PF e PGR investigam corrupção milionária em obra da COP30 no Pará
Dois dias antes das eleições municipais de 2024, a
descobriu um caso que pode comprometer a credibilidade da Conferência do Clima das Nações Unidas marcada para Belém, em novembro deste ano. O portal Metrópoles divulgou as informações nesta segunda-feira, 4.
Em 4 de outubro daquele ano, agentes da PF flagraram o policial militar (PM) Francisco Galhardo com R$ 5 milhões em dinheiro vivo em frente a uma agência do Banco do Brasil em Castanhal, no interior do Pará.
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O PM entregava R$ 380 mil a Geremias Hungria, um homem ligado a uma fazenda do deputado federal Antônio Doido (MDB-PA). Os dois foram presos em flagrante por crime eleitoral. A apreensão do celular de Galhardo, porém, ampliou o escopo das investigações.
As mensagens encontradas no aparelho confirmaram a prática de compra de votos e revelaram movimentações milionárias entre empresas e membros do governo paraense.
Segundo a PF, o PM atuava como assessor direto de Antônio Doido. Era ele quem retirava, transportava e entregava valores milionários em nome do parlamentar.
Entre 2023 e 2024, Galhardo sacou R$ 48,8 milhões, de acordo com dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras. Os valores saíram de contas da J.A Construcons, empresa em nome da mulher de Doido, Andréa Dantas, e da JAC Engenharia, pertencente a Geremias Hungria.
MP vê indícios de corrupção em licitação
As duas construtoras ligadas ao deputado venceram juntas uma licitação pública da COP30, organizada pelo governo do Pará. A concorrência garantiu quase R$ 300 milhões em contratos. A primeira obra foi orçada em R$ 142 milhões; a segunda, em R$ 123 milhões.
O Ministério Público vê indícios claros de corrupção nessa licitação. Mensagens entre Francisco Galhardo e o secretário de Obras Públicas do Pará, Ruy Cabral, reforçam as suspeitas. O diálogo entre os dois começou no mesmo dia em que o consórcio das empreiteiras venceu a licitação, em 20 de setembro de 2024. Naquela data, Galhardo também sacou R$ 6 milhões.
Como resultado, os investigadores apontam trocas de mensagens e ligações entre Galhardo e Cabral logo depois do saque. Em novo contato, três dias depois, Galhardo tenta se encontrar novamente com o secretário. A conversa termina no dia seguinte, 24 de setembro, quando os dois finalmente se encontram.
PGR vê organização criminosa, e PF segue com a apuração
O material levou a
a pedir, em fevereiro de 2025, a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Antônio Doido, Andréa Dantas, Francisco Galhardo e Ruy Cabral são suspeitos de corrupção ativa, corrupção passiva, crimes eleitorais e fraudes em licitação.
A PGR afirma que os quatro integram uma organização criminosa voltada ao desvio de dinheiro público, com atuação predominante no Estado do Pará. Os promotores consideram que a revogação da licitação, em dezembro de 2024, ocorreu depois da prisão de Galhardo e diante da repercussão das denúncias.
O governo do Pará, comandado por Helder Barbalho (MDB), nega relação da obra com os preparativos da COP30, embora o projeto constasse na lista oficial do evento, publicada pelo próprio Estado.
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Em nota, a gestão estadual informou que excluiu algumas iniciativas do pacote de obras da COP30 “por motivos técnicos”. O governo também disse que Ruy Cabral nunca recebeu valores nem participou de reuniões com o PM envolvido no caso. Afirmou ainda não ter recebido notificação sobre qualquer investigação.
A defesa de Antônio Doido alega que o parlamentar esclareceu todos os pontos às autoridades e repudia o que classificou como vazamento criminoso de informações sigilosas. Segundo os advogados, o deputado “tem tranquilidade quanto à legalidade de seus atos”. O caso está sob relatoria do ministro Flávio Dino no STF. A PF segue com a apuração.
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O ministro Alexandre de Moraes, do STF | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
A decisão de Moraes ocorreu depois de ele identificar que Bolsonaro supostamente descumpriu restrições impostas em julho quanto ao uso de redes sociais, inclusive por meio de terceiros, durante manifestações realizadas no último domingo, 3. Caso viole as novas condições, o ex-presidente poderá ser transferido para o regime fechado e aguardar seu julgamento na prisão.
Entre as regras, Bolsonaro deve permanecer integralmente em sua residência. Qualquer saída depende de autorização prévia do STF. Ele não pode usar celulares, inclusive por intermédio de visitantes autorizados, e nem realizar fotografias ou gravações durante encontros. Agentes apreenderam aparelhos em sua residência, para garantir o cumprimento das restrições.
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Donald Trump criticou o atual presidente do Fed | Foto: Reprodução/site Casa Branca
O início do processo marca o primeiro passo formal para contestar as tarifas impostas pelo governo Trump. A análise ficará a cargo de painéis técnicos, que podem recomendar a retirada das tarifas ou autorizar retaliações brasileiras.
Especialistas em comércio exterior indicam que a tramitação tende a ser prolongada e sem garantia de êxito, já que o órgão de apelação da OMC está parado desde 2019, o que impede a conclusão de disputas em caso de recurso.
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Previsão de anomalias de temperatura mostra abrangência do ar frio sobre o país, que afeta desde o sul e o sudeste até o centro-oeste e o norte | Imagem: Meteored/Divulgação
O Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná continuam sob influência da massa de ar frio que chegou no começo da semana. Nesta terça-feira, Porto Alegre terá máxima de apenas 16°C e mínima de 11°C, com tempo instável e previsão de chuva durante boa parte do dia.
As imagens de satélite mostram amplas áreas com valores abaixo da média, especialmente nas serras gaúcha e catarinense. Apesar da atuação da frente fria, o risco de geadas ainda é pontual. O radar de chuvas mostra a concentração de precipitações moderadas no norte do Rio Grande do Sul e oeste de
Alexandre de Moraes, ministro do STF | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
A nota também ecoa declarações recentes de figuras do alto escalão do governo Trump, como o secretário Marco Rubio, que em 18 de julho já havia classificado a atuação de Moraes como "