Lula resiste à Casa Branca e retoma taxação das big techs
O
decidiu retomar a proposta de cobrança de impostos sobre as big techs, medida que havia sido engavetada desde a posse de Donald Trump nos Estados Unidos.
A reativação do plano ocorre depois de críticas diretas da Casa Branca à regulação digital imposta no Brasil. Durante pronunciamento em rede nacional nesta quinta-feira, 17, Lula reagiu à carta enviada por Trump em defesa das plataformas norte-americanas.
+ Leia mais notícias de
em Oeste
Ele afirmou que o Brasil não vai aceitar interferências externas nem abrir mão de sua soberania regulatória: “Vamos cobrar imposto das empresas americanas digitais”.
O governo brasileiro estuda pelo menos três caminhos para efetivar a taxação dos gigantes da tecnologia. A proposta prioritária envolve a criação de um imposto sobre serviços digitais, nos moldes do modelo canadense.
A alíquota de 3% incidiria sobre receitas geradas por anúncios, marketplaces, redes sociais e pela venda de dados de usuários brasileiros. Em países como o Canadá, o tributo se aplica a empresas que obtenham ganhos substanciais com interações on-line dentro do território.
O governo Lula considera que o Brasil também tem direito a tributar as receitas que empresas estrangeiras extraem de sua população conectada. Outra possibilidade é usar a
.
Dessa forma, o instrumento jurídico permite arrecadar valores com destinação específica, como já ocorre com a Cide-combustíveis. A aplicação no setor digital daria amparo legal à arrecadação voltada para políticas públicas tecnológicas.
Lula desafia pressão externa e reforça exigência de regras locais
A estratégia brasileira é acompanhada com cautela, especialmente depois dos desdobramentos no Canadá. O país vizinho decidiu suspender temporariamente sua taxação digital depois de negociações diretas com Trump.
O acordo busca evitar sanções e visa a um tratado comercial mais amplo até julho de 2025. Internamente, o Palácio do Planalto avalia que o Canadá virou um termômetro dos limites impostos por Washington D.C.
Mesmo assim, Lula insiste em que o Brasil não recuará diante de pressões externas: “Para operar no nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras são obrigadas a cumprir as regras”.
Além das soluções fiscais unilaterais, o Brasil ainda considera aderir ao Pilar 1 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Esse instrumento permite que países consumidores — e não apenas os países de origem — tenham direito a tributar parte dos lucros das big techs. O problema: sem um consenso global, a proposta segue estagnada.
Projetos de lei preparam o cerco regulatório
Dois projetos de lei prontos no governo aguardam definição política para serem encaminhados ao Congresso. Um deles, elaborado pela Secretaria de Direitos Digitais do Ministério da Justiça, propõe medidas voltadas à proteção do consumidor no ambiente on-line.
Esse texto exige transparência no funcionamento das plataformas, com regras sobre publicidade, uso de dados e exibição dos termos de uso. Já o segundo projeto, da Secretaria de Reformas Econômicas da Fazenda, foca os aspectos concorrenciais.
+ Leia também:
A proposta amplia os poderes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica para frear abusos de poder econômico e monopólios digitais.
Ambas as iniciativas pretendem responsabilizar as plataformas, sem depender exclusivamente de sanções judiciais posteriores. O objetivo é evitar que empresas dominantes moldem o mercado digital brasileiro sem nenhum contrapeso institucional.
O post
.
Luiz Inácio Lula da Silva: últimas notícias - Revista Oeste
Política: notícias e artigos - Revista Oeste

Ministério dos Transportes
CIDE - Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico
Lula, sobre Trump: ‘Não negociou 10% do que negociei na vida’
Lula resiste à Casa Branca e retoma taxação das big techs
Lula resiste à Casa Branca e retoma taxação das big techs
Bolsonaro senta-se diante do ministro Alexandre de Moraes durante seu julgamento no Supremo Tribunal Federal - 10/6/2025 | Foto: Mateus Bonomi/Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo
Dentre as restrições impostas, o ex-presidente deverá portar tornozeleira eletrônica, permanecer em casa das 19h às 7h, e está proibido de acessar redes sociais, de se aproximar de embaixadas e de manter contato com diplomatas, embaixadores, outros réus e investigados.
A medida também atinge Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado e filho do ex-presidente.
+ Leia mais notícias de
Exemplo de urna eletrônica usada no sistema eleitoral brasileiro | Foto: Reprodução/Shutterstock
Para mapear as intenções de voto do público amapaense em relação à Presidência da República, a equipe do Paraná Pesquisas entrevistou 1.310 pessoas. O trabalho de campo nesse sentido ocorreu de 11 a 15 de julho. Consultas foram feitas na capital 
O presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca em Washington, D.C., EUA (16/7/2025) | Foto: Reuters/Nathan Howard
"Gostaria de dizer algo ao povo norte-americano", declarou Lula. "Se Trump fosse brasileiro, e se ele fizesse o que ocorreu no Capitólio, estaria em julgamento no Brasil e, possivelmente, teria violado a Constituição. De acordo com a Justiça, também poderia ser preso, se tivesse feito isso aqui no Brasil."
A invasão ao Capitólio
O episódio citado por Lula ocorreu em 6 de janeiro de 2021. Na ocasião, apoiadores do presidente dos
Presidente Lula, durante Caminhada do Dois de Julho. Salvador - BA | Foto: Ricardo Stuckert/PR
"O tom hostil, as ofensas e a retórica binária do “nós contra eles” não são novidade, mas chegaram a tal ponto que mesmo a velha imprensa não pode mais ignorar. A fórmula, no entanto, vem de longe. A chamada militância digital — ou, como viraram sinônimos, “milícia digital” ou “gabinete do ódio” — é uma invenção petista.
As críticas à atuação nas redes sociais se intensificaram durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), quando aliados do PT acusavam o então presidente de comandar um “gabinete do ódio” — uma estrutura dedicada a atacar adversários e espalhar fake news. A acusação ganhou manchetes, CPI e escândalo, mas até hoje nada foi comprovado. A estrutura, na prática, nunca apareceu.
Ironicamente, muito antes do boom das redes sociais, o PT já dominava bem a lógica da comunicação digital. Quando os blogs ainda eram a principal vitrine política da internet, o partido montou seu próprio ecossistema de veículos simpáticos à esquerda. Durante o governo Dilma Rousseff, empresas estatais destinaram milhões para os chamados “blogs sujos”, termo cunhado em 2010 por José Serra para se referir aos blogs que eram assumidamente afeiçoados ao PT.
(...) À imprensa, o partido confirmou que pretende manter a estratégia, surfando na rara vitória digital sem mexer no tom. O que antes era prática de bastidor virou diretriz oficial: o PT agora incentiva abertamente o uso de ataques diretos e argumentos exagerados como ferramenta de propaganda — mesmo que o sucesso venha no grito, pelo escândalo, e não pela razão."
A íntegra do artigo
O presidente Lula, participa do Fórum Empresarial do Brics, no Pier Mauá | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O texto aprovado prevê a criação de uma Licença Ambiental Especial (LAE), com análise menos burocrática dos impactos ambientais e prazo máximo de um ano para liberação das autorizações. A proposta passou com 267 votos contra 116, em sessão virtual liberada pelo presidente da 