomos ameaçados com multa. No contrato, não há qualquer cláusula que nos impeça, e manifestar-se publicamente a favor da Palestina não é crime em nosso país. Logo depois, o som foi novamente cortado e nos pediram para reduzir o repertório de sete músicas para duas. O que aconteceu hoje na chamada ‘Semana do Rock’ não condiz com o que o rock representa. Rock é insubmissão, é transgressão. Ficamos tristes, porque nosso show é político desde sempre, e estávamos emocionados de poder tocar para vocês. Pedimos desculpas a todos que foram e não puderam ouvir todas as nossas canções. O que aconteceu hoje é inadmissível em uma democracia. Em nenhum momento (até a censura) houve qualquer menção à Prefeitura. Foi covardia. Continuamos firmes com nossas posições e esperamos o apoio de vocês.” A banda Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo lança o segundo álbum, 'Música do esquecimento' Helena Ramos / Divulgação
Fenômeno do BookTok estimula leitura e atrai jovens para clubes do livro em Alagoas image Jovens voltam a ocupar posição de leitores por influência das redes sociais. Clube do Livro atrai público em Maceió. Clubes do Livro ganham voz em Alagoas Cada vez mais as gerações mais novas têm dado espaço ao bom e velho livro, em uma versão repaginada. Agora, as redes sociais e os memes dão à leitura um ar mais divertido e um sentimento de comunidade. Em Alagoas, o público jovem tem prometido recuperar espaços como clubes do livro e surfar em uma nova onda literária, por vezes digital, repleta por literatura nacional e contemporânea. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 AL no WhatsApp Influenciados por booktokers, jovens agora consomem mais indicações literárias e iniciam mais livros. Não é à toa que posts como "livros mais lidos do mês", "livros que você deveria ler se..." e "meus livros favoritos do ano" têm sido comuns em algumas redes sociais. 🔎 BookTok é o fenômeno digital que já conta com mais de 20 bilhões de visualizações na hashtag #BookTokBrasil e influencia o hábito de leitura, mercado editorial, curadoria de eventos literários e estratégias de marketing de editoras. Para o professor de comunicação Ronaldo Bispo, é importante que os jovens dediquem o tempo à leitura. "O fato de existir vários perfis dedicados à literatura, é mais um sinal de que a leitura não morreu", diz. 📚 A volta de clubes do livro "Leio porque me traz paz, conhecimento e me faz ter novas perspectivas de mundo", diz Malu Damásio, estudante, professora de inglês e leitora voraz. Ela participa de um clube do livro em Maceió, capital alagoana, onde os leitores se reúnem em encontros mensais e discutem sobre o enredo e problemáticas sociais dos livros. Para a professora de língua portuguesa Larissa Bagestom, a leitura tem interessado mais grupos nas escolas. Para ela, a literatura pode ser um caminho para se desvincular dos excessos que a fase e as plataformas exigem. "Acredito que a sobrecarga emocional, informativa que as redes geram, por si só, cria a necessidade da saída desse ambiente, muitas vezes, tóxico - principalmente, para os adolescentes. Nem sempre ela [a leitura] é a única saída, mas exige do leitor a paciência de desenvolver o hábito, permanecer na leitura, acostumar-se com o estilo de escrita do autor: isso muitas vezes é comprometido por conta da rapidez das redes", conta Larissa. Nesse cenário os clubes do livro podem ser meios de pertencer a um grupo e fugir das telas, hábito em ascensão entre os usuários frequentes das redes. O Clube do Livro Pássaro Raro, frequentado por Malu, surgiu há dois anos, a partir da ideia de incentivar a leitura e promover conexões reais, algo cada vez mais necessário em um mundo tão digital, na visão de Pietra, idealizadora do clube. “Ler, conversar presencialmente, trocar experiências e criar vínculos são gestos de resistência e afeto. O clube se tornou um espaço terapêutico, um momento para desacelerar, refletir, sentir e, principalmente, pertencer”, fala a idealizadora. Segundo ela, jovens estão frequentando mais o clube, mas a inserção deles nesse cenário ainda é um desafio que está sendo solucionado. “Iniciativas como clubes do livro e eventos culturais são importantes. Elas funcionam como pontes para novas experiências e precisam ser cada vez mais incentivadas e divulgadas”, afirmou. Maceioenses participam de clube do livro Reprodução/Redes sociais 💡Para os leitores vorazes, existem alguns meios para desenvolver ou melhorar um hábito de leitura. São eles: Ler quando pode, sem fazer disso uma obrigação Ler os gêneros que você mais se identifica: a leitura precisa ser algo prazeroso Número de páginas não importa, a leitura precisa ser de qualidade! Participar de clubes do livro e conviver com pessoas que incentivem o hábito de leitura 📱📖 BookTok e a leitura cada vez mais frequente As maiores livrarias do país sentem o impacto das redes sociais. De acordo com Bianca Albuquerque, coordenadora de uma livraria em Maceió, o Booktok é uma comunidade grande nas redes sociais no geral. Ela conta que o público, jovens de 13 a 20 anos, aparece na livraria já sabendo dos lançamentos antes de chegarem na loja. Além disso, Bianca diz que a busca por literatura nacional e contemporânea tem crescido nos últimos três anos. “A nossa seção de literatura nacional só cresce, e muito responsável pelos autores contemporâneos como a Carla Madeira, a Aline Bei, o Jeferson Tenório, Raphael Montes, a Socorro Acioli e etc. Cada um tem seu gênero literário, mas todos eles vendem muito bem e tem uma procura grande”, fala. Confira alguns dos livros que fazem sucesso no BookTok: Tudo é rio - Carla Madeira Torto Arado - Itamar Vieira Júnior Os Sete Maridos de Evelyn Hugo - Taylor Jenkins Reid Verity - Colleen Hoover Canção para ninar menino grande - Conceição Evaristo A canção de Aquiles - Madeline Miller Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Veja mais notícias da região no g1 AL
'Para proteger outras Melissas': entenda como projeto protocolado no Congresso quer mudar o ECA após morte de adolescente em escola de MG image Tia de Melissa Campos comemorou iniciativa, apesar de saber que processo de apreciação ainda pode ser longo. Proposta apresentada pelo deputado Fred Costa prevê punições mais severas a menores em casos hediondos; mudanças são discutidas às vésperas dos 35 anos do ECA, celebrados neste domingo (13). Melissa Campos foi morta dentro de uma escola de Uberaba; PL quer endurecer medidas do ECA Redes sociais/reprodução O Projeto de Lei Melissa Campos, nomeado em referência à adolescente assassinada dentro de uma escola particular de Uberaba, no Triângulo Mineiro, por outro adolescente no mês de maio, foi protocolado no Congresso Nacional. O PL 3.271, apresentado pelo deputado Fred Costa (PRD/MG), quer endurecer as punições previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para atos infracionais considerados hediondos. ➡️ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no Instagram O texto foi redigido pela própria família da adolescente após os dois menores de idade responsáveis pelo assassinato de Melissa receberem a sentença de três anos de internação socioeducativa — pena máxima atualmente prevista para atos infracionais análogos ao homicídio. O PL deverá ser analisado pelas comissões do Congresso e, caso passe, será colocado em pauta para discussão no plenário. Marisa Agreli, tia de Melissa, comemorou a notícia, embora reconheça que o caminho ainda pode ser longo. “A jornada é longa e árdua. Há um longo caminho ainda a percorrer, com muitos obstáculos pela frente. Mas temos esperança de, com perseverança e esforço, conquistar nosso objetivo e aprovar a Lei Melissa Campos. Nada trará Melissa de volta e nada apagará a dor da sua partida prematura. Mas acreditamos que ela gostaria de deixar o seu legado para a sociedade e de proteger outras tantas Melissas”, contou ao g1. O "PL Melissa Campos" foi protocolado em um momento em que o ECA está prestes a completar 35 anos de existência, neste domingo (13). Criado em 13 de julho de 1990, por meio da Lei nº 8.069, a legislação consolidou os direitos das crianças e dos adolescentes e passou a garantir direitos fundamentais, como vida, saúde e educação. O Estatuto também oferece proteção contra qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, além de regulamentar medidas de proteção e medidas socioeducativas para adolescentes em conflito com a lei. Entenda as mudanças que a Lei Melissa Campos propõe no ECA A proposta altera o artigo 121 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Esse trecho trata da duração máxima de três anos de internação como medida privativa de liberdade para adolescentes que cometem atos infracionais. A legislação atual também prevê a reavaliação da medida a cada seis meses. O projeto propõe que, nos casos de atos infracionais análogos a homicídio qualificado — tentado ou consumado — cometidos no ambiente familiar ou escolar, bem como em casos de feminicídio ou tentativa de feminicídio, a internação passe a ter prazo mínimo de três anos e máximo de oito anos, com reavaliações anuais. De acordo com Marisa, antes de ser apresentado no Congresso Nacional, o texto original foi ajustado para evitar o que ela chamou de “apreensão em massa de adolescentes”. “Acredito que agora o texto está mais objetivo e se adequa melhor ao nosso propósito: enrijecer as medidas aplicadas a menores infratores que cometem crimes bárbaros como o que ocorreu com a Melissa e, mais recentemente, na escola do Rio Grande do Sul, sem prejudicar adolescentes que são levados a cometer crimes não violentos por conta da sua situação de vulnerabilidade social”, explicou a tia de Melissa. A proposta também estabelece que, para ser liberado, o adolescente deverá receber laudo favorável de uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, psiquiatra e assistente social. Além disso, o infrator não poderá ter registros de má conduta durante o período de internação e deverá cumprir as metas definidas pela equipe técnica. Por fim, o projeto determina que, em casos de atos infracionais considerados hediondos, após o cumprimento da medida, o adolescente seja inserido no regime de semiliberdade, como forma de transição para o convívio em meio aberto. 🔎 Considerada uma medida intermediária, a semiliberdade permite que o adolescente resida em um centro socioeducativo, com saídas autorizadas para atividades escolares ou de convívio familiar, conforme decisão da Justiça. Já a liberdade assistida consiste no acompanhamento do adolescente em sua rotina por um profissional, como um assistente social, com foco na reinserção social. “É uma mistura de sentimentos. A dor da perda da Melissa ainda é imensa, mas o protocolamento do PL nos traz alguma esperança de que dias melhores virão. Afinal, acreditamos que medidas mais rígidas para casos tão bárbaros inibirão novos casos, poupando a vida de outras Melissas”, ponderou Marisa. LEIA TAMBÉM: Testemunha achou que tiros contra van na porta de escola em Uberlândia eram bombinhas: 'só depois corri' Homem armado atira em van e ameaça motorista na porta de escola em Uberlândia Melissa foi morta dentro de escola em Uberaba O crime ocorreu no Colégio Livre Aprender, no Bairro Universitário, no dia 8 de maio. Melissa foi esfaqueada por um colega de classe, um adolescente de 14 anos. Após o ataque, o garoto fugiu, mas foi apreendido horas depois. Outro menor de idade foi apreendido no dia seguinte por ter participado do plano de matar a estudante. No dia 13 de junho, o juiz da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Uberaba, Marcelo Geraldo Lemos, determinou a internação de ambos os adolescentes por três anos, pelo ato infracional análogo a homicídio. “O caso foi apreciado e julgado em 35 dias. Eles cumprirão a medida em um centro socioeducativo e só retornarão ao convívio social quando houver demonstração objetiva e subjetiva de que estão aptos”, informou o magistrado. O crime ocorreu no dia 8 de maio no Colégio Livre Aprender, em Uberaba Gabriel Bonfim/TV Integração Estudante recebeu 'sentença de morte' antes de ser assassinada A investigação apontou que um dos adolescentes envolvidos no crime entregou um bilhete com uma “sentença de morte” instantes antes de atacar a vítima. A informação foi confirmada pelo promotor do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), André Tuma, durante entrevista à imprensa ao final das investigações. De acordo com o promotor, a ação do adolescente foi confirmada por imagens de câmeras de segurança analisadas pela Polícia Civil. Objetos pessoais dos envolvidos também foram periciados. “Essa folha de papel é como se fosse uma sentença de morte. Mas o bilhete falava de uma morte por estrangulamento”, explicou o promotor André Tuma. Informações foram confirmadas pelas polícias Civil e Militar e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) na manhã desta terça (20) Loise Monteiro/TV Integração A apuração indicou ainda que o ataque foi premeditado, embora a vítima tenha sido escolhida no dia do crime. O adolescente apontado como executor entrou com a arma na escola, enquanto o outro menor, de 18 anos, ajudou a planejar a fuga. Ambos estudavam na mesma sala da vítima e sentavam-se lado a lado. “Assim que o autor executou o crime, o colega, o partícipe, saiu ao lado dele, caminhando, sem dizer nada a ninguém. Quando retornou, disse que teria ido procurar o executor. Mas, posteriormente, encontramos elementos que mostram que ele planejou a fuga junto com o autor. A ligação entre eles está bem definida”, explicou o delegado da Polícia Civil, Cyro Outeiro. A investigação descartou motivações como bullying ou misoginia. Segundo o promotor Diego Aguilar, o adolescente que esfaqueou a garota afirmou que sentia inveja da alegria da colega de sala. “O policial militar que o apreendeu ouviu da boca dele o seguinte: ‘Eu fiz porque tinha inveja do fato de ela simbolizar a alegria que eu não tinha’”, detalhou o delegado. Autoridades esclarecem morte de estudante em escola de Uberaba 📲 Siga o g1 Triângulo no Instagram, Facebook e X VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas
Veja como solicitar pensão alimentícia no Ceará image Até maio de 2025, o estado do Ceará teve 920 pedidos de prisão contra pessoas que não cumpriram a obrigação de pagar pensão alimentícia. 920 mandados de prisão por pensão alimentícia foram expedidos no Ceará de janeiro a maio Até maio de 2025, o estado do Ceará teve 920 pedidos de prisão contra pessoas que não cumpriram a obrigação de pagar pensão alimentícia. O número escancara não apenas as dificuldades de chegar um acordo para o pagamento do valor, mas também o cumprimento do trato. Por isso, a formalização na Justiça da pensão alimentícia é considerada essencial para a garantia dos direitos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp A pensão alimentícia é o valor pago a uma pessoa para o suprimento de suas necessidades básicas e, apesar do nome, não diz respeito apenas a alimentos, mas também a outras necessidades como roupas, educação e saúde. Qualquer pessoa pode solicitar a pensão alimentícia. Geralmente, ela é concedida a filhos, parentes idosos e ex-companheiros. Aos filhos, a pensão deve ser paga até que atinjam a maioridade (18 anos) ou até os 24 anos, caso estejam cursando o pré-vestibular, ensino técnico ou superior. Não há um valor ou percentual pré-determinado para o pagamento da pensão alimentícia. Na hora da Justiça realizar o cálculo da pensão, ela leva em conta as necessidades do dependente e a capacidade financeira do alimentante - como é chamada a pessoa que vai pagar o valor. Como solicitar a pensão alimentícia Defensoria Pública Geral do Ceará Divulgação A pensão alimentícia pode ser acordada entres as partes - a pessoa que pediu e a que vai pagar - de forma extrajudicial, amigavelmente. Nestes casos, não há garantia jurídica em caso de descumprimento. Também é possível requisitar a pensão alimentícia legalmente, em um processo conduzido pela Defensoria Pública do Ceará (DPCE). Esta via é mais recomendada para resguardar os direitos de quem busca a pensão. "É muito importante que se procure a Justiça para que essa pensão seja fixada. Por que? Porque ela lhe traz segurança. Na hora que o alimentante deixar de pagar a pensão, você pode cobrar isso sob pena de prisão", explica Michelle Camelo, titular da 13ª Defensoria Pública da Família. Mas, afinal, como dar entrada no pedido de pensão alimentícia no Ceará? 📍 Procure um dos núcleos de atendimento ao público da Defensoria Pública, Em Fortaleza, existem quatro pontos que atendem a pedidos de pensão, localizados nos bairros João XXIII, Luciano Cavalcante, Edson Queiroz e Centro. ➡️Também é possível entrar com o pedido de pensão alimentícia em uma das unidades do Vapt Vupt. Lá, a equipe vai fazer o encaminhamento para a Defensoria Pública 👉 Nos municípios do interior do Ceará, é possível procurar atendimento em uma das unidades do Vapt Vupt ou nas representações da Defensoria Pública; confira a lista completa aqui. 👉 Leve consigo a documentação necessária. No caso da Defensoria Pública, o órgão pede documentos como: Carteira de identidade e CPF Comprovante de renda Comprovante de residência Comprovante de despesas (escola, farmácia, alimentação, vestuário) Certidão de nascimento da(s) criança(s), Documentos que comprovem a possibilidade do réu pagar a pensão, como carteira de trabalho ou contracheque; Veja a lista completa de documentos aqui E se o alimentante não pagar a pensão? Caso o alimentante deixe de pagar a pensão que foi estabelecida em um acordo judicial, sem apresentar justificativa, é possível pedir a prisão dele. A pena varia entre 1 e 3 meses em regime fechado. No caso das pensões que deixaram de ser pagas há mais de 3 meses, a Justiça pode ordenar a penhora de bens do devedor para garantir a quitação do débito. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará
Ceará teve mais de 6 mil crimes ambientais registrados nos últimos seis anos, aponta levantamento image Dados de boletim da Rede de Observatórios de Segurança apontam fragilidade das informações sobre crimes contra meio ambiente e povos tradicionais em nove estados. Ceará teve mais de 6 mil crimes ambientais registrados nos últimos seis anos, aponta levantamento Fabiane de Paula/SVM O Ceará registrou 6.214 crimes ambientais entre os anos de 2019 e 2024, conforme divulgado no boletim da Rede de Observatórios de Segurança. Com dados oficiais de nove estados brasileiros, a publicação aponta que o monitoramento destes crimes ainda não é feito de forma padronizada e qualificada. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp O levantamento “Além da Floresta: conflitos socioambientais e deserto de informações” apresenta o dado de nove estados brasileiros disponibilizados pelas secretarias de segurança após pedidos feitos por meio da Lei de Acesso à Informação. Dentre os estados analisados, o Ceará foi o único que não forneceu dados detalhados sobre os tipos de crimes ambientais praticados entre 2023 e 2024. Desta forma, não é possível saber quais dos registros no estado se referem às violações contra a fauna e a flora, além de crimes originados pela exploração mineral e pela poluição. Os pesquisadores da rede fizeram pedidos direcionados às secretarias de segurança para analisar como são feitos os registros de crimes ambientais, explicou Fernanda Naiara, doutoranda em Sociologia na Universidade Federal do Ceará (UFC) e pesquisadora da Rede de Observatórios de Segurança. Além do Ceará, foram incluídos no levantamento os seguintes estados: Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. “A gente encontrou um primeiro achado de que não existe um padrão, nesses nove estados, da forma como a segurança pública está tipificando estes casos. Então cada estado enviou números tipificados de formas diferentes, o Ceará foi o estado que nos mandou um número geral”, comenta Fernanda Naiara. A pesquisadora explica que a ausência dos dados detalhados no estado acende um alerta sobre como está o acompanhamento de crimes considerados complexos, além da formulação de ações e políticas para combater tipos específicos de violação. LEIA TAMBÉM: Ceará registra mais de 16 mil focos de queimadas em cinco anos, com apenas quatro multas aplicadas Crimes ambientais: a cada 400 casos no Brasil, só um termina em prisão, apontam CNJ e governo Segundo Fernanda, fica o questionamento sobre como estes crimes são tipificados e investigados. A falta de detalhamento para a sociedade civil prejudica também a análise dos fatores que poderiam explicar o aumento ou a redução do número total de notificações a cada ano. “A gente teve uma diminuição de 23,82% entre 2023 e 2024, nos crimes ambientais no Ceará. E a gente não tem como saber quais foram os crimes que diminuíram. Será que esta diminuição está diretamente ligada ao trabalho da segurança pública ou a outras variáveis, outras dinâmicas que transformaram esses crimes ambientais?”, questiona Fernanda. O g1 solicitou à Secretaria da Segurança Pública os dados específicos sobre os tipos de crimes ambientais, além de perguntar sobre os fatores associados à redução geral no número de crimes entre 2023 e 2024. Até o momento, a reportagem não obteve retorno. Outro aspecto analisado no boletim é a cobertura midiática sobre conflitos socioambientais nos últimos dois anos. Os pesquisadores identificaram que apenas 1,2% dos casos registrados pelos nove estados analisados foram abordados por veículos de imprensa. Desta forma, o entendimento da Rede de Observatórios de Segurança é de que o número de relatos encontrados pelos pesquisadores ficou aquém do esperado. Para Fernanda Naiara, a produção de conteúdo jornalístico sobre estes temas traz mais qualidade para os relatos das dificuldades enfrentadas pelas comunidades mais vulneráveis. Cidades com maiores registros Crimes ambientais podem levar à detenção e multa No Ceará, as cidades que tiveram o maior número de crimes ambientais registrados foram Fortaleza, Caucaia e Sobral. Municípios com mais registros de crimes ambientais: Fortaleza: 1.693 Caucaia: 208 Sobral: 197 Crato: 150 Juazeiro do Norte: 125 Para além da degradação da flora, os crimes ambientais incluem também violações de direitos das comunidades tradicionais, como em conflitos envolvendo comunidades indígenas e quilombolas, como aponta o estudo. O levantamento traz, também, os dados com as cidades cearenses que registraram o maior número de crimes cometidos contra pessoas indígenas. Municípios com mais registros de crimes contra indígenas: Fortaleza: 818 Caucaia: 431 Pedra Branca: 171 Ibiapina: 164 Cascavel: 145 Segundo a pesquisadora, uma das situações de conflitos envolvendo as comunidades indígenas ganhou visibilidade em junho deste ano, quando representantes do povo Tapeba bloquearam dois sentidos da BR-222, em Caucaia. Na ocasião, os manifestantes denunciaram problemas de acesso causados pelas obras de duplicação da rodovia. BR-222 é bloqueada nos dois sentidos por protesto de indígenas em Caucaia (CE) Reprodução Abertura de estradas, desmatamento para o agronegócio e construção de hidrelétricas são alguns exemplos citados como ações legalizadas que afetam diretamente grupos de pessoas da região. Conforme Fernanda Naiara, existe também uma limitação da Lei dos Crimes Ambientais por não incluir alguns conflitos agrários e violações cometidas contra comunidades tradicionais. “Por exemplo: quando a gente está falando de trabalho escravo, muitas vezes ele está relacionado com o crime ambiental. Então a exploração da fauna e da flora vai gerar tipos de trabalho escravo, que tem uma outra tipificação do trabalho análogo à escravidão. Então é um quebra-cabeça que a gente precisa montar para entender a complexidade dos crimes ambientais dentro desses conflitos”, explica a pesquisadora. Maior visibilidade para o tema Dentre possíveis soluções, Fernanda aponta a necessidade de incluir representantes da sociedade civil no monitoramento e na execução de políticas públicas sobre crimes ambientais. Canais de denúncias e de diálogo institucional também são apontados como garantia de mais segurança para pessoas e comunidades afetadas. No mês de abril, o governo do Ceará criou o Comitê Permanente de Combate aos Crimes Ambientais, que deve ser presidido pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema). Conforme a gestão, o objetivo é coordenar e fortalecer ações de fiscalização e combate a esses crimes, com foco no combate à poluição e na proteção da fauna, da flora, dos recursos hídricos e do patrimônio cultural. Em publicação no Diário Oficial do Estado, o decreto que criou o comitê cita que ele será integrado por representantes dos seguintes órgãos: Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) Batalhão de Polícia do Meio Ambiente do Estado (BPMA) Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da Polícia Civil (DPMA) Procuradoria-Geral do Estado, por meio da Procuradoria de Patrimônio e Meio Ambiente. Outros órgãos convidados como membros permanentes, segundo o texto, serão o Ibama e o Ministério Público. O decreto estabelece que outras instâncias poderão ser convidadas, como autoridades com interface sobre o tema, autoridades da administração ambiental das esferas federal e municipal e “autoridades e/ou especialistas de universidades, institutos, fundações, associações e afins”. Outros aspectos apontados pelo boletim Além da Floresta são: O Brasil teve 41,2 mil crimes ambientais entre 2023 e 2024, em nove estados analisados. Quase 70% desses crimes foi por violações contra a fauna e a flora. O estado do Pará, que vai receber a COP30 em novembro, teve o maior registro de conflitos de mineração e garimpo ilegal, representando 67% do total para este tipo de violação. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará: