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Título da obra em latim MEDULLA S. THOMAE AQUITATIS PER OMNES ANNI LITURGICI DIES DISTRBUITA, SEU MEDITATIONES EX OPERIBUS S. THOMAE DEPROMPTAE Recopilação e ordenação de FR. Z. MÉZARD O. P. OBSERVAÇÃO Todos os títulos com asterisco contêm material que hoje não mais se atribui a Santo Tomás de Aquino image 37. Quinta-feira depois do I domingo da Paixão: O Sinal maior do amor de Cristo Quinta-Feira da I semana da Paixão Aparentemente, a maior prova do amor de Cristo por nós foi o ter dado seu corpo como alimento, e não o ter sofrido por nós, pois a caridade da Pátria é mais perfeita que a caridade da Via. Ora, este benefício com que Deus nos agraciou, ao nos dar seu corpo como alimento, é mais similar à caridade da Pátria, onde gozaremos plenamente de Deus, enquanto a Paixão a que Cristo se submeteu mais se assemelha à caridade da Via, onde nos expomos a morrer por Cristo. Assim, pois, a maior prova de amor de Cristo seria o ter nos dado seu corpo como alimento, e não o ter sofrido por nós. Contudo, lemos no Evangelho (Jo 15, 13): "Não há maior amor do que dar a própria vida pelos seus amigos". Solução: No que diz respeito ao amor humano, nada ultrapassa o amor com que nos amamos a nós mesmos, por isso este amor é a medida de todo amor que sentimos pelos demais. Ora, o característico do amor com que nos amamos a nós mesmos, é o querer o bem a nós mesmos. Portanto, o amor ao próximo será tanto mais evidente quanto mais preterirmos em seu proveito o bem que desejamos para nós, como aquilo das Escrituras (Pr 12, 26): "Aquele que por amor do seu amigo não repara em sofrer alguma perda, é justo". Ora, o homem quer para si mesmo um triplo bem particular: sua alma, seu corpo, os bens exteriores. Suportar algum prejuízo nos bens exteriores por causa de outrem é sinal de amor. Sofrer corporalmente por outrem, em trabalhos ou agressões, é sinal ainda maior de amor. Contudo, abandonar sua alma e morrer pelo amigo, eis o sinal máximo de amor. Assim, ao sofrer e morrer por nós, Cristo nos deu a maior prova de seu amor. Ao nos dar seu próprio corpo como alimento, o fez sem nenhum detrimento próprio. A Paixão é a maior prova do amor de Deus. Por isso a Eucaristia é memorial e figura da Paixão de Cristo. Ora, a verdade se superpõe à figura e a realidade, ao memorial. A produção do corpo de Cristo no Santo Sacramento é figura do amor com que Deus nos ama na Pátria; mas a Paixão de Cristo pertence ao amor mesmo de Deus, que nos tirou da perdição para nos levar a si. O amor de Deus não é maior no céu que no presente. Quodl. V, q. III, a. II. #God #Deus #Isten #Gott #Jesus #Católico #Catholic #Katholik #katholisch #Katolikus #catholique #Faith #Fé #foi #信仰 #Latin #Latim #Gospel #Evangelho #Evangélium #évangile #Dieu #福音 #日本 #カトリック #Bible #Biblestr #Nostr #Grownostr
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Título da obra em latim MEDULLA S. THOMAE AQUITATIS PER OMNES ANNI LITURGICI DIES DISTRBUITA, SEU MEDITATIONES EX OPERIBUS S. THOMAE DEPROMPTAE Recopilação e ordenação de FR. Z. MÉZARD O. P. OBSERVAÇÃO Todos os títulos com asterisco contêm material que hoje não mais se atribui a Santo Tomás de Aquino image 36. Quarta-feira depois do I Domingo da Paixão: O Sepulcro Espiritual* Quarta-Feira da I semana da Paixão A contemplação das coisas celestes é representada pelo sepulcro. Por isso, sobre a passagem das Escrituras (Jó 3, 22): "e ficam transportados de alegria, quando encontram o sepulcro?", comenta são Gregório: na contemplação das coisas divinas, a alma, morta para o mundo, esconde-se como um corpo na sepultura e, longe de toda inquietação do século, repousa por três dias como que por uma tripla imersão. Os atribulados e vexados pelos insultos dos homens, ao entrar em espírito na presença de Deus, não mais se sentem atribulados, conforme aquilo do salmista (Sl 30, 21): "Sob a proteção do teu rosto os defendes das conjuras dos homens". Três coisas são necessárias para este sepulcro espiritual em Deus: que a alma pratique as virtudes, torne-se toda pura e branca e morra radicalmente para o mundo. Todas estas condições se encontram misticamente presentes na sepultura de Cristo. 1. A primeira encontramos em são Marcos (14, 8), no lugar em que se diz que Maria Madalena embalsamou com antecipação a sepultura de Jesus: o balsamo precioso de nardo significa as virtudes que possuem grande preço. Nada nesta vida é mais precioso que as virtudes. Por isso, a alma santa que quer ser embalsamada na divina contemplação, deve antes de mais nada receber o balsamo pelo exercício das virtudes. Assim dizia Jó (5, 26): "Entrarás, na maturidade, no sepulcro..." —a que acrescenta a Glosa: da divina contemplação — "...como um feixe de trigo colhido a seu tempo." — novamente a Glosa: porque o tempo da ação tem por recompensa a eterna contemplação; e é preciso que o perfeito exercite antes sua alma nas virtudes para guardá-la em seguida no celeiro do repouso. 2. A segunda encontramos também em são Marcos (15, 40), no lugar em que se diz que José comprou um sudário, pois o sudário é uma peça de linho, e o linho só se embranquece com muito trabalho. Daí vêm o simbolizar a candura da alma, à qual só conquistamos com muito trabalho. Lê-se no Apocalipse (22, 11), "aquele que é justo justifique-se mais; aquele que é santo, santifique-se mais". São Paulo dizia aos romanos (6, 4): "Nós fomos, pois, sepultados com ele, a fim de morrer pelo batismo, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim nós vivamos uma vida nova", progredindo do bem ao melhor, pela justiça da fé, na esperança da glória. Assim, devem os homens guardarem-se no sepulcro da divina contemplação pelo candor da pureza interior. Por isso, sobre aquilo da Escritura (Mt 5, 8): "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus", disse são Jerônimo: o Senhor, que é puro, é visto pelo coração puro. 3. A terceira encontramos em são João (19, 39), quando diz "Nicodemos, o que tinha ido primeiramente de noite ter com Jesus, foi também, levando uma composição de quase cem libras de mirra e de aloés". As cem libras de mirra e de aloés, pelas quais o corpo morto conserva-se sem se corromper, significam a mortificação perfeita dos sentidos exteriores, pela qual a alma, morta para o mundo, conserva-se sem se corromper pelos vícios; segundo esta palavra de são Paulo (2 Cor 4, 16): "embora se destrua em nós o homem exterior, todavia o homem interior vai-se renovando de dia para dia", ou seja, torna-se cada vez mais puro de vícios pelo fogo da tribulação. Por isso, a alma do homem deve, antes de mais nada, morrer para este mundo com Cristo e, sem seguido, ser sepultada com ele, no segredo da contemplação. São Paulo o dizia aos Colossenses (3, 3): "estais mortos para as coisas terrenas e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus". De Humanitate Christi, cap. XLII (P. D. Mézard, O. P., Meditationes ex Operibus S. Thomae.) #God #Deus #Isten #Gott #Jesus #Católico #Catholic #Katholik #katholisch #Katolikus #catholique #Faith #Fé #foi #信仰 #Latin #Latim #Gospel #Evangelho #Evangélium #évangile #Dieu #福音 #日本 #カトリック #Bible #Biblestr #Nostr #Grownostr View quoted note →
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