‘Podíamos cair a qualquer momento’: voluntário relata tensão e frio extremo no resgate de Juliana Marins
Agam contou que ancoragem das cordas estava se soltando do solo, o que poderia tanto causar a queda deles quanto deslizar pedras. Ele é alpinista e guia na Indonésia e foi quem alcançou o corpo de Juliana Marins e passou madrugada com ela. 'Herói', 'guerreiro': brasileiros elogiam voluntário de resgate de brasileira
O alpinista que foi voluntário no resgate da jovem Juliana Marins, no Monte Rinjani, na Indonésia, disse que a equipe sabia que poderia acabar morrendo nas tentativas de buscar a brasileira. Agam e Tyo são alpinistas e guias no local.
Agam abriu uma live no Instagram nesta quarta-feira (25) junto com uma indonésia que sabe falar português para traduzir suas mensagens para os brasileiros.
"A situação é muito trágica e ficou na memória do Agam. Foi muito duro. Em algum momento, várias vezes o suporte de quem estava lá no topo desabou. Isso provocou a queda de pedras e areia várias vezes. Só por misericórdia de Deus eles não morreram", afirmou.
De acordo com a explicação, a ancoragem das cordas nas quais eles estavam presos estava se soltando do solo. Eles precisavam do equipamento para descer com segurança.
"Ele diz que não sabe como eles conseguiram resistir e que estava muito, muito frio. Ele disse que ele e os outros 7 resgatistas disseram que sabiam que se chovesse um pouco mais, eles morreriam juntos", traduz ela.
Entre o içamento e a chegada do corpo no hospital, foram 15 horas de trabalho.
Vídeo mostra içamento do corpo de Juliana Marins de penhasco
Agam só alcançou o ponto onde o corpo estava quando o dia já tinha escurecido. Então, ele passou a madrugada segurando a vítima no local para que o corpo dela não escorregasse mais. Desse momento até a chegada do corpo dela no hospital, foram 15 horas de trabalho sem uma alimentação adequada e no frio intenso.
Além do frio, a neblina constante atrapalhava a visibilidade da equipe. Segundo Agam, ele só conseguia ver a uma distância de 5 metros.
No início, ao se voluntariar para o resgate, Agam declarou que só sairia do local quando a jovem também saísse.
Apesar de os socorristas não terem chegado a tempo de salvar a brasileira, por falta de equipamentos e condições do tempo, a iniciativa de montanhistas como ele, que se arriscaram por vontade própria e sem ganhar nada em troca, ficou de fora das críticas à estrutura sobre a demora no resgate.
Ele ganhou o coração dos brasileiros, que invadiram as redes sociais dele agradecendo. Às 20h desta quarta, ele já tinha 800 mil seguidores.
Agam ao amanhecer na trilha
Redes sociais
A família da Juliana, através das redes sociais, também agradeceu aos voluntários Agam e Tyo.
"Somos profundamente gratos aos voluntários que, com coragem, se dispuseram a colaborar para que o processo de resgate de Juliana fosse agilizado", afirma o posicionamento.
Eles também mostraram a mensagem que foi enviada aos voluntários. Em um trecho, eles ressaltam que as condições de resgate eram difíceis:
"Foi graças à dedicação e à experiência de vocês que a equipe pôde chegar até Juliana e nos permitir, ao menos, esse momento de despedida. Embora o desfecho já estivesse além do nosso alcance, levamos no coração a sensação de que, se vocês tivessem conseguido chegar antes, talvez o destino pudesse ter sido outro".
Ajuda financeira
Na live, houve até quem pedisse que fosse feita uma vaquinha para juntar dinheiro para retribuir Agam. "Como podemos ajudar financeiramente?" e "PEDEEEEEE A CONTA BANCÁRIA DELE PRA GENTE AJUDAR" foram alguns dos muitos comentários na página do alpinista.
A tradutora que participou do vídeo disse que pediu várias vezes a conta e que inicialmente Agam se recusou dizer por que "faz isso [o trabalho de resgate] de coração".
No fim, no entanto, ele acabou passando conta, que será divulgada, e afirmou que vai dividir o dinheiro com colegas que participaram do resgate e que também usará a verba para reflorestar montes por onde passar na Indonésia.
"Ele agradeceu de coração todos vocês e pediu desculpas por não ter conseguido trazer a Juliana de volta e que fez o melhor que ele podia. Infelizmente, os resgates do Rinjani são os mais difíceis. Ele pediu desculpa e disse que foi o máximo que conseguiu fazer."
'Combatente humanitário'
Ele tinha postado vídeos do local onde eles estavam acampados antes da operação de resgate. Dava para notar que visibilidade no local era ruim. A trilha era muito escura e ele aparecia com lanternas.
O alpinista mostrava cordas, capacetes, uma maca e outros equipamentos. O vídeo foi postado pouco mais de meia-noite do horário local. Agam também mostrou outra barraca no acampamento e mantimentos como água.
Agam, alpinista e guia na Indonésia
Redes sociais
Um indonésio declarou que Agam é um "combatente humanitário".
Alguns perfis nas redes sociais chegaram a apontar que o agradecimento do resgate deveria ser feito a Agam, e não ao governo indonésio.
Brasileira foi abandonada por guia durante uma hora, diz irmã
Críticas
O perfil criado pela irmã de Juliana para dar informações sobre o caso fez críticas às autoridades da Indonésia. O parque seguiu aberto mesmo depois do acidente.
Desde fevereiro, Juliana fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia
Redes sociais
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Em publicação nas redes sociais, a irmã contou que Juliana fazia a trilha com um grupo e um guia local quando, no segundo dia, disse estar cansada. O guia teria sugerido que ela descansasse e seguiu sozinho até o cume, deixando Juliana para trás.
Ainda de acordo com a irmã, a jovem ficou sozinha, entrou em desespero e acabou caindo. “Abandonaram Juliana”, afirmou.

Agam contou que ancoragem das cordas estava se soltando do solo, o que poderia tanto causar a queda deles quanto deslizar pedras. Ele é alpinista e guia na Indonésia e foi quem alcançou o corpo de Juliana Marins e passou madrugada com ela. 'Herói', 'guerreiro': brasileiros elogiam voluntário de resgate de brasileira
O alpinista que foi voluntário no resgate da jovem Juliana Marins, no Monte Rinjani, na Indonésia, disse que a equipe sabia que poderia acabar morrendo nas tentativas de buscar a brasileira. Agam e Tyo são alpinistas e guias no local.
Agam abriu uma live no Instagram nesta quarta-feira (25) junto com uma indonésia que sabe falar português para traduzir suas mensagens para os brasileiros.
"A situação é muito trágica e ficou na memória do Agam. Foi muito duro. Em algum momento, várias vezes o suporte de quem estava lá no topo desabou. Isso provocou a queda de pedras e areia várias vezes. Só por misericórdia de Deus eles não morreram", afirmou.
De acordo com a explicação, a ancoragem das cordas nas quais eles estavam presos estava se soltando do solo. Eles precisavam do equipamento para descer com segurança.
"Ele diz que não sabe como eles conseguiram resistir e que estava muito, muito frio. Ele disse que ele e os outros 7 resgatistas disseram que sabiam que se chovesse um pouco mais, eles morreriam juntos", traduz ela.
Entre o içamento e a chegada do corpo no hospital, foram 15 horas de trabalho.
Vídeo mostra içamento do corpo de Juliana Marins de penhasco
Agam só alcançou o ponto onde o corpo estava quando o dia já tinha escurecido. Então, ele passou a madrugada segurando a vítima no local para que o corpo dela não escorregasse mais. Desse momento até a chegada do corpo dela no hospital, foram 15 horas de trabalho sem uma alimentação adequada e no frio intenso.
Além do frio, a neblina constante atrapalhava a visibilidade da equipe. Segundo Agam, ele só conseguia ver a uma distância de 5 metros.
No início, ao se voluntariar para o resgate, Agam declarou que só sairia do local quando a jovem também saísse.
Apesar de os socorristas não terem chegado a tempo de salvar a brasileira, por falta de equipamentos e condições do tempo, a iniciativa de montanhistas como ele, que se arriscaram por vontade própria e sem ganhar nada em troca, ficou de fora das críticas à estrutura sobre a demora no resgate.
Ele ganhou o coração dos brasileiros, que invadiram as redes sociais dele agradecendo. Às 20h desta quarta, ele já tinha 800 mil seguidores.
Agam ao amanhecer na trilha
Redes sociais
A família da Juliana, através das redes sociais, também agradeceu aos voluntários Agam e Tyo.
"Somos profundamente gratos aos voluntários que, com coragem, se dispuseram a colaborar para que o processo de resgate de Juliana fosse agilizado", afirma o posicionamento.
Eles também mostraram a mensagem que foi enviada aos voluntários. Em um trecho, eles ressaltam que as condições de resgate eram difíceis:
"Foi graças à dedicação e à experiência de vocês que a equipe pôde chegar até Juliana e nos permitir, ao menos, esse momento de despedida. Embora o desfecho já estivesse além do nosso alcance, levamos no coração a sensação de que, se vocês tivessem conseguido chegar antes, talvez o destino pudesse ter sido outro".
Ajuda financeira
Na live, houve até quem pedisse que fosse feita uma vaquinha para juntar dinheiro para retribuir Agam. "Como podemos ajudar financeiramente?" e "PEDEEEEEE A CONTA BANCÁRIA DELE PRA GENTE AJUDAR" foram alguns dos muitos comentários na página do alpinista.
A tradutora que participou do vídeo disse que pediu várias vezes a conta e que inicialmente Agam se recusou dizer por que "faz isso [o trabalho de resgate] de coração".
No fim, no entanto, ele acabou passando conta, que será divulgada, e afirmou que vai dividir o dinheiro com colegas que participaram do resgate e que também usará a verba para reflorestar montes por onde passar na Indonésia.
"Ele agradeceu de coração todos vocês e pediu desculpas por não ter conseguido trazer a Juliana de volta e que fez o melhor que ele podia. Infelizmente, os resgates do Rinjani são os mais difíceis. Ele pediu desculpa e disse que foi o máximo que conseguiu fazer."
'Combatente humanitário'
Ele tinha postado vídeos do local onde eles estavam acampados antes da operação de resgate. Dava para notar que visibilidade no local era ruim. A trilha era muito escura e ele aparecia com lanternas.
O alpinista mostrava cordas, capacetes, uma maca e outros equipamentos. O vídeo foi postado pouco mais de meia-noite do horário local. Agam também mostrou outra barraca no acampamento e mantimentos como água.
Agam, alpinista e guia na Indonésia
Redes sociais
Um indonésio declarou que Agam é um "combatente humanitário".
Alguns perfis nas redes sociais chegaram a apontar que o agradecimento do resgate deveria ser feito a Agam, e não ao governo indonésio.
Brasileira foi abandonada por guia durante uma hora, diz irmã
Críticas
O perfil criado pela irmã de Juliana para dar informações sobre o caso fez críticas às autoridades da Indonésia. O parque seguiu aberto mesmo depois do acidente.
Desde fevereiro, Juliana fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia
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Em publicação nas redes sociais, a irmã contou que Juliana fazia a trilha com um grupo e um guia local quando, no segundo dia, disse estar cansada. O guia teria sugerido que ela descansasse e seguiu sozinho até o cume, deixando Juliana para trás.
Ainda de acordo com a irmã, a jovem ficou sozinha, entrou em desespero e acabou caindo. “Abandonaram Juliana”, afirmou.
G1
‘Podíamos cair a qualquer momento’, diz voluntário na Indonésia | G1
Ele é alpinista e guia na Indonésia e foi quem alcançou o corpo de Juliana Marins e passou madrugada com ela.
Especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que bloqueios e contingenciamentos serão o provável caminho adotado pelo governo para cumprir a meta fiscal. O essencial, porém, segue fora do foco do Executivo e do Legislativo: medidas estruturais para equilibrar as contas públicas. Câmara derruba aumento do IOF proposto pelo governo
O Congresso Nacional derrubou nesta quarta-feira (25) o decreto presidencial que alterou as regras de cobrança do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo especialistas ouvidos pelo g1, a decisão deve levar o governo a aplicar novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento 2025.
As análises levam em conta as perdas para os cofres públicos com a anulação do decreto. Estimativas do Ministério da Fazenda indicam que a decisão dos parlamentares deve resultar em uma queda de arrecadação de cerca de R$ 10 bilhões neste ano.
O ex-secretário da Fazenda de São Paulo e economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, projeta um rombo ainda maior: de ao menos R$ 15 bilhões.
"Neste caso, será preciso ampliar o contingenciamento, que já foi feito em maio em valores expressivos", diz, ao g1, o especialista em contas públicas.
Ele se refere ao bloqueio de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025, o maior dos últimos cinco anos, que atingiu os gastos livres dos ministérios — ou seja, aqueles que não são obrigatórios. São despesas envolvem investimentos e custeio da máquina pública.
O texto derrubado pelo Congresso era considerado essencial pela equipe econômica para equilibrar o orçamento e alcançar a meta fiscal estabelecida para este ano. Desde o início, a proposta enfrentou forte oposição do Legislativo, por envolver aumento de impostos. (leia mais abaixo)
Segundo Salto, com a decisão, o problema maior será em 2026.
"Para o ano que vem, estamos com projeções muito diferentes do projetado pelo governo no PLDO [Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias] e vemos uma necessidade expressiva de cortes ou novas medidas, mesmo na presença do IOF", diz.
"Sem ele [o decreto do IOF], as coisas complicariam ainda mais e a mudança da meta fiscal seria líquida e certa", acrescenta.
Alterar a meta das contas públicas costuma provocar reação negativa no mercado, que vê na medida um sinal de enfraquecimento do compromisso do governo com a estabilidade fiscal. Entre os reflexos, estão a retirada de investimentos do país, além da pressão sobre os juros e alta do dólar.
Meta fiscal e problema estrutural
O economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, segue a mesma linha. Para ele, a decisão do Congresso dificulta o cumprimento da meta de déficit zero — ou seja, fazer com que as despesas fiquem no mesmo nível das receitas ao longo do ano, sem considerar os juros da dívida.
🔎 Para este ano, a meta é zerar o déficit das contas, que somou R$ 43 bilhões em 2024. O governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a cerca de R$ 31 bilhões.
"Nesse sentido, contingenciar e bloquear despesas vai ajudar o governo a perseguir e cumprir com esse resultado", diz Galhardo.
Há, porém, outro ponto de consenso entre economistas: o país ainda carece de medidas estruturais capazes de garantir a sustentabilidade das contas públicas no médio e longo prazo. Entre elas, especialistas propõem:
O fim da correção real do salário mínimo e de remuneração de servidores;
Uma mudança da regra de correção do gasto mínimo da Saúde e da Educação;
Um corte das emendas parlamentares;
Mudanças na Previdência e no Fundeb.
"O grande problema, e que tem trazido estresse para os mercados, é que o governo tem sido incapaz de propor mudanças que tragam a resolução do problema da trajetória da dívida pública", diz Galhardo.
A atual dívida do setor público consolidado do país é de 76,2% do Produto Interno Bruto (PIB) — o equivalente a R$ 9,2 trilhões. Os números preocupam, principalmente, devido às projeções: analistas do mercado financeiro preveem que essa dívida deverá atingir 93,5% do PIB em 2034.
Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, acredita que não haverá um aumento significativo do risco fiscal com a derrubada do IOF. Isso porque, diz ele, a medida foi publicada "como uma forma de tentar simplesmente tapar um buraco no curto prazo".
"O mercado não tem precificado tanto essas medidas de curto prazo, já que elas não têm capacidade de resolver o problema fiscal. São ações que aproximam o governo do cumprimento do arcabouço [a regra de gastos públicos] para 2025, mas não atacam o problema", afirma.
Governo e Congresso fogem de medidas estruturais?
Mesmo com o decreto do IOF e os cortes de gastos tributários prometidos pelo governo — e ainda não encaminhados ao Congresso — Felipe Salto, da Warren, prevê que ainda faltariam cerca de R$ 25 bilhões para atingir o limite inferior da meta fiscal.
"Imagine a situação sem o decreto do IOF e as outras medidas. Seria, obviamente, bastante pior", afirma.
"O quadro fiscal é grave e estão brincando com fogo. É inacreditável o papel a que a liderança da Câmara está se prestando. E sabemos o motivo: medo de perder as polpudas emendas", diz Salto.
André Galhardo, da consultoria Análise Econômica, destaca que, assim como o governo, o Legislativo brasileiro não se empenha em encontrar medidas para a redução de gastos.
Ele cita propostas que vão na contramão desse objetivo, como a de aumentar de 513 para 531 o número de vagas para deputados federais — o que pode gerar um impacto de, pelo menos, R$ 95 milhões por ano. O texto foi aprovado pelo Senado nesta quarta e retornará à Câmara.
"O Congresso Nacional diz que o governo precisa cortar gastos, mas os próprios parlamentares não querem cortar. Por outro lado, o governo também tem tido dificuldade em propor uma mudança."
Marcos Praça, diretor de Análise da Zero Markets Brasil, afirma que o governo federal está “engessado” e que há grande ceticismo — inclusive entre aliados — quanto à aprovação de medidas voltadas ao aumento da arrecadação.
"Acredito que, pelo fato de no ano que vem termos eleições, os parlamentares vão seguir engessando o governo, atrapalhando ao máximo", diz. "É um ano em que vai acabar puxando um para cada lado e não vai sair nada", diz, ao reforçar a impopularidade das ações.
Já para Harrison Gonçalves, membro do CFA Society Brazil, a decisão do Congresso "demonstra que o Parlamento considera que o nível de arrecadação do governo já é elevado, e que é essencial organizar as contas públicas e cortar despesas antes de pensar em novos aumentos de impostos".
"Essa postura, além de promover uma gestão mais eficiente dos recursos, também pode aumentar a confiança do mercado e dos investidores, mostrando um compromisso firme com a responsabilidade fiscal do país."
Relembre o aumento do IOF
No final de maio, a equipe econômica anunciou um decreto presidencial que aumentou o IOF sobre operações de crédito, especialmente para empresas. A medida também passou a valer para operações de câmbio (compra de moeda estrangeira), seguros e investimentos, como a negociação de títulos.
O governo informou que, sem o aumento do IOF, o bloqueio orçamentário de R$ 31,3 bilhões — o maior dos últimos cinco anos — teria que ser ainda maior. A área econômica espera arrecadar R$ 20 bilhões neste ano com a alta do tributo. Sem esse aumento, o bloqueio precisaria crescer na mesma proporção ou maior.
Ainda em maio, a área econômica decidiu revogar o aumento do IOF que havia sido anunciado para aplicações de fundos nacionais no exterior. Com isso, a alíquota zero foi mantida nesses casos. Sem essa reversão, o tributo subiria para 3,5%.
Diante da pressão do Legislativo, o governo decidiu, em junho, revogar alguns atos que haviam aumentado o IOF. A alíquota fixa do tributo sobre a contratação de empréstimos, que no mês passado subiu de 0,38% para 0,95%, foi revertida. A alíquota diária, entretanto, foi mantida em 0,0082%, ante 0,0041% antes do aumento.
Também houve recuo no aumento do IOF sobre operações de risco sacado, modalidade em que um banco antecipa o pagamento de uma fatura que será cobrada posteriormente do cliente. Com a decisão, o governo deixou de cobrar a alíquota fixa de 0,95%, aplicada na contratação do crédito. Porém, manteve a alíquota diária em 0,0082%, o que, segundo o Ministério da Fazenda, representa uma redução de 80% na tributação desse tipo de operação.
Houve, ainda, a revogação do aumento da tributação sobre seguros do tipo VGBL: o IOF sobre os aportes passou a incidir apenas sobre o valor que ultrapassar R$ 300 mil e, a partir de 1º de janeiro de 2026, a cobrança vale para o valor que exceder R$ 600 mil.
Por fim, foi revogada parte do aumento do IOF sobre Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FDI), assim como sobre o retorno de investimentos diretos ao país, que continuam isentos de tributação.
Medida Provisória
Para compensar a perda de arrecadação causada pelos recuos parciais no aumento do IOF, a equipe econômica editou uma Medida Provisória que aumentou diversos tributos — medida que resultou em um incremento de R$ 10 bilhões na arrecadação.
Foram propostos aumentos nos juros sobre o capital próprio das empresas, na tributação das apostas (bets), a unificação do Imposto de Renda sobre investimentos e a taxação de criptoativos, entre outras medidas. Essas propostas também enfrentam forte resistência no Legislativo.
Novas medidas apresentadas para substituição da alta do IOF
Arte/g1
Lula e Haddad durante o lançamento do Plano Safra 2024/2025 da Agricultura Familiar em 3 de julho de 2024
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Evento vai acontecer entre sexta-feira (27) e segunda (30), na Praça de Eventos Álvaro Jardim. Ipiaú deve receber turistas durante os festivos de São Pedro na cidade
Ana Castela, Zé Neto e Cristiano e Maiara e Maraisa são algumas das atrações que irão se apresentar em Ipiaú, no sul da Bahia, durante os festejos de São Pedro da cidade.
O evento começa na sexta-feira (27) e segue até a segunda (30), na Praça de Eventos Álvaro Jardim. (Confira a programação completa abaixo)
Com o tema “Meu Xodó, Minha Alegria – O melhor São Pedro da Bahia”, esta edição da festa presta uma homenagem especial ao centenário do escritor Euclides Neto, importante nome da literatura regional.
Famoso no estado, o festejo costuma atrair muitas pessoas para a cidade. Enquanto os últimos detalhes são ajustados para o evento, a rede de hotéis e pousadas já comemora o aquecimento da economia.
Ana Castela, Zé Neto e Cristiano e Maiara e Maraisa estão no festejo de São Pedro em Ipiaú
g1/Reprodução/Redes Sociais
Além de visitantes de outros municípios baianos, pessoas de outros estados tem feito reserva, conforme apurou a TV Santa Cruz, afiliada da Rede Bahia.
Movimentação também entre os ambulantes que atuam na região. Ao todo, 100 pessoas foram cadastrados para a venda de comidas e bebidas durante a festa.
Confira a programação completa:
Sexta-feira (27)
Quadrilhas juninas
Carol Souza e Adriano Ryos
Ana Castela
Edigar Mão Branca
Maiara e Maraisa
Rafinha
Donas do Bar
Larissa Souza
Sábado (28)
Juninho dos Teclados
Solange Almeida
Zé Neto e Cristiano
Danniel Vieira
Tayrone
Cupim de Ferro
Kiko Cigano
Domingo (29)
Pé de Badoque
Andinho Brito
Natanzinho Lima
Gustavo Mioto
O Grelo
Kal Love Hits
Lodão
Banda Carretel
Segunda-feira (30)
Duda Ferreira
Calcinha Preta
Bruno e Marrone
Nattan
Henry Freitas
Netinho Cabral
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Os réus Arilton Bastos Alves, motorista da carreta, e o empresário Hudson Foca, dono da transportadora, ainda não foram ouvidos. Eles devem prestar depoimento em novas audiências marcadas para os dias 14, 15 e 16 de julho. Audiência de instrução dura quase 9 horas em Teófilo Otoni
Foi encerrada na tarde desta quarta-feira (25) a audiência de instrução e julgamento do processo que apura o acidente que deixou 39 mortos na BR-116, em Teófilo Otoni. O motorista da carreta, preso preventivamente desde janeiro, teve a prisão mantida após pedido de revogação feito pela defesa.
A sessão aconteceu no Fórum Eustáquio Peixoto e contou com depoimentos de testemunhas e vítimas sobreviventes. Os réus Arilton Bastos Alves, motorista da carreta, e o empresário Hudson Foca, dono da transportadora, ainda não foram ouvidos. Eles devem prestar depoimento em novas audiências marcadas para os dias 14, 15 e 16 de julho.
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De acordo com o juiz Danilo de Melo, responsável pelo caso, as oitivas agendadas são parte final da fase de instrução. Depois disso, o processo pode ser encaminhado a júri popular, a depender da análise do conjunto de provas e depoimentos colhidos.
Segundo o Ministério Público, Arilton dirigia sob efeito de drogas e álcool, com excesso de carga e em alta velocidade. Já Hudson é acusado de ter autorizado a viagem, mesmo ciente das irregularidades, e de fraudar documentos para tentar burlar a fiscalização.
A tragédia ocorreu em dezembro de 2024, quando a carreta colidiu com um ônibus de turismo, e provocou a morte de 39 pessoas.
Um ônibus, uma carreta e um carro se envolveram em um grave acidente na madrugada deste sábado (21/12) no km 286 da BR-116, na altura de Lajinha, distrito de Teófilo Otoni, Minas Gerais
Corpo de Bombeiros de Minas Gerais via BBC
Vídeos do Leste e Nordeste de Minas Gerais
Veja outras notícias da região em g1 Vales de Minas Gerais.


Interdição será em horário integral, a partir de terça-feira (1°). Confira as rotas alternativas. Contenção de concreto na serra de Paracambi
Divulgação DER-RJ
A RJ-127 será fechada de terça-feira (1°) a domingo (5) para a montagem de uma ponte na Serra de Paracambi (RJ). De acordo com o Departamento de Estradas e Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ), o sistema de siga e pare será suspenso por medidas de segurança.
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Segundo o DER-RJ, a nova ponte ocupa 150 metros no trecho e será construída para substituir o trecho que desabou durante as chuvas que aconteceram no ano passado.
Ainda de acordo com o órgão, o departamento vai realizar obras em mais de 13 km para as construções de contenção das encostas em 22 pontos que ligam o município a Mendes para a recuperação total do trecho.
Ao todo, serão entregues serviços de drenagem, pavimentação, implementação de 4km de barreiras new jersey (estrutura de segurança viária projetada para proteger veículos e passageiros em caso de colisão) e a plantação de 7 mil mudas de árvores.
Além disso, uma escada hidráulica de 92 metros foi construída para ajudar no escoamento da água e diminuir os riscos de deslizamentos na pista.
Durante o período de interdição, os motoristas podem utilizar algumas das rotas alternativas. Veja abaixo:
Sentido Vassouras
Motoristas podem seguir pela Via Dutra e a RJ-125, passando pela RJ-121 para acessar a RJ-127, em Vassouras.
Sentido Mendes
Condutores podem utilizar a Serra das Araras, passando pela RJ-145, em Piraí e seguir até as RJ-133, em Mendes.
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Placar da votação foi 383 a 98. Medida que anula decreto de Lula ainda será votada no Senado, o que pode acontecer ainda hoje. Câmara derruba aumento do IOF e impõe derrota ao governo Placar da votação foi 383 a 98. Medida que anula decreto de Lula ainda será votada no Senado, o que pode acontecer ainda hoje. A Câmara derrubou o decreto do governo Lula que aumentou o IOF. O assunto ainda será votado no Senado, o que pode acontecer ainda hoje.. O IOF é um imposto cobrado sobre algumas operações financeiras. O governo aumentou a alíquota para alguns tipos de crédito para empresas, compra de moeda estrangeira e planos de previdência privada.. O objetivo do governo era aumentar a arrecadação para cumprir as metas deste ano para as contas públicas.. O aumento do IOF desagradou parlamentares e agentes do mercado financeiro. O governo recuou em alguns pontos e propôs medidas alternativas.. No dia 8, o ministro Haddad chegou a anunciar um acordo com o Congresso para suavizar o aumento do IOF e discutir medidas estruturais para cortar gastos, mas tudo mudou pouco depois.

Derrota politicamente rara depende do Senado confirmar a decisão dos deputados de rejeitar o decreto presidencial. Governo admite ter sido pego de surpresa com articulação. Caso o Senado confirme o texto aprovado nesta quarta-feira (25) pela Câmara dos Deputados que derrubou o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Lula terá um marco em seu mandato que não ocorre desde 1992.
Motta comete grande erro, diz líder do PT sobre votação da derrubada do decreto do IOF
Naquele ano, o Congresso rejeitou em março um decreto publicado em janeiro pelo então presidente Fernando Collor.
A derrota, politicamente rara, ocorreu seis meses antes de a Câmara dos Deputados abrir um processo de impeachment contra o ex-presidente. Collor tentava, por decreto, mudar regras para o pagamento de precatórios.
Quase 33 anos depois, a Câmara aprovou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para cancelar um decreto de Lula que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). E a cúpula do Senado já se prepara para votar o projeto ainda nesta quarta.
O governo admite que foi pego de surpresa com a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que anunciou na noite desta terça-feira, por meio de uma rede social, que o projeto seria votado na sessão desta quarta.
Presidente da Câmara, Hugo Motta, durante votação no plenário
Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
Pressão e relação política
Após a derrubada do decreto de 1992, o Congresso chegou a analisar outros projetos que também anulariam decretos presidenciais.
As propostas, no entanto, não avançavam e eram mais usadas para pressionar o próprio Executivo a recuar.
Quando o Senado ou a Câmara aprovou alguma derrubada, o presidente que governava à época voltou atrás na medida, antes de a derrota ser confirmada na outra Casa.
Nesses casos, geralmente houve tempo – entra uma Casa e outra – para os governos negociarem com os parlamentares, apresentarem uma proposta alternativa e evitar uma derrota de grande peso político.
O cenário nesta quarta-feira, porém, é diferente. O Congresso sinaliza que pretende acelerar a votação do projeto que derruba o decreto de Lula. Isso reduz ainda mais a margem para o governo petista articular com o Congresso uma saída.
Líder do PT na Câmara critica votação da derrubada do decreto do IOF
Recuos
Neste mandato, o governo Lula já recuou duas vezes após uma das duas Casas aprovar um PDL contra um decreto presidencial.
Em maio de 2023, a Câmara aprovou a derrubada de dois decretos do presidente Lula que alteraram a regulamentação do marco legal do saneamento básico. Para evitar a derrota no Senado, Lula revogou as medidas e criou novas regras menos de dois meses depois.
O mesmo aconteceu com o decreto que impedia a instalação de clubes de tiro a menos de um quilômetro de escolas públicas ou privadas. A Câmara derrubou a medida em maio de 2024. No último dia do ano, o governo passou a permitir a instalação destes clubes nos locais, mas com algumas restrições de horário, por exemplo.
Lula, quando percebeu a fragilidade da base aliada na Câmara, fez um rearranjo político, que desencadeou trocas de ministros, inclusive com a entrada do PP e do Republicanos no primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios.
Outros presidentes usaram a mesma estratégia – retirar um decreto antes de a segunda Casa anular o ato.
Algumas dessas movimentações no Congresso para derrubar decretos coincidem com momentos de fraqueza política dos presidentes.
Jair Bolsonaro, por exemplo, viveu isso no início do governo, quando tinha uma relação distante com o Congresso. No caso de Dilma Rousseff, o mesmo ocorreu poucos dias após ela ter sido reeleita.

Decisão foi tomada por unanimidade pela 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 6ª Região. A Justiça Federal autorizou nesta quarta-feira (25) o funcionamento do curso de Medicina do Centro Universitário do Sul de Minas (UNIS), em Varginha. A decisão foi tomada por unanimidade pela 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 6ª Região, que negou um recurso da União e manteve válida a portaria que regulamenta a criação do curso.
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A autorização para abertura da graduação havia sido concedida pelo Ministério da Educação (MEC) no dia 9 de abril deste ano. No entanto, menos de duas semanas depois, em 22 de abril, o próprio MEC voltou atrás e suspendeu a autorização, alegando que o processo de abertura deveria ter sido precedido por chamamento público, conforme determina a lei do programa "Mais Médicos".
Justiça Federal autoriza funcionamento do curso de Medicina do UNIS, em Varginha
Reprodução EPTV
Segundo o MEC, o pedido apresentado pelo UNIS não teria atendido aos critérios legais, uma vez que nem o município de Varginha nem a respectiva região de saúde teriam, à época, a necessidade social identificada para justificar a criação do curso.
Desde então, o caso vinha sendo analisado pela Justiça Federal, que agora reconheceu o direito do centro universitário de implantar a graduação. A decisão ainda é passível de recurso junto às instâncias superiores, em Brasília.
Com a autorização mantida, o UNIS poderá dar continuidade ao processo de implementação do curso, que promete ampliar a oferta de vagas para formação médica na região.
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