Mais de 1,2 mil pessoas relataram reação à pasta da Colgate; venda segue proibida
Relatos incluem ardência, inchaço e aftas. Produto teve mudança na fórmula em 2024 e marca investiga componentes que possam causar reações. Colgate Clean Mint
Divulgação
Mais de 1,2 mil pessoas relataram à Anvisa reações adversas após usar a pasta de dente Colgate Clean Mint até o fim de maio. No início do ano, quando a venda da pasta havia sido suspensa, apenas 13 casos tinham sido registrados.
O produto citado nos relatos é a versão Clean Mint, uma nova fórmula de um dos cremes dentais mais populares da marca, o Colgate Total 12. A empresa havia feito uma mudança na composição e no nome do produto.
A venda da pasta havia sido proibida no dia 27 de março após consumidores relatarem ardência, inchaço, aftas, dores e irritações na boca, que, em alguns casos, chegaram a comprometer a fala e a alimentação. (Veja a imagem abaixo)
Educadora social, de 45 anos, sofre reação alérgica após uso de pasta de dente, em Miracatu (SP)
Arquivo pessoal
A Colgate recorreu e conseguiu a suspensão temporária da medida, mantendo o produto à venda a partir de 30 de março. No entanto, um mês depois, a Anvisa derrubou a decisão e manteve a venda proibida devido à alta de relatos de reações. A restrição segue em vigor.
Desde então, mais de 1,2 mil pessoas notificaram reações adversas após o uso do creme dental.
🔍 Investigação sobre a causa das reações
Desde a suspensão, a Anvisa determinou uma investigação para apurar quais componentes podem estar causando as reações.
➡️ O creme dental passou por uma mudança na fórmula em julho de 2024, quando o fluoreto de sódio foi substituído pelo fluoreto de estanho como ingrediente ativo. No entanto, ainda não há confirmação de que essa alteração seja a responsável pelos efeitos adversos.
➡️ A agência informou que a empresa também investiga a possibilidade de que o problema esteja relacionado a aromatizantes à base de óleos essenciais, substâncias reconhecidas pelo seu potencial alergênico, além de corantes e outros aditivos usados para melhorar o sabor da fórmula.
Entenda a nova interdição da pasta de dente da Colgate
O que diz a Colgate
A Colgate informou ao g1 que "cada relato dos consumidores está sendo tratado com atenção e compromisso da Colgate na apuração e resposta para cada caso". A nota diz ainda:
"Seguimos em colaboração contínua com a Anvisa para o avanço das investigações técnicas sobre o creme dental Colgate Total Prevenção Ativa Clean Mint junto à agência. Reafirmamos ainda a segurança e qualidade do produto, o qual segue os rígidos padrões das agências regulatórias".
Em nota anterior, a empresa afirmou que uma pequena porcentagem das pessoas pode apresentar sensibilidade a certos ingredientes presentes em produtos cosméticos e de higiene, incluindo cremes dentais:
“Confiamos plenamente na qualidade e segurança de nossos produtos. Embora não possamos afirmar se foi esse o caso, reconhecemos que uma pequena porcentagem das pessoas pode apresentar sensibilidade a certos ingredientes em produtos cosméticos e de higiene, incluindo cremes dentais. Recomenda-se que qualquer usuário que apresente sensibilidade interrompa o uso do creme dental, o que deve solucionar qualquer problema, e procure atendimento médico caso a irritação persista."
https://g1.globo.com/saude/noticia/2025/06/22/mais-de-12-mil-pessoas-relataram-reacao-a-pasta-da-colgate-venda-segue-proibida.ghtml
Relatos incluem ardência, inchaço e aftas. Produto teve mudança na fórmula em 2024 e marca investiga componentes que possam causar reações. Colgate Clean Mint
Divulgação
Mais de 1,2 mil pessoas relataram à Anvisa reações adversas após usar a pasta de dente Colgate Clean Mint até o fim de maio. No início do ano, quando a venda da pasta havia sido suspensa, apenas 13 casos tinham sido registrados.
O produto citado nos relatos é a versão Clean Mint, uma nova fórmula de um dos cremes dentais mais populares da marca, o Colgate Total 12. A empresa havia feito uma mudança na composição e no nome do produto.
A venda da pasta havia sido proibida no dia 27 de março após consumidores relatarem ardência, inchaço, aftas, dores e irritações na boca, que, em alguns casos, chegaram a comprometer a fala e a alimentação. (Veja a imagem abaixo)
Educadora social, de 45 anos, sofre reação alérgica após uso de pasta de dente, em Miracatu (SP)
Arquivo pessoal
A Colgate recorreu e conseguiu a suspensão temporária da medida, mantendo o produto à venda a partir de 30 de março. No entanto, um mês depois, a Anvisa derrubou a decisão e manteve a venda proibida devido à alta de relatos de reações. A restrição segue em vigor.
Desde então, mais de 1,2 mil pessoas notificaram reações adversas após o uso do creme dental.
🔍 Investigação sobre a causa das reações
Desde a suspensão, a Anvisa determinou uma investigação para apurar quais componentes podem estar causando as reações.
➡️ O creme dental passou por uma mudança na fórmula em julho de 2024, quando o fluoreto de sódio foi substituído pelo fluoreto de estanho como ingrediente ativo. No entanto, ainda não há confirmação de que essa alteração seja a responsável pelos efeitos adversos.
➡️ A agência informou que a empresa também investiga a possibilidade de que o problema esteja relacionado a aromatizantes à base de óleos essenciais, substâncias reconhecidas pelo seu potencial alergênico, além de corantes e outros aditivos usados para melhorar o sabor da fórmula.
Entenda a nova interdição da pasta de dente da Colgate
O que diz a Colgate
A Colgate informou ao g1 que "cada relato dos consumidores está sendo tratado com atenção e compromisso da Colgate na apuração e resposta para cada caso". A nota diz ainda:
"Seguimos em colaboração contínua com a Anvisa para o avanço das investigações técnicas sobre o creme dental Colgate Total Prevenção Ativa Clean Mint junto à agência. Reafirmamos ainda a segurança e qualidade do produto, o qual segue os rígidos padrões das agências regulatórias".
Em nota anterior, a empresa afirmou que uma pequena porcentagem das pessoas pode apresentar sensibilidade a certos ingredientes presentes em produtos cosméticos e de higiene, incluindo cremes dentais:
“Confiamos plenamente na qualidade e segurança de nossos produtos. Embora não possamos afirmar se foi esse o caso, reconhecemos que uma pequena porcentagem das pessoas pode apresentar sensibilidade a certos ingredientes em produtos cosméticos e de higiene, incluindo cremes dentais. Recomenda-se que qualquer usuário que apresente sensibilidade interrompa o uso do creme dental, o que deve solucionar qualquer problema, e procure atendimento médico caso a irritação persista."
https://g1.globo.com/saude/noticia/2025/06/22/mais-de-12-mil-pessoas-relataram-reacao-a-pasta-da-colgate-venda-segue-proibida.ghtml
Cantor pernambucano convidou Juzé, cantor e ator paraibano, para juntos cantarem a música “Estação da Luz”, no palco do Maior São João do Mundo, neste sábado (21). Alceu Valença e Juzé cantam juntos no São João 2025 de Campina Grande
Rondinelle de Paula
O cantor e compositor pernambucano Alceu Valença se apresentou na noite deste sábado (21) no São João 2025 de Campina Grande e convidou o cantor paraibano Juzé, de João Pessoa, para cantar a música “Estação da Luz”, no palco principal do Parque do Povo.
Antes, no palco, Alceu brincou com o pedido de Juzé para cantarem juntos e que o dueto aconteceu no improviso.
“A gente nem ensaiou isso daqui, ele passou lá no camarim, e eu disse: ‘vem, quer cantar?’, e ele [Juzé] disse: ‘quero!’, e viemos para cá”, brincou Alceu Valença.
Alceu Valença e Juzé cantam juntos no São João 2025 de Campina Grande
Reprodução/Sua Música
Não foi a primeira vez que Juzé cantou com um artista consagrado na música nordestina no palco do São João de Campina Grande. Em 2023, ele cantou ao lado de Elba Ramalho na véspera do dia de São João. Na ocasião, os dois cantaram juntos a música “É Proibido Cochilar”, momentos antes de anteceder a tradicional queima de fogos que anuncia a chegada do dia de São João.
Confira a programação do São João 2025 de Campina Grande
Saiba tudo sobre as festas juninas na Paraíba
São João 2025 na Rede Paraíba: cobertura tem programas, jornais e vários conteúdos especiais
O show de Alceu Valença no São João 2025 de Campina Grande foi recheado de músicas da carreira do artista e de clássicos do forró tradicional. Alceu iniciou o show cantando um bloco de músicas interpretadas por Luiz Gonzaga.
Alceu Valença no São João 2025 de Campina Grande
Carol Santos/TVPB e Erickson Nogueira/g1
Alceu começou o show cantando “Pagode russo”, depois seguiu na setlist do Rei do Baião, com músicas como “Baião”, “O xote das meninas” e “Numa sala de reboco”.
Depois do bloco inicial dedicado a Luiz Gonzaga, Alceu trouxe para o palco a música “Meu querido São João”, e, depois, chamou para o palco o cantor paraibano Juzé, onde cantaram juntos a música “Estação da luz”.
Em seguida, o show de Alceu Valença teve sucessos de sua carreira, como “Girassol”, “Flor de Tangerina”, “Morena Tropicana”, “Anunciação” e “La belle de jour”.
Público curtindo show de Alceu Valença no São João 2025 de Campina Grande
Carol Santos/TVPB e Erickson Nogueira/g1
No público, diversas crianças acompanhadas dos pais faziam presença para admirar o show de Alceu Valença. À TV Paraíba, Alceu dedicou esse fascínio das crianças pelo seu show à ingenuidade e autenticidade do seu trabalho: “A minha música vem de dentro do fundo da alma”, explicou Alceu.
O show em Campina Grande foi marcado por muita emoção e irreverência de Alceu Valença no palco. Antes, em entrevista ao g1 e a TV Paraíba, Alceu explicou que já nasceu com muita energia e que sente responsabilidade em fazer do forró um gênero cultural e musical forte.
“O que é bom, e a nossa cultura é um absurdo, é o máximo. Isso vem passando de gerações em gerações. Eu acho que o forró nunca vai morrer. Eu me lembro que uma vez encontrei com Luiz Gonzaga e ele falou para mim: ‘não deixe o forrozin morrer não’”, disse Alceu Valença ao g1.
Noite de forró e cantor perdido no Parque do Povo
O início da madrugada do domingo (22) foi comandada por muito forró com Zé Cantor que começou o show com a quadrilha junina "Expressão Junina", de Campina Grande, no palco, num som remasterizado de “Carolina”, interpretado por Luiz Gonzaga, e depois emendou com músicas de forró da setlist característica de Zé.
Cantor Fabrício Rodrigues se perdeu no caminho entre o palco e o público no São João 2025 de Campina Grande
Reprodução/Sua Música
Outros dois artistas se apresentaram na noite de sábado (21). O trio de forró Os 3 do Nordeste tocaram muito forró para o público, debaixo de uma fina chuva que caía sobre o Parque do Povo, e Fabrício Rodrigues, segunda atração da noite, que teve um momento inusitado em seu show.
Quando Fabrício Rodrigues anunciou que desceria para cantar no meio do público, no percurso do local de apresentação até descer do palco, o cantor se perdeu nos bastidores por trás do palco.
Fabrício seguiu em direção aos camarins, ao invés da saída em direção ao público, e a situação foi contornada quando seguranças do evento indicaram para Fabrício onde ficaria a saída do palco para o público, e o cantor seguiu sua apresentação. Fabrício ainda brincou: “Tô chegando aí…vale a pena ficar em forma, ein”.
✅Veja todas as notícias sobre o São João na Paraíba através do canal do g1 PB
Agenda
Neste domingo (22), no palco principal do São João 2025 de Campina Grande, se apresentam os artistas Eduardo Costa, Eliane, Capilé e Mexe Ville. Os shows têm início às 19h e seguem até as 3h da madrugada. Além do palco principal, o Parque do Povo também contará com apresentações de artistas locais e grupos de forró nas quatro Ilhas, nos dois Coretos e no Palco Cultural, cujas atrações começam a partir das 18h.
Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba



Presidente americano disse que o objetivo era destruir capacidade nuclear iraniana. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se pronuncia neste sábado (21) após os ataques do país a três instalações nucleares do Irã.
'Foi um ataque de alta precisão com o objetivo de destruir a capacidade nuclear iraniana para que ele deixem de ser uma ameaça nuclear e do terror", disse Trump.
"Ou haverá paz, ou haverá tragédia para o Irã. Que cessem os ataques que vimos nos últimos oito dias. Hoje foi o dia mais difícil de todos e talvez o mais letal. Mas se a paz não vier rápido, nós continuaremos atacando".
Trump fala na Casa Branca
Reprodução

Juliana Marins tem 26 anos, é publicitária e mora em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a família, fazia a trilha com guias de uma agência de turismo local no Monte Rinjani. Brasileira que caiu em trilha perto de vulcão
Jornal Nacional
Na Indonésia, deve recomeçar nas próximas horas, a operação de resgate de uma brasileira que se acidentou em uma trilha perto de um vulcão.
Juliana Marins passou as últimas 24 horas aguardando o resgate, em um local de difícil acesso, em uma área íngreme, de terreno rochoso. Ela caiu quando fazia uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. Na área fica um vulcão.
"A gente tinha uma noção que ela tinha caído mais ou menos uns 300, 500 metros depois de umas escorregadas. Mas com a visão total, parece que ela avançou mais de 1 km pra baixo. Então, o local é gigantesco, é muito grande. A gente não sabe se ela se machucou. Não sabe como estão as condições físicas dela, mentais", diz Mariana Marins, irmão da Juliana.
Juliana Marins tem 26 anos, é publicitária e mora em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a família, fazia a trilha com guias de uma agência de turismo local.
O Monte Rinjani tem 3. 700 m de altitude. Uma expedição por ele costuma levar de três a quatro dias.
"No momento dessa queda, o resto do grupo seguiu viagem. Tinha dois guias, então o resto foi embora. E um guia ficou, graças a Deus, ficou. Ele que chamou o resgate".
A família soube do acidente por um grupo de espanhóis que passou pelo local. Eles encontraram a irmã de Juliana em uma rede social. Os espanhóis usaram um drone para fazer as imagens.
"Ela parece muito assustada", diz a pessoa que divulgou o vídeo.
Foram mais de 15 horas do momento da queda até a chegada da primeira equipe de salvamento. Eles deram comida e água para a Juliana. Mas as condições climáticas impediram que ela fosse retirada. A brasileira passou a noite aguardando o resgate.
A Indonésia está 10 horas a frente do horário de Brasília.
"Vão retirar ela provavelmente com uma maca, ali com as cordas mesmo de rapel. A gente está vendo como vamos fazer para levar a Juliana daquela região inóspita, de muito difícil acesso, que é o vulcão, até o hospital da cidade".
Lucas Ramalho é montanhista experiente e já subiu o Rinjani.
"Ele é um vulcão difícil de subir, até pelo tipo de solo. Então, você dá dois passos e desce um, dá dois passos e desce um, porque você vai escorregando com essas pedras. É um risco, um risco muito alto ali'.
LEIA TAMBÉM
Mochileira, publicitária e de Niterói: quem é a brasileira que caiu em trilha e espera resgate na Indonésia
Montanhistas chegam até brasileira que caiu em trilha na Indonésia após 16 horas de espera: 'Deram comida e água', diz irmã
Irmã de brasileira que caiu em trilha na Indonésia diz que jovem está escorregando: 'Talvez não sobreviva, está cada vez mais fraca'

Segundo a Associação Brasileira de Ecoturismo e Turismo de Aventura, desde 2023, todo o setor vem crescendo em torno de 20% ao ano. Balão caiu em SC com mais de 20 pessoas a bordo
Reprodução/Sobrevoar
O caso neste sábado (21), em Santa Catarina, é o segundo acidente com balão no Brasil, nesta semana. Especialistas afirmam que é preciso estabelecer regras claras para essa atividade turística.
No último domingo, no interior paulista, uma mulher morreu quando o balão onde ela estava caiu em uma área rural, com 35 ocupantes. Juliana Alves Prado Pereira tinha 27 anos. Onze pessoas se feriram. O piloto foi preso por homicídio culposo.
A procura por voos turísticos de balão aumentou no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Ecoturismo e Turismo de Aventura. Desde 2023, todo o setor vem crescendo em torno de 20% ao ano.
O diretor-executivo da Associação Brasileira de Empresas de Turismo de Aventura, Luiz Del Vigna, afirma que, de modo geral, os passeios de balão para fins puramente recreativos ainda não são regulamentados pela Agência Nacional de Aviação Civil. E que existem normas técnicas apenas para o que é chamado de turismo de aventura.
“Essa atividade, ela não é reconhecida pela Anac como uma atividade de transporte, não há nenhuma garantia da Anac de que este ou aquele empreendedor está operando dentro de regras, porque essas regras não existem. Como ele se caracteriza como turismo de aventura e o turismo de aventura tem uma legislação específica, essas empresas que operam o balonismo, elas precisam, de acordo com o Código Brasileiro de Defesa do Consumidor e com a Lei Geral do Turismo, implementar um sistema de gestão de segurança das operações baseado nas normas técnicas brasileiras.”
Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil lamentou o acidente e confirmou que o balonismo é permitido no Brasil, mas como atividade aerodesportiva. E que, por isso, trata-se de uma atividade considerada de alto risco, devido à sua natureza e características, por conta e risco dos envolvidos.
A Anac afirmou, ainda, que as aeronaves registradas para a prática de aerodesporto não são certificadas, não havendo garantia de aeronavegabilidade. E que também não existe uma habilitação técnica emitida para a prática.
O especialista em gestão de riscos e segurança aeronáutica Gerardo Portela diz que as empresas até adotam protocolos, mas que são limitados.
“Numa situação de emergência no ar, os recursos são muito poucos. O protocolo é mínimo pra tentar evitar uma perda maior de vidas. A princípio reduzir a altitude o mais rápido possível e, ao chegar próximo ao solo, tentar abandonar o balão, se isso for possível. Muitas vezes, não é possível.”
O Ministério do Turismo também lamentou o acidente e declarou que, desde o início do ano, tem trabalhado com o Sebrae e com a Anac para a regulamentação do balonismo para fins turísticos no Brasil.
“Um dos princípios de gerenciamento de riscos é aceitar riscos dentro de uma faixa de sequência e severidade. Se não, a gente vai numa escalada de eventos sem fazer o dever de casa de aprender com eles, para que eles não se repitam.”
LEIA TAMBÉM
Oito pessoas morrem em queda de balão que pegou fogo em Praia Grande (SC)
Mãe e filha, médicos, patinador artístico e casais: quem são os mortos em queda de balão em Praia Grande (SC)
Polícia diz que extintor não funcionou em balão que pegou fogo, caiu e matou 8 pessoas em SC

Arma é a única capaz de penetrar no solo e destruir construções dezenas de metros abaixo da terra, como as instalações nucleares de Fordo, no Irã. Apenas os EUA possuem a bomba e uma aeronave capaz de lançá-la. Saiba qual é a bomba poderosa que Israel estaria pressionando EUA a usar contra Irã
Os Estados Unidos entraram na guerra entre Israel e Irã neste sábado (21) com um bombardeio americano contra três instalações nucleares iranianas.
"Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan", afirmou em sua rede Truth Social.
Existiram muitos motivos pelos quais o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu aos EUA que participassem da ofensiva militar contra o Irã: a bomba MOP GBU-57 A/B.
A MOP, sigla para Massive Ordnance Penetrator (penetrador massivo de artilharia, em tradução livre), é uma classe de bombas capazes de perfurar e destruir bunkers a dezenas de metros de profundidade.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
AO VIVO: Acompanhe as últimas atualizações do conflito Israel x Irã
O problema para Israel é que suas forças militares não possuem a MOP em seu arsenal, nem aviões apropriados para lançá-las. Apenas os EUA têm os aviões necessários para lançá-lo.
Israel disse ter conquistado a superioridade aérea nos céus do Irã após bombardear bases e baterias antiaéreas do país. A Força Aérea de Israel também atacou as instalações de enriquecimento de urânio de Natanz, considerado o "coração" do programa nuclear iraniano.
Porém, a destruição do programa como um todo passa pela destruição das instalações de Fordo.
Fordo é menor que Natanz e foi construída na encosta de uma montanha perto da cidade de Qom, a cerca de 95 km a sudoeste de Teerã. Acredita-se que a construção tenha começado por volta de 2006 e que a instalação entrou em operação em 2009 — mesmo ano em que Teerã reconheceu publicamente sua existência.
Além de estar a cerca de 80 metros de profundidade sob rocha e solo, o local é supostamente protegido por sistemas de mísseis terra-ar iranianos e russos. Essas defesas aéreas, no entanto, provavelmente já foram atingidas na campanha israelense.
Segundo o "New York Times", a Agência Internacional de Energia Atômica relatou que o centro estaria enriquecendo urânio U-235 a 83,7%, perto do patamar de 90% utilizado para a fabricação de bombas.
Bomba dos EUA que perfura bunker pode mudar rumo do conflito Irã x Israel
A bomba
Para atingir as instalações de Fordo, Israel precisa da bomba MOP GBU-57 A/B. Ela pesa cerca de 14 mil kg e tem seis metros de comprimento. Após lançada, ela é guiada remotamente até o alvo.
Acredita-se que ela seja capaz de penetrar cerca de 61 metros abaixo da superfície antes de explodir, sendo que mais bombas poderiam ser lançadas uma após a outra, perfurando cada vez mais fundo a cada explosão.
A bomba carrega uma ogiva convencional, mas especula-se que material nuclear possa ser liberado na área se a GBU-57 A/B for usada para atingir a instalação.
No entanto, ataques israelenses a outra instalação nuclear iraniana, Natanz, em uma centrífuga, causaram contaminação apenas na própria instalação, e não na área ao redor, afirmou a AIEA.
➡️ A AIEA é um órgão da ONU que atua como regulador de programas nucleares ao redor do mundo, e tem monitorado os impactos dos ataques de Israel nas instalações nucleares iranianas.
Militares da Força Aérea dos EUA transportam a bomba MOP GBU-57 em imagem de maio de 2023 da base aérea de Whiteman, no Missouri
U.S. Air Force via AP
Por que Israel precisa dos EUA para lançá-la
Já que os EUA fornecem armamento com certa regularidade a Israel, por que os americanos não poderiam simplesmente ceder a bomba para as forças israelenses?
Em teoria, a GBU-57 A/B poderia ser lançada por qualquer bombardeiro capaz de transportar o peso e voar a uma altitude suficiente para que a bomba ganhe velocidade suficiente para penetrar no solo.
No momento, os EUA configuraram apenas seu bombardeiro furtivo (com tecnologia antirradar) B-2 Spirit para lançar a bomba, de acordo com a Força Aérea americana.
O B-2 é operado apenas pela Força Aérea dos EUA e é produzido pela Northrop Grumman.
De acordo com o fabricante, o B-2 pode transportar uma carga útil de 18 mil kg, mas a Força Aérea dos EUA afirmou ter testado com sucesso o B-2 carregado com dois destruidores de bunkers GBU-57 A/B — um peso total de cerca de 27.200 kg.
O bombardeiro pesado estratégico de longo alcance chega a cerca de 11 mil km sem reabastecimento e 18.500 km com somente um reabastecimento, podendo alcançar qualquer ponto do mundo em poucas horas, segundo a Northrop Grumman.
Bomba MOP
Kayan Albertin/Editoria de Arte g1
