
> Algo curioso está acontecendo no mundo cripto — e pouca gente percebeu.
A promessa original da descentralização era simples: liberdade sem intermediários, resistência à censura e soberania digital.
Mas hoje, boa parte da inovação está migrando para camadas construídas sobre Ethereum, as famosas L2s, que — ironicamente — dependem de sequenciadores, chaves de atualização e provedores centralizados.
Estamos realmente evoluindo o conceito de descentralização…
ou apenas recriando o mesmo modelo de poder, só que com contratos inteligentes e logos novos?
Enquanto o Bitcoin e suas L2s — como RSK e Lightning — mantêm a essência da resiliência política e técnica, vemos o ecossistema Ethereum caminhar para um modelo cada vez mais permissionado, onde um grupo restrito pode pausar, censurar ou filtrar transações.
A descentralização está se tornando uma marca de marketing, não uma filosofia de projeto.
Se o futuro das blockchains depender de estruturas que podem ser desligadas por um e-mail judicial…
então talvez estejamos construindo uma Web3 centralizada — só que com passo de blockchain.
A pergunta que fica é:
estamos realmente descentralizando o poder… ou apenas movendo o centro?
Enquanto L2 do ETH há maior número de validadores em um ambiente sensível a censura, L2 do BTC com menos validadores e mais próximo do BTC.