Onças nas ruas assustam moradores do Triângulo e Alto Paranaíba nas últimas semanas; especialista explica aparições image Dois aparecimentos foram registrados em Uberlândia e Araxá com um intervalo de nove dias. O médico veterinário Cláudio Yudi explica que os hábitos territorialistas, a busca por alimento e a expansão urbana estão relacionados com o aparecimento dos animais na região. Onça é flagrada em condomínio de luxo de Uberlândia Em um intervalo de nove dias, duas ocorrências envolvendo onças-pardas em áreas urbanas do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba chamaram a atenção de moradores e reacenderam dúvidas sobre a presença dos felinos em áreas urbanas. Na madrugada de 25 de maio, uma onça-parda foi flagrada circulando pelas ruas de Araxá, no Alto Paranaíba. O animal, também conhecido como suçuarana, tentou escalar o portão de um supermercado no Bairro São Geraldo. Poucos dias depois, em 6 de junho, uma onça-parda rondou a calçada e saltou o muro de um condomínio fechado na zona sul de Uberlândia. Nos dois casos, câmeras de monitoramento registraram os animais circulando pelas áreas residenciais. ➡️ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no Instagram Onça-parda é flagrada nas ruas de Araxá Marcação de território Segundo o médico veterinário Carlos Yudi, os felídeos, como a onça-parda e o gato-do-mato, são territorialistas e vivem de forma solitária. Quando desmamam procuram territórios próprios, diferentes daqueles dos pais. A marcação de território é feita através da urina, fezes ou unhas, deixando o cheiro dos animais por onde passam. Machos da onça-parda, por exemplo, têm territórios que vão de 150 a 300 quilômetros, enquanto a fêmea ocupa territórios que ficam entre 50 e 150 quilômetros. Com a urbanização crescente, os fragmentos de vegetação nativa antes contínuos, agora estão isolados por áreas de pastagem, agricultura e vias pavimentadas. Como consequência, os animais precisam cruzar zonas urbanas em busca de novos territórios e alimento. “O que estamos vendo não é necessariamente um aumento de onças na região, mas uma mudança no ambiente que obriga esses animais a se adaptarem e a circularem por locais antes incomuns para eles”, explicou o especialista. Onça pula em condomínio de Uberlândia Arquivo pessoal/Reprodução Busca por alimento A presença de sítios com criação de aves, como galinhas, próximos às cidades também atrai os felídeos, que possuem dieta variada e aproveitam fontes de alimento mais fáceis. Uma vez que identificam locais com acesso recorrente à comida, os animais tendem a retornar até que a fonte se esgote. Além disso, durante o período seco, é comum que os felinos se desloquem mais intensamente à procura de água e alimento. "Isso contribui para que sejam vistos com mais frequência por moradores, especialmente com o avanço da tecnologia, que permite o registro rápido e compartilhamento de imagens. Sempre houve onças no Triângulo, o que acontece é que agora tudo ganha uma repercussão maior e temos a sensação de que o fenômeno é mais recorrente", ressaltou Cláudio. LEIA TAMBÉM: VÍDEO: Onça-parda tenta escalar portão de supermercado VÍDEO: Onça ronda calçada e salta muro de condomínio VÍDEO: Jacaré de 1,50 m é capturado após ficar preso Onça em condomínio de Uberlândia Arquivo pessoal/Reprodução O que fazer se encontrar uma onça Cláudio Yudi explica que esses animais não costumam atacar seres humanos e que os casos de agressão são raros e geralmente provocados por situações de estresse, em que os animais se sentem acuados. A recomendação é clara: caso encontre uma onça, o ideal é manter a calma, não fazer barulho, afastar-se lentamente e acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros ou a Polícia Ambiental. A contenção do animal pode exigir sedação, feita exclusivamente por médicos veterinários capacitados. Em cidades como Uberlândia e Uberaba, os animais resgatados são encaminhados a Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), como o de Patos de Minas, com apoio de órgãos como o Ibama e o Instituto Estadual de Florestas (IEF). “A onça não te encontra por acaso. Ela está ali porque foi forçada a buscar o que o seu ambiente natural já não oferece mais: segurança e alimento”. Ainda segundo o veterinário, apesar das queimadas de 2024 no Triângulo Mineiro, a presença contínua de felinos na região mostra a resiliência da fauna local. Contudo, Yudi alerta para o risco de desaparecimento desses animais caso não haja preservação adequada dos corredores ecológicos e áreas naturais remanescentes. Momento de captura de onça no Triângulo Mineiro Reprodução/Arquivo pessoal 🐆Onça-parda Segundo o Zoológico de Brasília, a onça-parda, também conhecida como leão-baio, suçuarana ou puma, é um felino de médio porte que se destaca pelo corpo esguio, cabeça pequena e pelagem variável ao longo da vida. Carnívora, a onça-parda possui uma gestação de cerca de 90 dias e costuma gerar em média três filhotes por ninhada. Em cativeiro, sua expectativa de vida pode chegar a 20 anos. O animal é classificado como "vulnerável" pelo Ministério do Meio Ambiente devido à destruição e fragmentação de seu habitat. Isso é especialmente preocupante na Mata Atlântica, onde populações estão se tornando isoladas por áreas de pasto e plantações, o que compromete sua sobrevivência a longo prazo. 📲 Siga o g1 Triângulo no WhatsApp, Facebook e X VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas
Cine PE: festival gratuito começa nesta segunda e exibe 38 filmes; confira programação image Longas e curtas serão exibidos no Teatro do Parque e no Cinema São Luiz, até o dia 15 de junho. Leandra Leal e Irandhir Santos numa cena de 'Os enforcados', de Fernando Coimbra Divulgação O Cine PE, tradicional festival de cinema de Pernambuco, abre a sua 29ª edição nesta segunda-feira (9) e vai exibir, em sessões gratuitas, 38 filmes no Teatro do Parque e no Cinema São Luiz, ambos no Centro do Recife , até o próximo dia 15 de junho (veja a programação completa mais abaixo). Uma hora antes do início de cada exibição, os ingressos poderão ser retirados na bilheteria dos dois locais. Pela primeira vez, também será possível garantir a entrada com antecedência, pela internet. 📲 Siga o perfil do NE1 no Instagram No Teatro do Parque, serão exibidas as produções que estão concorrendo aos prêmios do festival. Cinco filmes foram escolhidos para a mostra competitiva de longas-metragens: "A melhor mãe do mundo" (SP), de Anna Muylaert; "O ano em que o frevo não foi pra rua“ (SP), documentário de Mariana Soares e Bruno Mazzoco; "Senhoritas" (PE), de Mykaela Plotkin; "Itatira" (SP), documentário de André Luís Garcia; "Nem toda história de amor acaba em morte” (PR), de Bruno Costa. No caso dos curtas-metragens, a competição é dividida em duas mostras. A primeira, de cinema pernambucano, tem sete concorrentes. Já a segunda, para filmes de várias partes do país, concentra nove obras selecionadas. Além desses, a mostra Hors-concours vai trazer filmes que não estão disputando os prêmios. São: "Os Enforcados", de Fernando Coimbra, estrelado por Leandra Leal e Irandhir Santos; "Eu preciso dizer que te amo", documentário do pernambucano Marlom Meirelles, produzido em parceria com estudantes da rede pública de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Já no Cinema São Luiz, três mostras estarão em cartaz nos horários de matinê: a mostra Grandes Festivais, no dia 14 de junho; a Mostra Lei Paulo Gustavo, voltada à produção pernambucana, no dia 15 de junho; e a Mostra Panorama Paraíba, dedicada ao cinema da Paraíba, no dia 15 de junho. Confira a programação Sexta-feira, 9 de junho Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81, Boa Vista), a partir das 19h: Mostra Hors-Concours: "Eu Preciso Dizer Que Te Amo" (PE) – Direção: Marlom Meirelles e estudantes da rede pública de Jaboatão dos Guararapes. Mostra competitiva de curtas-metragens pernambucanos: “Esconde-esconde” (PE) – Direção: Vitória Vasconcellos. Mostra competitiva de curtas-metragens nacionais: "Liberdade sem conduta" (RN) – Direção: Dênia Cruz; "Cavalo Marinho" (PE) – Direção: Léo Tabosa. Mostra competitiva de longas-metragens: "A melhor mãe do mundo" (SP) – Direção: Anna Muylaert. Terça-feira, 10 de junho Teatro do Parque, a partir das 19h: Mostra competitiva de curtas-metragens pernambucanos: "Babalu é carne forte" (PE) – Direção: Xulia Doxagui; "O carnaval é de Pelé" (PE) – Direção. Mostra competitiva de curtas-metragens nacionais: "Kabuki" (SP) – Direção: Tiago Minamisawa. Mostra competitiva de longas-metragens: "O ano em que frevo não foi pra rua" (SP) – Direção: Mariana Soares e Bruno Mazzoco. Quarta-feira, 11 de junho Teatro do Parque, a partir das 19h: Mostra competitiva de curtas-metragens pernambucanos: "Sonho em Ruínas" (PE) – Direção: Priscila Nascimento. Mostra Competitiva de curtas-metragens nacionais: "Tapando Buracos" (AL) – Direção: Pally e Laura Fragoso; "O Último Varredor" (MT) – Direção: Perseu Azul e Paulo Alipio. Mostra competitiva de longas-metragens: "Senhoritas" – Direção: Mykaela Plotkin. Quinta-feira, 12 de junho Teatro do Parque, a partir das 19h Mostra competitiva de curtas-metragens pernambucanos: "Lança-Foguete" (PE) – Direção: William Oliveira; "Sertão 2138" (PE) – Direção: Deuilton B. Júnior. Mostra Competitiva de curtas-metragens nacionais: "Casulo" (SP) Direção: Aline Flores; "A Caverna" (PR) – Direção: Louise Fiedler. Mostra competitiva de longas-metragens: "Itatira" (SP) – Direção: André Luís Garcia. Sexta-feira, 13 de junho Teatro do Parque, a partir das 19h Mostra competitiva de curtas-metragens pernambucanos: "#Partiu" (PE) – Direção: Isis Gomes; Mostra Competitiva de curtas-metragens nacionais: "Tu Oro" (AP) – Direção: Rodrigo Aquiles; "Depois do fim" (SP) – Direção: Pedro Maciel. Mostra competitiva de longas-metragens: "Nem toda história de amor acaba em morte" (PR) – Direção: Bruno Costa. Sábado, 14 de junho Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 221, Boa Vista), às 15h "Deixa" (RJ) – Direção: Mariana Jaspe; "Mambembe" (GO) – Direção: Fabio Meira. Teatro do Parque, a partir das 19h Mostra Hors-Concours: "Os Enforcados" (SP) – Direção: Fernando Coimbra. Domingo, 15 de junho Cinema São Luiz, a partir das 14h Mostra Lei Paulo Gustavo PE: "Garapa Nervosa, a banda que esqueceu de acabar" (PE) – Direção: Daniel Barros; "Histórias do Alto" (PE) – Direção: Carlos Kamara; "Umbilina e sua grande rival" (PE) – Direção: Marlom Meirelles; “Areias do céu” (PE) – Direção: Virgínia Guimarães; “PX Origens” (PE) – Direção: Adalberto Oliveira. Mostra Panorama Paraíba "O colecionador de cheiros de nucas femininas” (PB) – Direção: Ana Clara Vidal de Negreiros e Natália Damião; "Ladário" (PB) – Direção: Ed Júnior; "Jacu" (PB) – Direção: Ramon Batista; "O Sonho de Anu" (PB) – Direção: Vanessa Kypá; "A Nave que Nunca Pousa" (PB) – Direção: Ellen Morais; "Memórias - Histórias do Cine Teatro Municipal de Sumé" (PB) – Direção: Ana Célia Gomes. Teatro do Parque, a partir das 19h Entrega de Troféu Calunga de Prata aos vencedores do Cine PE. Reaberto no Recife o Cinema São Luiz, uma dos mais importantes cinemas de rua do país VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
Balneário Camboriú quer transformar lodo de esgoto em pedra; entenda image Município afirma que cidade será a primeira do país a participar do estudo. Assinatura do termo de cooperação viabiliza implementação de uma peça piloto. Balneário Camboriú cria projeto para transformar lodo de esgoto em pedra; entenda Balneário Camboriú/Divulgação A Prefeitura de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, firmou um termo de cooperação com uma empresa para transformar o lodo gerado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do município em pedra. A administração municipal afirma que a cidade será a primeira do país a participar do estudo. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp A Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) destina cerca de 20 toneladas de lodo a aterros sanitários diariamente, o que gera um custo anual de R$ 4,9 milhões. Além do impacto financeiro, a prefeitura afirma que o descarte representa um passivo ambiental significativo. Como funcionará Com a nova tecnologia, cada tonelada de lodo poderá ser reduzida a cerca de 300 quilos de pó contaminado. Com a nova etapa de tratamento, serão 30 quilos de pedra inerte criadas; Processo para transformar o produto em pedra conta com uma etapa onde a substância é submetida a temperaturas superiores a 5 mil graus Celsius. A ação garante a eliminação de poluentes. Balneário Camboriú firma cooperação inédita para transformar lodo de esgoto em pedra inerte Balneário Camboriú/Divulgação A assinatura do termo de cooperação viabiliza a implementação de uma peça-piloto na ETE de Balneário Camboriú, sem custos diretos para o município. A empresa vai fornecer o espaço para os testes, que serão conduzidos por técnicos e engenheiros da Wastech Brasil e acompanhados pelo município. O estudo independente que embasa o projeto vem sendo desenvolvido há 14 anos, segundo a prefeitura. A expectativa é que os testes técnicos de certificação durem alguns meses. Projeto em Balneário Camboriú vai transformar esgoto em pedra LEIA TAMBÉM: Acusado de matar modelo gaúcha será julgado em setembr O QUE SE SABE: Cantora sertaneja teve cabelo cortado por criminoso ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias
Como duas irmãs da Grande SP entraram para a lista mundial de 100 crianças prodígio: 'Sem foco e disciplina não chega no básico' image Beatriz Toassa, de 15 anos, e Isabella Toassa, 14 anos, foram reconhecidas no prêmio Global de Crianças Prodígio na categoria Educação; premiação será em Londres. As irmãs são membros juniores da Academia Brasileira de Jovens Cientistas desde 2022 e conhecidas pelo perfil 'Dupla Big Bang' nas redes sociais. Beatriz Toassa, de 15 anos, e Isabella Toassa, 14 anos, foram reconhecidas no prêmio Global de Crianças Prodígio na categoria Educação Arquivo Pessoal O interesse pela ciência e astronomia começou como curiosidade e se transformou em uma busca constante por aprendizado para as irmãs Beatriz e Isabella Toassa, de 15 e 14 anos, moradoras de Barueri, na Grande São Paulo. As duas encontraram na ciência uma paixão e, como resultado, conquistaram uma série de prêmios, entre eles internacionais (veja mais abaixo). Desde 2022, são membros juniores da Academia Brasileira de Jovens Cientistas e acumulam milhares de visualizações no perfil “Dupla Big Bang”, onde divulgam experimentos e explicações científicas nas redes sociais. E foi justamente por levarem a ciência por meio dos conteúdos publicados que as duas foram incluídas, em maio deste ano, no ranking das 100 crianças mais prodigiosas do mundo no prêmio “Global Child Prodigy Awards” (Prêmio Global de Crianças Prodígio), na categoria Educação. Outros cinco jovens brasileiros também foram reconhecidos nas categorias Inteligência e Memória, Ciências Espaciais e Astronomia, Arte e Atuação e Teatro. São eles: Caio Temponi (categoria: Inteligência e memória QI) Nicole Semiā (categoria: Ciências Espaciais e Astronomia) João Pedro Araújo (categoria: Inteligência e memória QI) Pedro Gui Fortes (categoria: Arte) Marianna Santos (categoria: Atuação e Teatro) "A gente está muito feliz, e eu acho que um conselho muito importante para quem, um dia, sonha em chegar a essa lista é ter foco e disciplina. Se você não tiver foco e disciplina não chega nem no básico. Também considero muito importante o apoio das pessoas próximas, como professores, pais e amigos, porque, sem apoio, fica muito difícil manter o ritmo", afirmam as irmãs. Conforme a organização do prêmio, os 100 nomes são escolhidos após o comitê de seleção avaliar as inscrições dos participantes em ao menos 23 categorias. Entre os requisitos para a eligibilidade do participante estão: ter menos de 15 anos no momento, possuir no mínimo 3 meses de experiência ou participação na área de talento escolhida e ser cidadão de um país reconhecido pelas Nações Unidas. Neste ano, a entrega será no dia 26 de junho no Parlamento Britânico, em Londres. As histórias dos jovens escolhidos serão apresentadas no Livro Anual Global Criança Prodígio, que circula mundialmente todos os anos. "Já chorei tanto. Sério. Elas ficam brincando comigo: 'Mãe, sério? De novo você vai chorar?' E eu choro todas as vezes. É um orgulho mesmo", afirmou a mãe, Stefanie Camasmie Toassa, ao g1. A busca pelo aprendizado Stefanie conta que tudo começou quando as filhas passaram a ter curiosidade ainda pequenas sobre entender tudo, até mesmo a montagem de um brinquedo. "Elas sempre foram muito curiosas. Eram aquelas crianças que abriam os presentes que ganhavam e desmontavam eles para ver o que tinha dentro. E a gente incentivava, claro que com supervisão, essa curiosidade". "A grande virada da educação delas foi justamente não só concordar, mas incentivar essa curiosidade, esse interesse de sempre querer saber mais. E aí, desde pequenininhas, elas eram assim, curiosas e animadas", relembrou. Beatriz Toassa, de 15 anos, e Isabella Toassa, 14 anos Arquivo Pessoal Stefanie ressalta que a busca pelo aprendizado passou a fazer parte da rotina das meninas quando participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) na escola. "Quando elas estavam com 6 e 7 anos, começaram a participar de aulas específicas para a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica e fizeram a prova. Elas não ganharam medalha e ficaram super chateadas. Mas começaram a me perguntar como que elas poderiam fazer para conseguir". "A gente começou a montar estratégias e passamos a estudar astronomia brincando. Foi aí que surgiu, eu acho, o interesse delas por ciência efetivamente. Veio a primeira medalha e elas começaram a se interessar muito mais porque se sentiram recompensadas", explicou a mãe. Premiações As duas primeiras medalhas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica foram só o começo. Elas também conquistaram medalhas na Olimpíada Brasileira de Robótica, Olimpíada Nacional de Ciências e Olimpíada Brasileira de Satélites entre 2020 e 2023. Além disso, entre os reconhecimentos e conquistas das duas irmãs, até então, estão: Nomeação como membros juniores da Academia Brasileira de Jovens Cientistas em 2022, tornando-as as cientistas mais jovens do Brasil; Criadoras do projeto voluntário “Tem Ciência Aqui!”, que leva oficinas de ciência a comunidades periféricas (2022); Vencedoras do Prêmio Internacional ISKA – International Star Kids Awards, que reconhece talentos infantis ao redor do mundo (2023); Vencedoras do Prêmio “Mude o Mundo como uma Menina”, por sua atuação transformadora na educação (2023); Nomeadas "Embaixadoras Mirins" do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), título concedido pelo Presidente da República e pela Ministra de Estado em 2024; Reconhecidas como duas das jovens cientistas mais promissoras do país em 2024 pela revista Forbes Brasil; Embaixadoras da Tron Robótica Educativa, empresa com viés social voltada à popularização da ciência e da robótica. Foram nomeadas pelos sócios Whindersson Nunes e Gildário Lima em 2024. Beatriz Toassa, de 15 anos, e Isabella Toassa, 14 anos Arquivo Pessoal Perfil com milhões de visualizações O perfil "Dupla Big Bang", administrado por Beatriz e Isabella e supervisionado pela mãe, já acumula mais de 200 mil seguidores e milhares de visualizações no Instagram, TikTok e YouTube. Um dos vídeos mais vistos, por exemplo, tem 6 milhões de visualizações. As pequenas cientistas costumam publicar curiosidades e experimentos científicos. A ideia surgiu depois que as duas se interessaram por vídeos que apresentavam ciência de forma prática durante a pandemia de Covid-19. "Durante a pandemia começaram a ver mais canais com conteúdos mais inteligentes, como o Manual do Mundo. Canais de ciência prática. E aí elas me falaram que queriam fazer um canal e que tinham muito sonho de ir para a NASA. Falei que, se elas queriam fazer um canal, teria que ser com conteúdo interessante, que não fosse bobeira. Aí falei assim: 'Vocês gostam tanto de astronomia, a gente sempre estuda astronomia, o que vocês acham de astronomia?'. E aí surgiu daí a Dupla Big Bang. Big Bang por conta da teoria do universo e Dupla porque elas são irmãs", afirmou Stefanie. Beatriz Toassa, de 15 anos, e Isabella Toassa, 14 anos Arquivo Pessoal Beatriz e Isabella ressaltam que o principal objetivo do perfil é mostrar que a ciência é leve e pode ser divertida. "A gente mostra isso no nosso canal, através dos experimentos, para as pessoas não acharem que a ciência é aquela coisa chata ou entediante de só ficar lendo livro". "Quando a gente ensina os outros, a gente percebe que nós mesmos estamos aprendendo. Quando a gente começou, a gente nunca imaginou que chegaria onde a gente está hoje. A gente nunca imaginou que ia conseguir alcançar tantas crianças e conseguir tantas oportunidades", complementaram. Para ambas, um dos experimentos preferidos feitos para o perfil foi a pasta de elefante de 10 litros. "A gente ficou a tarde toda em uma chácara fazendo e foi muito legal. A gente montou todo um projeto com madeira, que a gente puxava uma cordinha e a madeira virava e derrubava o balde que estava com o pó para fazer a explosão", contaram. 🧪 Pasta de elefante é um experimento de química que resulta em uma grande quantidade de espuma, parecida com pasta de dente, quando a água oxigenada reage com um catalisador. O processo envolve a decomposição rápida da água oxigenada, que libera gás oxigênio. Este, ao se misturar com detergente, forma a espuma. Beatriz Toassa, de 15 anos, e Isabella Toassa, 14 anos Arquivo Pessoal Rotina de estudos A mãe ressalta que as filhas conseguem separar muito bem o tempo para os estudos, projetos e gravações. "Elas têm aulas regulares de manhã. Às segundas e quartas fazem aulas de inglês no período da tarde e acompanhamento psicológico. Já às terças e quintas a Bia, que está no ensino médio, faz horário estendido e sai da escola 17h. A Bella estuda as matérias do dia, roteiriza e edita videos para o canal. Já às sextas-feiras, elas fazem aula de esporte no contraturno e a Bia grava e roteiriza videos para o canal". "Aos finais de semana usamos um dos dias para as gravações, eventos e atividades que elas precisam participar e o outro para descanso. Em época de provas e olimpíadas elas estudam, mas regularmente descansam e gravam", explica Stefanie. Futuro As irmãs começam no segundo semestre um clube de ciência em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos (Girls and Science). Elas ministrarão aulas e palestras para cerca de 100 crianças de forma online, e toda semana, para levar experimentos e projetos de aplicabilidade da ciência na prática. E as duas não querem parar por aí. Beatriz quer continuar estudando para se tornar médica, e Isabella, engenheira ou arquiteta. "Vamos seguindo e aprendendo ainda mais". Beatriz Toassa, de 15 anos, e Isabella Toassa, 14 anos Arquivo Pessoal Beatriz Toassa, de 15 anos, e Isabella Toassa, 14 anos, com o presidente Lula Arquivo Pessoal
Agência do Trabalho divulga 165 vagas de emprego em Petrolina, Salgueiro e Araripina image As vagas são disponibilizadas diariamente pela Agência do Trabalho de Pernambuco. As vagas são disponibilizadas diariamente pela Agência do Trabalho de Pernambuco. Agência Brasil A Agência de Trabalho de Pernambuco divulgou as vagas de emprego disponibilizadas para os municípios de Petrolina e Araripina , no Sertão de Pernambuco, nesta segunda-feira (9). As oportunidades são atualizadas diariamente pelo g1 Petrolina. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Sedepe através da internet. O atendimento na agência Petrolina é na Agência de Trabalho, que funciona no Expresso Cidadão. Consultora de Recursos Humanos explica como abordar questões salariais com os patrões Leia também: Agência do Trabalho em Petrolina funciona no Expresso Cidadão Petrolina Contato: (87) 3866 - 6540 e (87) 9 9180-4065 Vagas disponíveis Salgueiro Contato: (87) 3871 - 8467 Vagas disponíveis Araripina Contato: (87) 3873 - 8381 Vagas Disponíveis Vídeos: mais assistidos do Sertão de PE