Saneamento básico, desenvolvimento regional e desburocratização para resolver o problema socioeconômico, para que.
Tudo que o povo precisa é viajar de avião para lembrar o quanto a vida dele é f***.
#Brasil #Nostr #Substack #Congresso #Cleptocracia



Isso é um escárnio! O Congresso, se quiser algum respeito, precisa se sanitizar. Tolerância zero contra a corrupção. #Brasil #Nostr #Substack #Corrupção #Congresso
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🥂 Genial, #Lula! R$ 2,75 bi do SUS pros grupinhos privados e filantrópicos? Mestre! Filas caem, mas e amanhã? SUS na lona, Norte e Nordeste largados, e os grupinhos rindo. Tabela do SUS? Intocável. Sem fiscalização, sucatamento e dependência na cara dura. Suturando com band-aid! 🏥 💸 #SUS #Brasil #Nostr
“[...] Quase o mesmo ódio que se manifestou mais tarde no Brasil nas guerras aos bugres e aos hereges. Principalmente aos hereges - o inimigo contra quem se uniram energias dispersas e até antagônicas. Jesuítas e senhores de engenho. Paulistas e baianos. Sem esse grande espantalho comum talvez nunca se tivesse desenvolvido "consciência de espécie" entre grupos tão distantes uns dos outros, tão sem nexo político entre si, como os primeiros focos de colonização lusitana no Brasil. A unificação moral e política realizou-se em grande parte pela solidariedade dos diferentes grupos contra a heresia, ora encarnada pelo francês, ora pelo inglês ou holandês; às vezes, simplesmente pelo bugre.”
“Repetiu-se na América, entre portugueses disseminados por um território vasto, o mesmo processo de unificação que na Península: cristãos contra infiéis. Nossas guerras contra os índios nunca foram guerras de branco contra peles-vermelhas, mas de cristãos contra bugres. Nossa hostilidade aos ingleses, franceses, holandeses teve sempre o mesmo caráter de profilaxia religiosa: católicos contra hereges. Os padres de Santos que em 1580 tratam com os ingleses da Minion, não manifestam contra eles nenhum duro rancor: tratam-nos até com alguma doçura. Seu ódio é profilático. Contra o pecado e não contra o pecador, diria um teólogo. É o pecado, a heresia, a infidelidade que não se deixa entrar na colônia, e não o estrangeiro. É o infiel que se trata como inimigo no indígena, e não o indivíduo de raça diversa ou de cor diferente.”
“Na falta de sentimento ou da consciência da superioridade da raça, tão salientes nos colonizadores ingleses, o colonizador do Brasil apoiou-se no critério da pureza da fé. Em vez de ser o sangue foi a fé que se defendeu a todo transe da infecção ou contaminação com os hereges. Fez-se da ortodoxia uma condição de unidade política. Mas não se deve confundir esse critério de profilaxia e de seleção, tão legítimo à luz das ideias do tempo como o eugênico dos povos modernos, com a pura xenofobia.”
“Iniciada a colonização do Brasil pelo esforço de portugueses, ao sangue do colonizador oficial logo se misturou livremente o de europeus das mais variadas procedências: ingleses, franceses, florentinos, genoveses, alemães, flamengos, espanhóis. Citamos os ingleses em primeiro lugar porque neles é que se encarnou com mais relevo a heresia protestante, tão odiosa, aos olhos dos portugueses e espanhóis, do século XVI, como hoje o tracoma, o sangue negro e o bolchevismo aos da burguesia norte-americana. A presença de ingleses entre os primeiros colonos de São Vicente mostra que, livres da suspeita de hereges, eram recebidos fraternalmente.”
“A nenhum inglês nem flamengo o fato, em si, da nacionalidade ou da raça, impediu que fosse admitido na sociedade colonial portuguesa da América no século XVI. O que era preciso é que fosse católico-romano ou aqui se desinfetasse com água benta da heresia pestífera. Que se batizasse. Que professasse a fé católica, apostólica, romana.”
(Trechos retirados do livro Casa Grande e Senzala – Gilberto Freyre)