Eleitores de Bocaina vão às urnas neste domingo para escolher novo prefeito image Neste domingo (8), 8.600 eleitores decidem quem será o novo prefeito da cidade. Pleito é organizado pela 241ª Zona Eleitoral, com sede em Dois Córregos (SP). Votação será realizada das 8h às 17h e deve envolver cerca de 8.600 eleitores Reprodução/TRE-RN Os mais de oito mil eleitores de Bocaina (SP) voltam às urnas neste domingo (8) para eleger os novos prefeito e vice-prefeito. A votação será realizada das 8h às 17h, em cinco locais. 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp No total, são 31 seções eleitorais espalhadas pela cidade. Quatro chapas disputam a prefeitura. A nova eleição foi convocada porque o candidato Moacir Zete e o vice dele, Darcy Marangoni, ambos do partido Republicanos, mais votados nas eleições em 2024, tiveram o registro de candidatura indeferido pela Justiça Eleitoral. O pleito é organizado pela 241ª Zona Eleitoral, com sede em Dois Córregos (SP). A data limite para a diplomação dos eleitos é 11 de julho, conforme definido e aprovado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) em abril. Veja quem são os candidatos: Caio Crepaldi (MDB) – candidato a prefeito com o vice Japa Motos (André de Moraes); Camila Santos (PL) – candidata a prefeita com o vice Marquinhos Catatau (Marcos Antonio Bodin); Jonas Marques (União pela Transparência e Respeito pela População) – candidato a prefeito com o vice Vandão do Esporte (Evandro de França Antunes); Robertinho (Respeito pelo Povo) – candidato a prefeito com a vice Marlene do Zete (Marlene Aparecida Meleto Tosi Zanutto). Onde votar Onde votar Documentos permitidos Documento oficial com foto (RG, passaporte, certificado de reservista, carteira de trabalho ou CNH); Documentos digitais (RG ou CNH); Aplicativo e-Título (o app deve exibir a foto do eleitor, que só ocorre se houver cadastro biométrico). O voto é obrigatório? Sim, para aqueles com idade entre 18 e 70 anos em situação regular com a Justiça Eleitoral, e facultativo para analfabetos, maiores de 70 anos ou jovens entre 16 e 17 anos. Preferência para votar Durante a fila de votação, pessoas com 80 anos ou mais têm prioridade, assim como pessoas com 60 anos ou mais, pessoas com deficiência, gestantes, lactantes e acompanhantes. Posso levar meu celular na cabine? O uso do celular nas cabines de votação é proibido. O eleitor deve deixá-lo no local indicado pelos mesários da seção. Qualquer tipo de máquina fotográfica ou filmadora também deve ser deixado no local indicado. Resultado A divulgação do resultado das eleições deste domingo (8) em Bocaina será feita a partir das 17h, em tempo real no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), incluindo votos em brancos, nulos e abstenções. Histórico A eleição de 2024 em Bocaina teve 7.063 votos totais, o que inclui 296 votos brancos, 4,19% dos votos totais, e 410 votos nulos, 5,80%. A abstenção foi de 1.596 eleitores, 18,43% do total de aptos a votar nas eleições 2024 na cidade. O candidato Moacir Zete recebeu a maioria dos votos para o Executivo, mas foi condenado por improbidade administrativa praticada com dolo, má-fé, lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito de terceiros, e teve o registro da candidatura indeferido pela Justiça Eleitoral. Com isso, quem assumiu interinamente a prefeitura foi o vereador Caio Augusto Crepaldi (MDB), que foi eleito presidente da Câmara após a sessão solene de posse dos vereadores em Bocaina. Moacir Zete (Republicanos) foi o candidato mais votado nas eleições em Bocaina, mas teve o registro da candidatura indeferido Reprodução/Facebook Confira destaques do g1: Ataque cibernético paralisa serviços da Prefeitura de Rio Preto Ataque cibernético paralisa serviços da Prefeitura de São José do Rio Preto Dia Mundial do Meio Ambiente: associação faz soltura de animais silvestres na natureza em Assis Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília VÍDEOS: assista às reportagens da região
Sucesso na Turquia, Mc Livinho fala sobre 'exportação' do funk brasileiro: 'Cultura que a periferia criou' image O cantor se prepara para se apresentar pela terceira vez em São José do Rio Preto (SP) em menos de cinco meses. Ao g1, ele comentou sobre a receptividade e o carinho dos fãs no interior do estado. MC Livinho em festa universitária de São Carlos Daniel Barreto/g1 O cantor de funk MC Livinho, considerado um dos artistas mais ouvidos da atualidade no Brasil, afirma que o gênero musical tem ganhado espaço internacionalmente, especificamente na Turquia. Em entrevista exclusiva ao g1, ele também comentou sobre a receptividade que tem recebido durante os shows em São José do Rio Preto (SP). 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp O artista se prepara para se apresentar no sábado (14) em Rio Preto, no festival InterFacu. Este ano, em menos de cinco meses, esse será o terceiro show dele na cidade. Conhecido pelos rodeios e festivais de sertanejo, o município se transformou em uma grande surpresa para o músico. Nas primeiras apresentações, ele pôde perceber o carinho e o amor dos fãs. "Estar presente nos locais onde eu tenho fãs, a receptividade que eu tenho em todos os lugares que eu vou e aí [Rio Preto], os carinhos recíprocos que os fãs me dão e eu devolvo são as fotos. As minhas músicas sendo cantadas... é sempre muito legal fazer os shows aí, o carinho é caloroso", revela. Nascido em novembro de 1994 com o nome de Oliver Decesary Santos, o artista iniciou sua carreira na música em 2008, com o lançamento da canção "Origem", mas alcançou o sucesso somente em 2012, com "Mulher Kama Sutra". Em 2016, o paulistano migrou para o trap, mas sem abandonar o funk, que lhe deu projeção nacional. MC Livinho durante entrevista ao g1 em 2025 em um festival de Rio Preto (SP) João Maciel/g1 Funk: da periferia brasileira para o mundo Durante a entrevista, Livinho também comentou sobre a recente viralização de sua música na Turquia, e lembrou da apresentação que fez em uma comemoração fechada do time de futebol Galatasaray (assista ao vídeo abaixo). Initial plugin text A música "Vidrado em Você", que foi lançada em 2019 por meio de uma parceria com o DJ Guuga, virou sucesso no país europeu e foi tema para o Galatasaray durante a conquista do título do Campeonato Turco e da Copa da Turquia. Para ele, a exportação desse gênero musical é motivo de orgulho e inspiração. "É um funk nosso, do nosso país, a ideia é cantar outros estilos, outros gêneros, é vender a nossa cultura, o que a periferia criou, o que a cultura brasileira criou, que é o funk", explica. Nos últimos meses, a cultura do funk tem sido muito debatida nas redes sociais por conta de uma possível criminalização para artistas do gênero com a discussão da 'Lei anti-Oruam'. Segundo o MC, o país vive uma "ditadura musical" atualmente. "As músicas que tenho feito depois de ter me tornado um artista internacional são as mesmas, então, com certeza eu vou continuar fazendo muitos funks bons", revela. Projeto de Lei ‘anti-Oruam’ está em debate em SP; Entenda Equilíbrio entre saúde e carreira musical Em 2018, o artista resolveu se arriscar no esporte por meio do futebol. À época, ele passou por um período de testes no Oeste, treinando com o elenco que disputava o Campeonato Paulista e a Série B do Brasileiro. Além disso, desde a adolescência, Livinho começou a treinar boxe com o pai. A paixão pelo esporte se tornou um hobby. Depois de participar de eventos como o Fight Music Show, ele se profissionalizou. Com três passagens pelo Fight Music Show, o Mc diz que a rotina de conciliar a vida de cantor com as lutas se tornou algo muito benéfico. "Eu pretendo sempre lutar uma vez por ano, ou duas vezes se fizer muito sentido, porque eu já sou um atleta, e o condicionamento em ambas as partes me influencia muito bem. Quando eu estou me preparando fisicamente para uma luta ou para fazer alguma entrega de show, espetáculo, evento ou turnê, eu fico longe de vícios, dormindo melhor, comendo melhor, e isso me influencia muito bem na minha carreira", finaliza. MC Livinho golpeia Lucas Veloso durante o FMS 6 Danilo Fernandes/@danilo_fernandes_photo *Colaborou sob supervisão de Henrique Souza Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM
Aniversário de Atibaia: Confira programação de shows na cidade image Atibaia e Região Convention & Visitors Bureau destaca atrações da festa de aniversário A cidade de Atibaia comemora aniversário neste dia 24 de junho, terça-feira. E com programação de shows exclusiva atraindo turistas e moradores do município. Quem está confirmado? Fernando e Sorocaba, uma das duplas sertanejas mais icônicas do Brasil, irá se apresentar na arena do Centro de Convenções “Victor Brecheret”, às 21 horas, no dia 24. Com uma trajetória marcada por sucessos e uma base fiel de fãs, a dupla consolidou seu nome como referência no universo da música sertaneja. Aniversário de Atibaia Divulgação Na programação das festividades de aniversário estão também show do grupo Raça Negra, no dia 21, Tatau (ex-Araketu), no dia 22, e Paulo César Baruk, artista da música cristã, no dia 23. Todos estão marcados para as 21 horas. Além disso, no feriado de Corpus Christi (19/06), será realizada a ópera “Paixão de Cristo”, às 18 horas. E no dia 20/06, a partir das 19h, o mesmo palco será dedicado às bandas locais, em uma iniciativa inovadora da Secretaria de Cultura para fortalecer e dar visibilidade aos artistas da nossa região. 19 - Apresentação de uma Ópera - Páscoa Eterna. 20 - Artistas Locais 21 - Raça Negra 22 - Tatau 23 - Paulo Cesar Baruk 24 - Fernando e Sorocaba Quem apresenta o Turismo Atibaia e Região? A página Turismo Atibaia e Região é um oferecimento do Atibaia e Região Convention & Visitors Bureau – a ARC&VB, uma entidade representativa de toda a cadeia de empresários do setor turístico dos 12 municípios que compõem a região de Atibaia. Criado em 2004, o ARC&VB trabalha para desenvolver a atividade turística na região de forma sólida e sustentável.
Saúde do Rio alerta para aumento de queimaduras na época de festas juninas; atendimentos chegam a subir 40% <img src="https://s2-g1.glbimg.com/JthkKMhrNaN7GO1CmLwjCWYypXU=/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/C/N/B5uUxkTmimbJi1cuiuEQ/whatsapp-image-2025-06-06-at-18.40.11-1-.jpeg"/> A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) conta com três centros de tratamento de queimados (CTQ) nos hospitais Souza Aguiar, Pedro II e do Andaraí. Médica Carolina Junqueira Edu Kapps/SMS A Secretaria Municipal de Saúde do Rio alerta para o aumento de queimaduras na época das festas juninas. No ano passado, foram 356 pacientes queimados graves na rede municipal entre junho e agosto. Seja em fogueiras, na preparação de alimentos ou nos fogos de artifício, é preciso cuidado redobrado para a alegria não se transformar em uma experiência desagradável. No Hospital Pedro II, cerca de 65% dos atendimentos de queimaduras são de crianças entre 5 e 14 anos. "“É um acréscimo sazonal entre 30% a 40% nos atendimentos, resultando numa sobrecarga para a unidade e o setor de Emergência. As principais causas são o manuseio incorreto de fogos de artifício e fogueiras, além do preparo de comidas típicas", afirma a chefe do centro de tratamento de queimados da unidade, a médica Carolina Junqueira. "As pessoas precisam tomar certas precauções, como não soltar balões, o que inclusive é um crime previsto em lei, se distanciar de fogos de artifício e das fogueiras. É necessário tomar cuidado ainda com produtos voláteis, como álcool, próximo a áreas de perigo. Supervisione o uso do fogão e mantenha crianças longe da cozinha", afirma o médico Orido Pinheiro, chefe do centro de queimados do Hospital do Andaraí. Em caso de acidente com queimadura, Pinheiro recomenda: “Sempre priorize água resfriada para minimizar a dor e procure por um serviço médico, em uma clínica da família, se o ferimento for superficial, ou em UPAs ou unidades hospitalares, conforme a gravidade e extensão da área atingida.” A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) conta com três centros de tratamento de queimados (CTQ) nos hospitais Souza Aguiar, Pedro II e do Andaraí. Para casos de menor gravidade, as unidades de Atenção Primária (centros municipais de saúde e clínicas da família) também estão aptas a realizar o atendimento.
Ultrassom em água morna e alimentação constante: como é o pré-natal de serpentes grávidas no Instituto Butantan, em SP image Em laboratório, esses animais contribuem tanto na produção de soro antiofídico quanto em estudos sobre toxinas. Análise de imagens de ultrassom realizado em serpente Renato Rordigues/Comunicação Butantan Referência em pesquisas com serpentes, o Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo, recebe exemplares do réptil vindos de diversas partes do país — sejam resgatados em operações contra o tráfico ilegal de animais, capturados em áreas residenciais ou envolvidos em acidentes com humanos. Em laboratório, esses seres contribuem tanto na produção de soro antiofídico quanto no desenvolvimento de estudos sobre toxinas. No caso das fêmeas, a chegada requer uma atenção especial: é preciso verificar se elas estão "grávidas", carregando o que podem ser dezenas de embriões. 🐍 Teste de gravidez Segundo especialistas do Butantan, o nascimento de serpentes costuma ocorrer em épocas mais quentes. Por isso, todas as fêmeas que chegam ao instituto entre a primavera e o verão passam por um ultrassom. 🔍 Para o aparelho deslizar melhor pelas escamas das fêmeas, elas ficam com parte do corpo mergulhado em água morna. Quatro profissionais participam do exame: um tecnologista, responsável pela contenção dos animais; um pesquisador e um médico veterinário, que atuam em conjunto nas medições e avaliações; e um auxiliar, que preenche as fichas com o histórico de cada serpente. Primeiro, os especialistas buscam a posição da vesícula biliar. É abaixo desse órgão que fica o sistema reprodutivo das serpentes; Em seguida, eles medem o depósito de gordura ao redor dos órgãos reprodutivos, isso servirá de alimento para os possíveis embriões poderem se desenvolver; Depois, observam o estágio de cada folículo. Cada um deles dá origem a um óvulo, que pode se transformar num filhote ou ovo, se for fecundado; No caso das espécies vivíparas, aquelas em que os filhotes se desenvolvem no interior do corpo das mães (como jararacas e cascavéis), quando os especialistas identificam a presença de embriões, eles analisam os batimentos cardíacos, o desenvolvimento da coluna vertebral e o tamanho dos filhotes para saber se o crescimento está ocorrendo da forma adequada. Já com as ovíparas, aquelas em que os filhotes se desenvolvem fora do corpo das mães, em ovos (a exemplo da falsa-coral), é preciso esperar que os ovos sejam postos para analisar se eles foram fecundados e se há embriões em desenvolvimento. Para isso, os profissionais encostam lanternas nas cascas. A luz permite que se identifique a presença de vasos sanguíneos e, depois, acompanhem o crescimento dos filhotes. Exame de ultrassom sendo conduzido em água morna Renato Rordigues/Comunicação Butantan Foi assim que, na primavera de 2024, a equipe do laboratório de Herpetologia do Butantan conseguiu confirmar a gravidez de cinco fêmeas: Uma jararaca-pintada (Bothrops neuwiedi) ➡ enviada pelo Departamento de Águas e Esgoto de Ouro Preto, em Minas Gerais, ela carregava dez embriões; Duas cascavéis (Crotalus durissus) ➡ uma enviada por um morador de Pinhalzinho, no interior de São Paulo, e outra pelo Departamento de Águas e Esgoto de Ouro Preto, em Minas — cada uma com seis filhotes; Duas urutu-da-serra (Bothrops fonsecai) ➡ ambas enviadas por moradores de Campos do Jordão, em São Paulo — uma com dez e outra com 11 embriões. De acordo com a pesquisadora Kathleen Fernandes Grego, esses animais, assim como seus filhotes, não poderiam ser soltos na natureza numa área diferente da que foram encontrados, por questões de segurança sanitária. “Para soltarmos serpentes de biotério [laboratório] na natureza, vários exames clínicos e laboratoriais devem ser realizados para verificar se possuem vírus, parasitas, etc, para não prejudicar as serpentes nativas”, explica. Por isso, os répteis passam a integrar a criação do laboratório do Butantan. 🐍 Rotina do pré-natal As fêmeas peçonhentas que estiverem grávidas ou sob suspeita de gravidez deixam de participar do processo de extração de veneno, utilizado na produção de soro, para reduzir a exposição a fatores de estresse. Além disso, elas passam a ter uma rotina de exames, que inclui coletas de sangue e ultrassons para acompanhar o desenvolvimento dos filhotes/ovos e a saúde das mães. Ao longo da gestação, cuja duração pode variar conforme a espécie, as serpentes realizam cerca de uma ultrassonografia por mês. Extração de sangue da veia caudal de uma serpente Renato Rordigues/Comunicação Butantan Para acompanhar os diferentes estágios da gestação, os veterinários extraem sangue da veia caudal do animal. "Sabemos que, por conta da formação dos folículos e do próprio desenvolvimento dos filhotes, as fêmeas podem apresentar uma maior concentração de cálcio e colesterol no organismo", exemplifica a veterinária Luciana Carla Rameh. 🔍 Na natureza, serpentes grávidas tendem a ficar longos períodos sem se alimentar para evitar o risco de predação. Já no laboratório, elas seguem recebendo comida normalmente durante toda a gravidez. 🐍 Parto e independência Para as vivíparas, os exames de imagem também auxiliam na previsão do nascimento dos filhotes, cujo número pode variar entre algumas unidades e dezenas, a depender da espécie. "Na maioria das vezes, as fêmeas entram em trabalho de parto durante a madrugada, e o tempo até o nascimento depende da quantidade de filhotes que cada uma carrega", diz Kathleen. Segundo a pesquisadora, nos primeiros 15 dias de vida, os filhotes tendem a ficar mais quietos, uma vez que nascem alimentados pelo vitelo (reserva de nutrientes para os embriões) e não sentem necessidade de sair em busca de comida. Após esse período, os filhotes já têm potencial de envenenamento, e podem comer normalmente. No caso das serpentes que nascem dentro do laboratório, elas são mantidas numa espécie de "berçário" até os três anos de vida. Somente depois são incluídas nas rotinas de extração de veneno.
Alok transforma ambiente sertanejo em culto à música eletrônica na arena em Americana e deixa público sem fôlego <img src="https://s2-g1.glbimg.com/myP1HG2l1-Fg4E-Rb7f6RzcEVyE=/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/o/a/k57mWnSE2aGpYKXDhg0w/whatsapp-image-2025-06-08-at-03.36.04.jpeg"/> Dj se apresentou na madrugada deste domingo na segunda noite da Festa do Peão de 2025. Quando se pensa em rodeios, a música eletrônica não costuma ser a primeira que vem à mente, mas Alok provou que existe espaço para o som na apresentação que fez na madrugada deste domingo (8), no segundo dia de shows na Festa do Peão de Americana (SP). Energia e pluralidade musical definiram o show do DJ que trouxe para a arena remixes de músicas antigas com mais atuais. O set também mescla estilos do pop ao funk, do samba ao rock e sertanejo, juntando composições nacionais e internacionais. Siga o g1 Campinas no Instagram 📱 Alok na Festa do Peão de Americana Thomaz Marostegan/g1 Diversidade musical Considerado um dos melhores DJs do mundo, Alok nasceu em Goiânia (GO), a capital da música sertaneja, e já tem um tempo que se tornou um personagem comum nos line-ups de festas do rodeio no país, sempre mostrando pluralidade musical nas composições. Ao longo de todo o show, Alok sempre demonstra muita emoção e a todo momento chamava o público para participar de cada movimento e virada no estilo. Então, se em determinado momento é possível acompanhar "I Got a Feelings" ou "Psycho Killer, em outro é utilizado como base "Linvin'on a Prayer", "We Will Rock You", ou mesmo "Anunciação" de Alceu Valença e "Ai, ai, ai..." de Vanessa da Mata. Próximo da metade da apresentação houve uma participação especial do cantor Zeeba com hits como “Hear Me Now”,“Ocean” e “Never Let Me Go” e “Nossos Dias”, seguido de uma homenagem à Marília Mendonça com remix de "Supera”. Em seguida, veio canção "Vale, Vale", composta por ele, que inflamou mais uma vez o público. Luzes e pirotecnia O show apresenta uma mistura de efeitos pirotécnicos com luminosos com objetivo de criar um ambiente especial para as músicas utilizadas no set. Assim, temos desde chamas saindo de baixo do palco, jatos de fumaça e fogos de artifício cruzando o alto do palco até canhões de luzes e o uso dos telões que contribuem para criar uma ambientação tridimensional e maior imersão do público. Se Alok "brinca" com as luzes do palco, ele também utiliza a escuridão e a lanterna dos celulares do público para criar um cenário especial no momento que chama de "blackout". Assim, o DJ "chama" a participação da plateia em uma coreografia que acompanha a música. Galerias Relacionadas VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Os 'microtrabalhos' exaustivos na internet que atraem mulheres com promessa de renda sem sair de casa: 'Se não bato meta, espero o dia virar e recomeço' image Possibilidade de conciliar cuidados com os filhos e trabalho doméstico com geração de renda online, leva mulheres a ficarem 14 horas por dia assistindo vídeos, respondendo pesquisa de mercado ou impulsionando vendas de produtos para plataformas digitais. Flávia assiste, curte, comenta e compartilha vídeos no Kwai ao longo de 14 horas por dia para complementar a renda do mês Acervo Pessoal via BBC Flávia começou a trabalhar como camelô aos 20 anos e, até hoje, aos 32, nunca teve um emprego formal. Mãe solo de três filhos — de 15, 13 e 8 anos —, viu a responsabilidade de sustentar a casa sozinha se tornar ainda mais penosa com a crise econômica gerada pela pandemia de covid-19. Foi nesse período que encontrou uma promessa tentadora: trabalhar de sua casa, em São Gonçalo (RJ), fazendo uma série de pequenas tarefas em sequência em plataformas digitais em troca de uma remuneração por cada uma delas. É o que se chama de microtrabalho e pode envolver desde a participação em pesquisas de mercado e testes de produto a treinar sistemas de inteligência artificial ou simplesmente acessar sites, dar curtidas em postagens e assistir a vídeos e outros conteúdos para gerar audiência para eles. Flávia, por exemplo, trabalha cerca de 14 horas diárias se alternando entre o aplicativo PiniOn — onde realiza avaliações de plataformas de transporte — e o Kwai, onde assiste a vídeos repetidamente em troca de alguns centavos por cada visualização. "Eu começo umas 9 horas, tem dia que começo umas 10 horas. Se não bater a meta, fico até 23h. Aí, tem que esperar virar o dia para poder começar de novo", explica Flávia, que pediu para ter nome real preservado nesta reportagem por temer retaliações das plataformas. Depois de um mês de trabalho e 420 horas diante da tela do computador ou do celular, ela diz que consegue juntar em média pouco menos R$ 700, que ela usa para sustentar cinco pessoas — ela, os filhos e o irmão, que tem deficiência. Na tentativa de aumentar os ganhos, Flávia conta que, nas últimas semanas, passou a trabalhar para uma terceira plataforma: a varejista digital Shopee. "Eu tenho que compartilhar os links dos produtos. Se alguém comprar, eu ganho 1%, 3%. Mas já é uma plataforma em que eu não consigo fazer dinheiro fácil, pois tenho que torcer para o povo comprar", diz. Mas o trabalho não para por aí: ela cuida sozinha de todas as tarefas domésticas. "Não tem horário [certo para trabalhar]. Como as atividades de casa sou eu que faço, eu faço uma atividade, entro um pouquinho [nas plataformas]. Faço outra atividade, paro e entro mais um pouquinho", explica. Ela diz que, entre vassouras e cliques, seus dias são longos e exaustivos, o que já tem reflexos na sua saúde. "Os meus olhos ficam ardendo. Sinto o ombro queimar", diz ela, acrescentando que tanta driblar o cansaço como pode, com estratégias improvisadas. "Deito na cama, boto os vídeos para tocar e deixo rolando [automaticamente], já dá para descansar um pouco." O Kwai disse em nota à BBC News Brasil que, apesar de usuários criarem conteúdo para ganhar dinheiro, "não incentiva nem promove a visualização contínua de vídeos como forma de monetização". Também "repudia qualquer forma de exploração ou comportamento que coloque em risco a integridade física, emocional ou psicológica dos usuários" e "segue aprimorando suas políticas" junto com especialistas e órgãos reguladores. O PiniOn afirmou os usuários participam voluntariamente em "missões", como pesquisas de opinião e coleta de dados, em troca de recompensas em dinheiro como uma forma de renda extra e não sua fonte principal, fixa ou significativa. A empresa também disse em nota que "nunca recebeu qualquer crítica relacionada a jornadas excessivas e insegurança financeira". A Shopee disse que seu programa de afiliados "é uma iniciativa gratuita" que permite aos consumidores indicarem produtos "voluntariamente" em troca de uma comissão pelas vendas e que oferece aos participantes apoio para ampliar seu alcance e ganhos. No Brasil, o microtrabalho é feminino Mulheres como Flávia são a maioria dos microtrabalhadores no Brasil. Essa é uma característica particular desse mercado por aqui, segundo o estudo Fabricar os dados: o trabalho por trás da Inteligência Artificial, do Laboratório de Trabalho, Plataformização e Saúde (LATRAPS), vinculado à Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), que tem como um dos autores o pesquisador e psicólogo Matheus Viana Braz. Enquanto as mulheres respondem por 63% da mão de obra por trás das microtarefas, em outros países, o quadro praticamente se inverte, e os homens são 70% dos trabalhadores das plataformas. Braz explica que não há um cálculo exato do número de microtrabalhadores no Brasil, porque a maioria das plataformas não divulga essa informação. Mas, em sua pesquisa, uma delas, a Microworkers, forneceu esses dados. A plataforma tinha 300 mil perfis brasileiros registrados em 2023. O estudo de Braz aponta que, em linhas gerais, a informalidade que atinge 40% da população brasileira cria o campo fértil para o microtrabalho, porque a incerteza sobre o dinheiro que entra todo mês faz com quem as pessoas busquem qualquer atividade que ofereça o mínimo de renda. Mas, no caso das mulheres, existem elementos adicionais que tornam esse tipo de trabalho especialmente atrativo. Flávia compartilha links de produtos da Shopee e ganha comissão de 1% a 3% sobre as vendas Acervo Pessoal via BBC O primeiro aspecto, segundo a pesquisa sobre microtrabalho no Brasil, é a dificuldade de conseguir um emprego: 73,7% estão desempregadas e 38,7% dependem exclusivamente das plataformas. Destas mulheres, 40% dizem que, embora tenham se formado na faculdade, não encontram uma oportunidade onde moram. O estudo também mostra que 62,6% são mães ou responsáveis pelos cuidados de outras pessoas da família, como deficientes, idosos ou parentes mais novos. Não à toa, "o maior benefício apontado por elas é a suposta conciliação entre o trabalho digital e o trabalho do cuidado", diz Matheus Viana Braz. "Essas mulheres são as principais responsáveis pelos cuidados domésticos e familiares." Novas configurações de trabalho também representam novos impactos à saúde física e psicológica, ressalta o pesquisador. "Embora faltem pesquisas sobre os efeitos a longo prazo, sabemos que são trabalhos penosos, repetitivos, que produzem fadiga", diz Braz. "As queixas mais comuns são de isolamento e falta de sentido. É uma condição extremamente inadequada de trabalho. 'Eu trabalho na cama, amamentando, na festa de família. Onde der, eu trabalho'." Essa dinâmica também gera ansiedade. "Você tem que ficar disponível 24 horas por dia nos grupos, perde o direito à desconexão para buscar boas tarefas", explica o pesquisador. Há um padrão distinto na forma como homens e mulheres se relacionam com as plataformas digitais de microtrabalho, de acordo com Braz. Enquanto eles tendem a acessar menos vezes, mas permanecem conectados por longos períodos ininterruptos, elas entram mais vezes ao longo do dia, em sessões curtas e fragmentadas. "As mulheres usam qualquer tempo livre, entre uma atividade de cuidado e outra, para realizar um microtrabalho. O pouco tempo que essa mulher tem livre dentro de casa agora passa a ser usado a serviço de uma possível rentabilidade", diz Braz Alternativa ao desemprego A promessa de flexibilidade e renda extra foi o que atraiu Juliana. Há seis meses desempregada, após anos trabalhando como operadora de caixa em supermercados de Camaragibe (PE), no Grande Recife, ela viu as contas não pararem de chegar. Foi em um grupo do aplicativo de mensagens Telegram que surgiu o que parecia ser uma luz no fim do túnel: uma oportunidade de ganhar dinheiro usando apenas o celular e sem sair de casa. A missão parecia simples: curtir postagens de produtos vendidos pelo Magazine Luiza em seu site, fazer capturas de tela para comprovar que havia feito isso e enviá-las a um contato específico. Ganharia entre R$ 5 e R$ 10 por cada curtida. Há pouco mais de um mês, o celular, que antes era usado por ela para se comunicar e se divertir, virou um instrumento de trabalho no qual Juliana mexe quase o dia inteiro. Das 9h às 21h, ela cumpre uma jornada silenciosa de cliques. Em sua casa, o salário mínimo do marido não cobre as despesas da família: só de aluguel, pagam R$ 350. Ainda há água, luz, gás — contas que, somadas, ultrapassam um salário mínimo. Com a renda das microtarefas, Juliana tenta aliviar o peso financeiro sobre o companheiro. "[O dinheiro] está dando para eu ajudar nas continhas da casa e comprar as minhas coisinhas de limpeza, meus shampoos", explica Juliana, que teve sua verdadeira identidade preservada a seu pedido. "Espero que dê certo, que tenha o meu salário." O Magazine Luiza disse em nota que "não faz nenhum tipo de recrutamento de pessoas para atuarem em qualquer plataforma ou serviço por meio de convites enviados via Telegram, WhatsApp ou outro aplicativo de comunicação", e que essas ações "não têm aval ou vínculo formal com o Magalu ou qualquer marca do grupo". A empresa afirmou que o caso de Juliana é exemplo "uma de diversas táticas usadas por golpistas que utilizam, indevidamente e sem qualquer autorização, o nome da companhia e de outras empresas para ações criminosas", informou que toma medidas para coibir isso e pede que os consumidores denunciem abordagens suspeitas. O problema na visão de quem estuda o mercado de trabalho é que as funções exercidas por Flávia e Juliana não têm caráter didático ou informativo, mas repetitivo. Elas não sairão dessas experiências com novos conhecimentos ou habilidades que contribuirão para outros mercados de trabalho. Outra questão apontada por especialistas é que a maior participação das mulheres nestas funções não se repete em cargos bem remunerados e de prestígio nas grandes empresas de tecnologia, as big techs. Em muitas destas companhias e na formulação de políticas públicas digitais, mulheres sequer são levadas em consideração, aponta Luiza Corrêa de Magalhães Dutra, pesquisadora e líder de projeto do Instituto de Referência em Internet e Sociedade e doutoranda da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). "Em muitos países da América Latina e Caribe, o marcador de gênero ainda não é central nas políticas públicas para o ambiente digital. Nem nas big techs. As mulheres não são incluídas para pensar essas políticas", explica Dutra. "Como consequência, enfrentam mais barreiras, mais violência e menos oportunidades nos espaços digitais." Essa ausência se reflete diretamente no tipo de trabalho ofertado a elas, ressalta a pesquisadora. Em vez de corrigir desigualdades históricas, o mercado digital reproduz — e, muitas vezes, aprofunda — hierarquias já estabelecidas. O espaço online, visto muitas vezes como moderno e inovador, pode acabar reencenando papéis antigos: as mulheres ocupam as funções mais precarizadas, repetitivas e mal remuneradas. "Há uma reprodução de violências e de locais de uma hierarquia, quando a gente está falando de uma pirâmide de gênero, de locais de ocupação, de trabalho, de renda", observa Dutra. "Isso é reproduzido e utilizado pelas grandes empresas no online para captar mulheres, por exemplo, para aceitar subempregos." Para muitas mulheres, ingressar no microtrabalho digital não representa então uma emancipação ou um progresso — mas a perpetuação de situações de precariedade e violência. A promessa de flexibilidade e autonomia, diz Dutra, esconde uma realidade de jornadas invisíveis, insegurança e desgaste físico e emocional. "Quando sou mulher e vou trabalhar no ambiente digital, já carrego uma carga de violências que são sofridas nesse ambiente em que estou tentando trabalhar", afirma a pesquisadora. Flávia ganha R$ 0,50 por cada pesquisa respondida no PiniOn. No final do dia, se executar todas as trinta tarefas corretamente, receberá R$ 15 Acervo Pessoal via BBC Faltam leis trabalhistas O microtrabalho no Brasil ainda não é contemplado pelas leis trabalhistas brasileiras — ou de outros países, ressalta Matheus Viana Braz. "Não houve nenhum país que regularizou o microtrabalho. Existem várias iniciativas em curso, que tudo indica que essa regulamentação vai começar pela Europa", diz Braz. Mas o pesquisador aponta que as empresas deste mercado têm sido pressionadas a oferecerem melhores condições de trabalho. A última edição do relatório do projeto Fairwork, que estuda a economia de mercado em torno de novas plataformas digitais, analisou a atuação dessas empresas em cem países para verificar, por exemplo, se o pagamento, as condições de trabalho e o gerenciamento destas tarefas são feitos de forma justa. "Com isso, eles conseguem fazer com que as empresas implementem melhorias, mas são coisas pontuais. Regulamentação, em si, ainda não houve." Segundo o pesquisador Renan Kalil, professor de direito no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e procurador do trabalho de São Paulo, a regulamentação das relações de trabalho no campo das microtarefas ainda estão na fase de estudo. Em 2025, o Ministério Público do Trabalho (MPT) criou o Crowdworking, um grupo de trabalho ligado à Coordenadoria Nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho (Conafret), para debater sobre o microtrabalho no Brasil. Kalil aponta que um dos desafios para a Justiça atuar nesta área é que muitas dessas plataformas não têm sede física ou representação judicial no Brasil. Isso é um obstáculo, por exemplo, para que a empresa seja notificada para responder um processo na Justiça ou para atender requisições feitas pelo Ministério Público do Trabalho em investigações. O procurador diz que os microtrabalhadores estão em uma situação de vulnerabilidade maior, por exemplo, do que a dos entregadores de comida, graças à sua "completa invisibilidade". "Você sai na rua e vê um entregador trabalhando, mas, na microtarefa, o trabalhador é invisível, ele simplesmente executa e entrega o produto e ninguém vê. Isso o deixa ainda mais vulnerável", observa Kalil. Um dos poucos exemplos de ação trabalhista envolvendo o microtrabalho se deu em maio de 2022, quando o MPT de São Paulo instaurou uma ação civil pública contra a Ixia Gerenciamento de Negócios. Essa empresa contratava trabalhadores para realizar acompanhamento de atendimento virtual realizado por robôs para a operadora de telecomunicações Sky. Os profissionais cumpriam escalas de plantões corrigindo possíveis erros cometidos pela inteligência artificial e eram pagos como se realizassem microtarefas. Em depoimento, um trabalhador afirmou receber R$ 0,11 centavos por minuto, remuneração que o levava a trabalhar o máximo de tempo possível para atingir a meta. A BBC News Brasil teve acesso ao processo em primeira instância e à revisão do caso feita pelo Tribunal do Trabalho da 2ª Região com um resumo da sentença que condenou a empresa na segunda instância. Segundo a ação civil, para ingressar no trabalho, os profissionais tinham que se tornar microempreendedores individuais (MEIs). O contrato firmado entre a Ixia e os trabalhadores dava a ideia de que eles estariam "empreendendo" com a realização deste trabalho. A Ixia reforçou nos autos do processo que "assim como os demais trabalhadores, o trabalhador que depôs é um empreendedor, tanto que constitui pessoa jurídica, e trabalhava sob sua conta e risco, e que não existia pessoalidade na prestação de serviços ou subordinação". Mas a Justiça disse que se tratava de uma forma de "trabalho terceirizado online" em que "o cumprimento das atividades em tempo hábil e sem erros, era a condição para evitar a quebra do contrato". A Ixia foi condenada em segunda instância a reconhecer vínculo empregatício, pagar uma indenização de R$ 1,3 milhão por danos morais coletivos. Também foi proibida de contratar novos profissionais na modalidade de microtarefas — terá de fazer isso conforme as regras da CLT. A empresa recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho, que ainda não julgou o caso. A Ixia foi procurada pela reportagem para comentar sobre o assunto, mas não respondeu. "Por trás de toda a tecnologia criada — algoritmo, inteligência artificial — tem um ser humano. Um ser humano que criou a tecnologia e que de alguma forma está auxiliando a tecnologia a ser utilizada", pondera Luiza Dutra, da PUC-RS. Essa criação, no entanto, não é neutra, ressalta a pesquisadora: "Somos criados dentro de um ambiente extremamente racista e machista". "Ao mesmo tempo que eu coloco mulheres em locais que deveriam ser extremamente importantes para a luta contra a violência de gênero, eu pago muito pouco para que elas ocupem esses espaços", denuncia Dutra. A revolução tecnológica avança. Mas, por trás da promessa de um futuro digital, persistem abusos e a desigualdade — atualizados para a era dos algoritmos. Veja mais em: O Bolsa Família é culpado pela dificuldade das empresas em contratar? 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